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Quarta, 21 de Outubro de 2020
Projeto permite que produtor rural participe de ganhos do mercado de descarbonização
Projeto permite que produtor rural participe de ganhos do mercado de descarbonização Fonte: Canal Rural

A parcela será proporcional à sua participação no produto final. O pagamento deverá ocorrer nos mesmos prazos e condições previstos para o emissor dos CBIOs

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O Projeto de Lei 3149/20 em pauta na Câmara dos Deputados pode permitir que o produtor rural que fornece matéria-prima para a produção de biocombustível, como soja e palma (óleo de dendê), participe da receita gerada pela negociação dos Créditos de Descarbonização (CBIO).

A parcela do produtor rural será proporcional à sua participação no produto final. O pagamento deverá ocorrer nos mesmos prazos e condições previstos para o emissor dos CBIOs (produtor do biocombustível).

A proposta é do deputado Efraim Filho (DEM-PB) e altera a Lei 13.576/17, que instituiu a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). O objetivo do projeto, segundo ele, é estimular a “inserção do produtor rural no RenovaBio”.

Metas

Criado pela lei do RenovaBio, o CBIO é um título emitido por produtores e importadores de biocombustíveis certificados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com base no que é comercializado.

Eles são vendidos às empresas de distribuição de gasolina e outros combustíveis fósseis que, por lei, possuem metas individuais de redução da emissão de gases do efeito estufa. A única forma de cumprir estas metas é comprando os CBIOs.

Deste modo, o mercado de CBIOs combina estímulo à produção dos biocombustíveis no País com redução dos gases do efeito estufa.

Dedução

O projeto do deputado Efraim Filho determina que o produtor de biocombustível que não remunerar o fornecedor rural será impedido de emitir novos CBIOs. O texto permite ainda que a parcela a ser recebida pelo produtor rural seja deduzida dos custos de emissão e negociação dos títulos.

Fonte: Canal Rural

Imagem: Guilherme Noronha/Embrapa

Quarta, 21 de Outubro de 2020
Mercado de Grãos: Entidades se mostram contrárias à importação de trigo transgênico da Argentina
Mercado de Grãos: Entidades se mostram contrárias à importação de trigo transgênico da Argentina Fonte: AF News Agrícola

Segundo a Abitrigo, consumo de produtos transgênicos enfrentam resistência por parte da população. Confira:

O Brasil está prestes a aprovar a importação de uma nova variedade de trigo transgênico da Argentina. Autoridades sanitárias alimentares argentinas aprovaram a comercialização dessa cultura, mas o início efetivo das vendas vai depender do aval do Brasil, maior importador do trigo argentino.

Apesar do avanço das negociações entre os dois países, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) se posicionou de forma contrária ao uso dessa fonte alternativa de geração de alimentos. Segundo o presidente-executivo da entidade, outras associações ligadas à produção de pães, bolachas e outros derivados do trigo também são contrárias à importação.

“Até o momento, não temos nenhuma pesquisa que aponte o comportamento da população sobre o consumo do trigo transgênico e nós sabemos que há uma resistência muito grande quando se fala em produtos com essas características. O trigo, diferente da soja e do milho, é consumido por pessoas e não por animais”, pondera Rubens Barbosa.

Segundo o dirigente, 85% dos associados são contrários à compra do produto transgênico argentino. “A grande maioria dos nossos associados já nos comunicaram que se o governo autorizar importação do trigo ou da farinha eles vão procurar outros fornecedores”, diz o presidente da Abitrigo.

Fonte: AF News Agrícola

Quarta, 21 de Outubro de 2020
Com pouca oferta, preços do milho devem avançar ainda mais no Brasil
Com pouca oferta, preços do milho devem avançar ainda mais no Brasil Fonte: Safras & Mercados

    O mercado brasileiro de milho deve seguir com preços muito firmes nesta quarta-feira, com nova tendência de alta, em meio ao quadro limitado de oferta para atender as necessidades dos consumidores. No cenário internacional a Bolsa de Mercadorias de Chicago estende os ganhos da última sessão.

     Ontem (20), o mercado brasileiro de milho seguiu muito aquecido, com novas altas significativas nas cotações sendo observadas. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, as ofertas estão muito curtas e ajustadas à demanda e há tensão e apreensão com o clima para o plantio da safra de verão. Faltam chuvas em importantes regiões produtoras, o que faz o produtor retrair ainda mais a oferta e o resultado é a alta nos preços do cereal.

