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Sexta, 30 de Outubro de 2020
Brasil abre 100 novos mercados externos
Brasil abre 100 novos mercados externos Fonte: Agrolink

O mais recente mercado aberto é a exportação de suínos (reprodução) para a Colômbia

O Brasil comemora a abertura de 100 novos mercados para produtos da agropecuária nacional desde janeiro de 2019. A conquista reflete o trabalho de diversificar a gama de produtos agropecuários na exportação. Só neste ano foram 66 mercados. As novas oportunidades não focam apenas mercados tradicionais como as carnes mas produtos como castanhas, chá, frutas, pescados, lácteos e plantas.

“Isso significa novas oportunidades para os produtores brasileiros que vêm trabalhando com afinco e demonstrando muita resiliência, mesmo passando por uma pandemia. Acredito muito na competência e competitividade dos nossos produtores e essas aberturas refletem a intenção do Mapa em diversificar cada vez mais nossa pauta de exportação”, destaca a ministra da Agricultura, Tereza Cristina

O mais recente mercado aberto é a exportação de suínos (reprodução) para a Colômbia. Entre as aberturas de produtos não tradicionais estão Castanha de Baru para a Coreia do Sul, mudas de coco para a Guiana, Castanha do Brasil para Arábia Saudita, milho de pipoca para Colômbia, gergelim para Índia, mudas de eucalipto para Colômbia, ovos com casca para Singapura e abacate para Argentina.

Também foram abertos mercados para produtos de alto valor agregado, como material genético avícola para os Emirados Árabes Unidos e Marrocos e embriões equinos para os Estados Unidos.

Dos 100 novos mercados, 45 são na América (Argentina, Colômbia, Peru, Estados Unidos, México, Canadá, Guiana, Equador, Venezuela, Guatemala e Bolívia); 40 na Ásia (Arábia Saudita, China, Cazaquistão, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Índia, Japão, Malásia, Indonésia, Taiwan, Irã, Tailândia, Mianmar, Singapura e Qatar); 14 na África (Egito, Marrocos e Zâmbia) e um na Oceania (Austrália), conforme dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. 

Os novos mercados envolvem 30 países. Houve uma ampliação significativa com os vizinhos sul-americanos, com a abertura de 17 novos produtos para a Argentina, oito para a Colômbia e seis para a Bolívia. Na Ásia, Singapura e Mianmar abriram sete novos mercados, cada um, para os produtos brasileiros. Na África, Egito abriu oito mercados.

Os produtos derivados de aves (carnes, miúdos e farinhas) estão entre os mais procurados, totalizando 13 aberturas, assim como 11 de bovinos, nove de plantas, oito de suínos, oito de material genético bovino, sete de lácteos e cinco de frutas.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Sexta, 30 de Outubro de 2020
Atrasado: com tempo seco, ritmo de plantio da soja diminui no Rio Grande do Sul
Atrasado: com tempo seco, ritmo de plantio da soja diminui no Rio Grande do Sul Fonte: Canal Rural

O estado semeou apenas 7% da área de 6 milhões de hectares até agora, segundo a Emater-RS. No ano passado 11% já estavam plantados. Confira a situação por regiões!

O Rio Grande do Sul diminuiu o ritmo de plantio da soja nesta semana e conseguiu implantar apenas 7% da área de 6 milhões de hectares até agora. Segundo levantamento da Emater=RS, o tempo seco atrapalhou o avanço e atrasou o plantio. Na mesma época do ano passado 11% estava plantado, e na média para o período 12% é plantado até agora.

Na semana passada o ritmo era de 5% e estava a frente de 2019 e igual a média. De lá para cá, apenas 2% foi semeado.

 “O tempo seco na maioria das regiões produtoras do estado paralisou a implantação da cultura. A atividade foi retomada apenas naquelas onde ocorreram precipitações na semana. As lavouras apresentam redução no crescimento e o plantio está atrasado”, diz a Emater.

Veja a análise por região:

 

Erechim

Por lá, apenas 2% da área prevista está plantado. Segundo a Emater os produtores esperam umidade do solo para plantio.

Frederico Westphalen

A semeadura atingiu 3% dos 419.680 hectares previstos. A falta de chuvas impede o