    No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 75,00/77,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 73,00/75,00 a saca.

    No Paraná, a cotação ficou em R$ 69,00/71,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 75,00/77,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 78,50/79,00 a saca.

    No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 73,00/77,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 68,00/70,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 67,00 – R$ 68,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 63,00/67,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* A posição dezembro opera com alta de 4,00 centavos, ou 0,97%, cotada a US$ 4,12 3/4 por bushel.

* O cereal sobe pela terceira sessão seguida, sustentado pela forte demanda pelo cereal norte-americano. O clima seco no Brasil também favorece os ganhos, pois atrasa o plantio da soja e pode respingar sobre o milho safrinha. Além disso, há preocupações com os problemas de seca registrado em vários países produtores de trigo, o que pode vir a favorecer uma maior demanda global por milho.

* Ontem (20), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,08 3/4, com alta de 3,50 centavos, ou 0,86%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com perda de 0,44% neste momento, cotado a R$ 5,5850.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,09%. Tóquio, -0,31%.

* As principais bolsas na Europa operam fracas. Paris, -1,07%; Frankfurt, -0,92%; Londres, -0,27%.

* O petróleo opera com perdas. Dezembro do WTI em NY: US$ 41,11 o barril (-1,41%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,29%, a 92,80 pontos.

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

—–Quinta-feira (22/10)

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Levantamento mensal sobre as lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (23/10)

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor – 15 (IPCA 15) referentes a outubro.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Levantamento sobre a evoluções do plantio de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quarta, 21 de Outubro de 2020
Confinamento de bois em 2020 deve bater recorde no Brasil
Confinamento de bois em 2020 deve bater recorde no Brasil Fonte: Portal DBO

Segundo dados preliminares do Censo de Confinamento DSM 2020, o país deve alcançar 6,188 milhões de cabeças - avanço de 6% em relação a 2019

O número de bois gordos terminados em confinamento no Brasil deve alcançar o recorde de 6,188 milhões de cabeças em 2020, avanço de 6% em relação aos 5,856 milhões de cabeças verificadas no ano passado, de acordo com dados preliminares do Censo de Confinamento DSM 2020.

O crescimento é atribuído ao segundo giro de confinamento, que já costuma representar 65% dos animais engordados no cocho, mas neste ano será ainda mais volumoso por causa da forte valorização da arroba no período, informa o gerente Técnico de Confinamento da DSM, Hugo Cunha.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, que trouxe uma forte incerteza para os mercados e o início da recessão econômica, foram confinados 40% menos animais do que o que normalmente ocorre no primeiro giro do ano, que começa entre março e abril e termina entre junho e julho.

“Com essa diminuição no número de bois fechados (nos cochos), faltou animal para ser abatido em julho e agosto e o preço da arroba começou a disparar“, explicou Cunha.

De acordo com ele, no segundo semestre, embora os preços de insumos essenciais à atividade, como bois magros, milho e farelo de soja, também tenham começado a subir, as exportações continuaram aquecidas. Nesse sentido, a forte demanda externa, somada aos preços mais altos da arroba, estimulou os pecuaristas a lotarem os confinamentos com animais para engorda até o fim do ano.

O levantamento mostra que o maior avanço do confinamento, em termos porcentuais, ocorre no Nordeste, onde o número de animais deve chegar a 148 mil cabeças neste ano, 17% a mais do que em 2019. Contudo, o Centro-Oeste segue responsável pela maior parcela de bois nos cochos, somando 2,892 milhões de cabeças, aumento de 8% frente ao ano anterior.

Em segundo lugar, está o Sudeste, com 1,685 milhão de animais confinados (+1,6%), seguido pelo Norte, com 760 mil animais (+0,6%) e pelo Sul, que deve alcançar 705 mil animais confinados, alta de 10,8% na mesma base comparativa. Em relação aos Estados, Mato Grosso lidera a produção, enquanto Goiás e São Paulo ocupam a segunda e a terceira posições.

Em relação à oferta no mercado físico, Cunha disse que, de fato, em anos anteriores havia mais lotes de boiada gorda terminada nos cochos disponíveis em outubro.

Segundo ele, isso ocorre em virtude de um alongamento no período de confinamento, e não em razão do início tardio da atividade pelos produtores. “O que vem acontecendo é que os confinadores estão abatendo animais mais pesados. Se antes abatiam um animal de 19 arrobas, agora estão esperando chegar a 21 ou 22 arrobas”, explica o gerente técnico, acrescentando que o ciclo de engorda passa, portanto, de 90 dias para 120 dias nos cochos.

“O pecuarista brasileiro está aproveitando mais a carcaça e, por isso, a maior concentração de animais confinados no mercado vai ser no mês de novembro”, projeta ele.

Ainda sobre o aumento dos dias de confinamento, Cunha explicou que essa tendência é vantajosa mesmo que signifique maior custo com grãos para alimentação. Isso porque cerca de 73% a 75% dos custos de produção nos confinamentos decorrem do gado de reposição, enquanto cerca de 20% a 22% provêm da alimentação dos animais.

“É melhor para o produtor segurar os animais porque, apesar de perder eficiência na engorda, ele melhora a relação de troca do boi gordo com a reposição“, afirmou.

Ele acrescentou que esse movimento não é apenas para garantir a remuneração mais alta trazida pelo peso maior, mas também porque estão acompanhando a valorização diária contínua da arroba no mercado.

“Para que ele vai abater hoje, se pode abater amanhã, quando o animal pesa mais e a arroba está mais valorizada?” Cunha também reforçou que o cenário do mercado físico é de preços sustentados, especialmente por causa da oferta comedida.

Fonte: Portal DBO  - Estadão Conteúdo

Quarta, 21 de Outubro de 2020
La Niña vem com tudo e fica até abril
La Niña vem com tudo e fica até abril Fonte: Agrolink

Uma nova previsão apontou que a La Niña deve ter atuação “extraordinária” e se manter forte.

Os produtores brasileiros já sabiam que esta safra seria de atuação da La Niña, fenômeno que resfria as águas do Pacífico e causa seca no Sul, Sudeste e Centro-Oeste e mais chuva no Norte e Nordeste. O fenômeno começou a atuar no dia 11 de setembro e, segundo previsões do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) iria até novembro, elevando as temperaturas para as mais quentes da história.

No entanto o fenômeno ganhou força e deve ter maior intensidade. A NOAA já havia antecipado nesta semana que o pico se daria entre novembro e janeiro, pegando a safra de verão. Uma nova previsão do Instituto de Pesquisa Internacional da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, apontou que a La Niña deve ter atuação “extraordinária” e se manter forte até abril de 2021. 

Com isso poderão ser observados impactos até na safrinha de milho. Com chuvas abaixo da média nas principais regiões produtoras poderão ocorrer atrasos no plantio e a perda da janela ideal. A produção da segunda safra de milho está estimada em 76,7 milhões de toneladas.

Segundo o primeiro levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a projeção para a safra de grãos 20/21 é de 268,6 milhões de toneladas, avanço de 4,2% ou uma das maiores safras da história. Em soja 133,6 milhões de toneladas e em milho total de três safras 105,1 milhões de toneladas. 

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Arquivo

Sexta, 16 de Outubro de 2020
Balança comercial do agronegócio registra superávit recorde em 2020, diz CNA
Balança comercial do agronegócio registra superávit recorde em 2020, diz CNA Fonte: Canal Rural

De janeiro a setembro deste ano, o agronegócio brasileiro exportou US$ 77,9 bilhões, com destaque para as vendas de soja, carne bovina e açúcar

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A exportação brasileira do agronegócio atingiu US$ 77,9 bilhões de janeiro a setembro deste ano, alta de 7,5% em comparação com igual período do ano passado. As importações totalizaram US$ 9,2 bilhões. Desta forma, o agronegócio obteve um superávit recorde de US$ 68,7 bilhões para o acumulado de nove meses, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que compilou os dados da balança comercial do Ministério da Economia.

Em volume, o país embarcou 172 milhões de toneladas, aumento de 14,8% frente aos primeiros nove meses de 2019. Os principais destaques na pauta de exportações foram: soja em grãos (US$ 27,2 bilhões), carne bovina in natura (US$ 5,4 bilhões), açúcar de cana em bruto (US$ 5 bilhões), celulose (US$ 4,5 bilhões) e farelo de soja (US$ 4,5 bilhões). Estes itens produtos representaram 59,8% dos embarques de produtos do agro brasileiro em 2020.

A China continua como o principal destino das vendas brasileiras, com 36,8% do total (receita de US$ 28,7 bilhões). Em seguida vêm União Europeia (16,2% das exportações e receita US$ 12,6 bilhões), Estados Unidos (6,3% e US$ 4,9 bilhões em valor), Japão (2,3% e US$ 1,8 bilhão) e Coreia do Sul (2,1% e US$ 1,6 bilhão).

No desempenho mensal, agronegócio brasileiro exportou US$ 8,6 bilhões em setembro, alta de 4,8% na comparação com igual período de 2019, gerando um saldo comercial de US$ 7,5 bilhões. A quantidade embarcada foi de 20,6 milhões de toneladas, crescimento de 12,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Soja em grãos (US$ 1,6 bilhão), milho (US$ 1,1 bilhão), açúcar de cana em bruto (US$ 888,4 milhões), carne bovina in natura (US$ 583,1 milhões) e farelo de soja (US$ 549,9 milhões) foram os produtos mais exportados, respondendo por 55,4% dos embarques totais. A China foi quem mais importou do Brasil, com 27,5% do total em setembro.

Fonte: Canal Rural

Imagem: Ivan Bueno

Sexta, 16 de Outubro de 2020
Escassez de soja e atraso no plantio mantêm preços em patamares históricos
Escassez de soja e atraso no plantio mantêm preços em patamares históricos Fonte: Safras & Mercado

O mercado brasileiro de soja manteve preços firmes, reforçando patamares recordes, e ritmo lento das negociações. A falta de produto determina a elevação das cotações e a movimentação escassa.

     O produtor está capitalizado. A comercialização da safra 2019/20 está praticamente completa. A safra 2020/21, em fase inicial de plantio, tem mais da metade negociada e já há negócios envolvendo a temporada 2021/22.

     Nesse momento, as atenções estão voltadas para o atraso na semeadura, devido à falta de chuvas. Esse é mais um fator que ajuda a impulsionar as cotações internas. São muitos fatores altistas, que sustentam as pedidas e fazem os compradores mais necessitados ter que elevar suas ofertas.

     A saca de 60 quilos teve indicação nessa semana a R$ 165,00 na região de Dourados (MS), o maior valor histórico. Em muitas regiões, a cotação supera a casa de R$ 160,00 a saca.

     Além da falta de produto, o mercado recebe impulso dos demais fatores para a sustentação das cotações. Os contratos futuros se aproximaram a US$ 10,70 o bushel na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o maior valor em mais de dois anos e meio.

     Chicago é sustentado pela demanda aquecida pelo produto americano. Com o atraso no plantio no Brasil, a janela de compra chinesa nos Estados Unidos deve aumentar e isso reforçou o sentimento altista.

     O dólar segue em patamares elevados, acima de R$ 5,60. O clima de maior aversão ao risco faz os investidores procurarem opções mais seguras, como o câmbio, e ajuda a elevar a moeda. Completando o cenário positivo, os prêmios de exportação seguem firmes.

     USDA

     O relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,268 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 116,16 milhões de toneladas, abaixo da estimativa anterior de 4,313 bilhões ou 117,4 milhões. O mercado apostava em safra de 4,292 bilhões ou 116,8 milhões de toneladas.

     Os estoques finais estão estimados em 290 milhões de bushels ou 7,9 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 360 milhões ou 9,8 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 460 milhões de bushels – 12,5 milhões de toneladas.

     O USDA indicou esmagamento em 2,180 bilhões de bushels e exportação de 2,200 bilhões, repetindo a estimativa de setembro para o processamento, mas elevando as exportações, anteriormente projetadas em 2,125 bilhões de bushels.

     A produção 2019/20 está estimada em 3,552 bilhões de bushels. Os estoques finais em 2019/20 estão projetados em 523 milhões de bushels.

     O relatório projetou safra mundial de soja em 2020/21 de 368,47 milhões de toneladas. Em setembro, o número era de 369,74 milhões de toneladas.

     Os estoques finais estão estimados em 88,7 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 90,9 milhões de toneladas. Em setembro, a previsão era de 93,59 milhões de toneladas.

     A projeção do USDA aposta em safra americana de 116,15 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 133 milhões de toneladas, repetindo o número de setembro. A Argentina deverá produzir 53,5 milhões de toneladas, também sem alterações. A estimativa para as importações chinesas em 2020/21 é de 100 milhões de toneladas, com aumento de 1 milhão sobre o relatório anterior.

     Para 2019/20, o USDA indicou safra de 336,59 milhões de toneladas. Os estoques finais estão projetados em 93,75 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 94,7 milhões. A safra brasileira teve sua estimativa mantida em 126 milhões de toneladas.

     A safra argentina foi reduzida de 49,7 milhões para 49 milhões de toneladas. As importações chinesas estão projetadas em 97,4 milhões de toneladas, contra 98 milhões previstas em setembro.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Sexta, 16 de Outubro de 2020
Cenário continua em alta, com prêmio de R$ 5 por arroba no boi-China
Cenário continua em alta, com prêmio de R$ 5 por arroba no boi-China Fonte: Portal DBO

Embora o mercado registre enorme escassez de oferta de boiadas, frigoríficos não entram de cabeça nas compras, estudando o melhor momento para fechar negócios e, assim, evitar estoques altos nas câmaras frias

 

Nesta quinta-feira (15/10), os preços da boiada gorda subiram novamente nos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul e Pará, conforme dados apurados pela IHS Markit. Na praça paulista, o valor máximo do animal terminado avançou para R$ 263/@, a prazo.

“A oferta escassa de gado pronto para abater segue como direcionador do mercado, dificultando o preenchimento das escalas, que só conseguem ser alongadas mediante elevação dos preços oferecidos ao pecuarista”, informa a consultoria.

Nas principais praças pecuárias, as exportações continuam a ditar o ritmo das compras de gado pelos frigoríficos, que se posicionam de forma mais ativa, sobretudo em lotes de animais que atendem aos requisitos básicos do mercado internacional.  O chamado “boi-China” chega a receber prêmios de até R$ 5/@ acima da referência do mercado, relata a IHS.

Em relação às escalas de abate, poucas plantas frigoríficas dispõem da formação que supera mais de uma semana de preenchimento, observa a consultoria. No entanto, embora haja enorme escassez de animais terminados, as indústrias preferem atuar com certa cautela nos negócios, buscando trabalhar com estoque regulado e alinhado com a demanda vigente, para evitar a formação de excedentes nas câmaras frias justamente no período mais complicado de consumo (a partir da segunda quinzena do mês, quando, teoricamente, sobra menos dinheiro no bolso da população assalariada).

No atacado, os preços dos principais cortes bovinos continuaram estáveis. “Sem grandes excedentes nos estoques, mesmo diante do menor ritmo das vendas com a chegada da segunda semana, os preços se sustentaram”, informa a IHS Markit.

Confira as cotações desta quinta-feira, 15 de outubro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 249/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 239/@  (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 251@ (prazo)
vaca a R$ 239@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 236@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 247@ (prazo)
vaca a R$ 237/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 248/@ (à vista)
vaca a R$ 237/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 241/@ (à vista)
vaca a R$ 231/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 247/@ (prazo)
vaca R$ 239/@  (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 247/@ (prazo)
vaca a R$ 237/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 248/@ (à vista)
vaca a R$ 237/@  (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 257/@ (prazo)
vaca a R$ 247/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 235/@ (à vista)
vaca a R$ 220/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 334/@ (à vista)
vaca a R$ 219/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 257@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 255/@ (prazo)
vaca a R$ 246@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 247/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 240/@ (à vista)
vaca a R$ 232/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 239/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 253/@ (à vista)
vaca a R$ 239/@ (à vista)

 

Fonte: Portal DBO – Denis Cardoso

Sexta, 16 de Outubro de 2020
Demanda por frete rodoviário no agro cresce 9,5%
Demanda por frete rodoviário no agro cresce 9,5% Fonte: Agrolink

Crescimento superou o registrado pela Indústria e Varejo

Segundo o Índice de Fretes e Pedágios Repom (IFPR), a demanda por frete rodoviário no Agronegócio teve incremento de 9,5% ao considerar o acumulado do ano - de janeiro a setembro de 2020. A Repom traz mensalmente os dados e as análises do período e, ao analisar o mês de setembro com o mesmo período em 2019, foi possível notar um aumento de 4,6% no volume de fretes rodoviários.

Ao considerar a Indústria e o Varejo, houve um incremento de 8,4% nas demandas por frete nos nove meses do ano, reforçando a retomada das atividades econômicas. Ao considerar somente setembro, o crescimento no volume de frete foi de 19,9% frente ao mesmo período do ano passado, figurando como um mês bastante ativo no que se refere a emissões. A expectativa é que este ritmo continue em outubro, período bastante relevante em termos de movimentação de cargas rodoviárias.

“O ritmo positivo bastante expressivo da Indústria e do Varejo confirma que a depressão no setor foi superada. A taxa de ritmo diário de setembro superou em 25% o período pré pandemia e comparativamente ao mês de abril, o pior mês do ano em emissões, a recuperação foi de 40 pontos percentuais”, pontua Thomas Gautier, Head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil.

Com relação ao número total de viagens emitidas de janeiro a setembro, o ano de 2018 figurou com 2,41 milhões de viagens, 2019 com 2,71 milhões - um incremento de 12,2% com relação ao ano anterior - e 2020 ficou com 2,94 milhões de viagens emitidas, representando um aumento de 8,6% frente a 2019.

Ritmo de praças de pedágio do País já é similar a período pré pandemia

O IFPR também apresenta o comportamento nas passagens das praças de pedágio em todo o País. O universo analisado no levantamento contabilizou 31 milhões de passagens no período de janeiro a setembro de 2020. O ritmo mensal apresentou queda de 2,7% nos últimos dois meses - agosto e setembro - frente aos dois primeiros meses do ano, período pré pandemia. “O mês de setembro, especificamente, já apresentou ritmo de passagem similar ao período pré pandemia, o que demonstra a retomada da economia do País”, alerta Gautier.

Ao analisar o fluxo de passagens nas principais rodovias do Brasil, nota-se uma grande recuperação ao comparar setembro com o mês de maio, por exemplo - pico da pandemia do coronavírus no País. A rodovia SP - 330 registrou queda de 21% no número de passagens em maio e, setembro, teve incremento de 3,5%, frente aos mesmos meses em 2019. A melhora representa quase 25 pontos percentuais em um cenário de recuperação.

Já a BR - 116 contou com incremento de 37 pontos percentuais na comparação do mesmo período. Maio teve queda de 419% no número de passagens, enquanto o mês de setembro apresentou queda de apenas 3,4% no comparativo com 2019.

Os veículos pesados registraram uma dinâmica de crescimento de 13,8% no fluxo de passagens em setembro, revertendo um cenário de queda vertiginosa registrado em maio, período que apresentou queda de 16,1%.

Com relação aos veículos leves e médios ainda é possível notar um cenário de recuo frente ao período pré pandemia - 8,1% menor em movimentações em setembro. Porém, com queda bem menor do que a observada nos últimos dois meses - que apresentou a média de 15%.

O IFPR é um estudo mensal que atualiza o cenário do frete rodoviário e também das passagens nas praças de pedágios das principais rodovias brasileiras, levantado pela Repom, que intermedia mais de 25 milhões de transações por anos, com mais de 1 milhão de caminhoneiros em sua base. Com uma expertise de mais de 25 anos, a Repom conta com um forte DNA financeiro e de inovação por meio de suas plataformas e soluções, usando metodologia ágil, para que seus públicos atinjam altos níveis de eficiência nas operações.

Fonte: Agrolink - AGROLINK COM INF. DE ASSESSORIA

Imagem: Arquivo Agrolink

Sexta, 16 de Outubro de 2020
Destaques da Economia (12 a 16/10)
Destaques da Economia (12 a 16/10) Fonte: AF News Agricola

A queda dos juros na economia brasileira refletiu também na manutenção dos juros do financiamento imobiliário. Durante a semana, a Caixa Econômica Federal informou que irá reduzir a Taxa Referencial (TR), para o financiamento de habitação. No entanto, fatores negativos também foram registrados na semana, com o FMI alertando que economia mundial está em terreno extremamente frágil, deixando o mercado financeiro novamente em alerta e o dólar em patamares elevados. Confira mais destaques:

Economia Brasileira

Cotação do Dólar: No fechamento de quinta-feira (15), o preço do dólar registrou uma variação positiva diária em 0,48% sendo cotado a R$ 5,625. Na variação semanal, o indicador apresentou aumento de 0,03% tendo em vista que a moeda americana estava cotada a R$ 5,623 há uma semana. Ás 10h00 de hoje (16), a cotação operava em R$ 5,599.

Comércio Brasil-EUA é o menor em 11 anos: As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos movimentaram cerca de US$ 33,4 bilhões no acumulado de janeiro a setembro, o menor fluxo bilateral para o período dos últimos 11 anos. O volume representa queda de 25% em relação a 2019, segundo dados da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil). A predominância de bens da indústria de transformação nas exportações brasileiras aos americanos, como petróleo e derivados, contribuiu para a queda. A Amcham projeta déficit entre US$ 2,4 bilhões e US$ 2,8 bilhões no comércio entre os dois países em 2020.

Caixa anuncia redução de taxa de juros do financiamento imobiliário: A Caixa Econômica Federal anunciou a redução na taxa de financiamento da casa própria atrelada à Taxa Referencial (TR). Contratos fechados a partir de 22 de outubro serão corrigidos em 6,25% mais a taxa referencial (TR), hoje zerada. Já o teto passará dos atuais 8,5% somados à TR para 8%. O reajuste se aplica a financiamentos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e para pessoas físicas.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), disponibilizados na terça (13), na 2ª semana de Outubro de 2020, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,716 bilhão e corrente de comércio de US$ 7,03 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,373 bilhões e importações de US$ 2,657 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 6,389 bilhões e as importações, US$ 3,706 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,682 bilhões e corrente de comércio de US$ 10,095 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 162,912 bilhões e as importações, US$ 118,041 bilhões, com saldo positivo de US$ 44,871 bilhões e corrente de comércio de US$ 280,953 bilhões..

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 88,360 mil toneladas até a segunda semana de outubro. O volume é 3,98% menor que o mesmo período do mês passado, quando foram embarcados 92,02 mil tons de café. A média diária ficou em 12,62 mil tons.

A soja em grãos obteve um volume 2,056 milhões de toneladas nos primeiros sete dias úteis de outubro, com aumento de 30,37% em relação a mesma época do mês anterior. Por dia, os portos movimentaram 293,71 mil tons.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de 942,851 mil toneladas, com queda de 69,33% comparado a igual período do mês de setembro. A média diária ficou em 134,69 mil tons/dia.

Economia Mundial

FMI alerta que economia mundial está em terreno extremamente frágil: Aeconomia pós-pandemia será muito diferente da que se registava anteriormente (...). Não faz sentido hoje investir na economia de ontem", realçou a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, numa conversa sobre o futuro da economia.

A gravidade e a magnitude do impacto da pandemia, que já causou mais de um milhão de mortos e a maior recessão económica em praticamente um século, tem sido o centro de atenção das reuniões por videoconferência daquele organismo, noticia a agência EFE.

A pandemia causa ainda que a linguagem técnica habitualmente utilizada nestas reuniões seja carregada de frases dramáticas.

Uma das mais utilizadas, 'tempos extraordinários exigem soluções extraordinárias', defende os programas de estímulo fiscal e monetário de biliões de dólares que estão a ser implementados nas grandes economias.

Perante este cenário, a diretora do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou que é fundamental não só manter o apoio mas também "evitar que seja retirado repentinamente".

A dirigente francesa insistiu também numa dimensão integral e planeada a médio prazo.

"Medidas estruturais bem desenhadas serão necessárias para realocar recursos ao longo do tempo para setores mais viáveis e, assim, minimizar os danos permanentes nas nossas economias", sublinhou Lagarde, que liderou o FMI entre 2011 e 2019.

No relatório 'Global Economic Outlook', o FMI apontou o emprego como uma das principais vítimas da pandemia.

E instou as autoridades a elaborarem planos para "facilitar a transferência de trabalhadores de setores que provavelmente serão reduzidos a longo prazo, como setor das viagens, para outros que continuarão a crescer, como comércio eletrónico".

Para o presidente do Banco Mundial (WB, em ingês), David Malpass, a pandemia mudou tudo: "a forma como trabalhamos, o alcance das nossas viagens, a maneira como comunicamos, ensinamos e aprendemos."

Um dos indicadores mais importantes da situação dramática vivida atualmente refere-se à pobreza, pois a pandemia terá impacto de forma particularmente grave nos mais desfavorecidos.

"Em 2020, a pobreza extrema global aumentará pela primeira vez, em mais de 20 anos, como resultado dos distúrbios causados pela pandemia de covid-19", vincou o Banco Mundial, no seu mais recente relatório divulgado esta semana.

Em maio, no pior cenário delineado, os economistas do Banco Mundial já previam que 60 milhões de pessoas poderiam cair em pobreza extrema e, em agosto, a previsão foi ainda mais pessimista, passando para 100 milhões de pessoas.

Pelos últimos cálculos, em 2021 quase 150 milhões de pessoas em todo o mundo podem cair em pobreza extrema, com rendimento diário estimado de 1,9 dólares (1,62 euros).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos e mais de 38,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Fonte: AF News Agricola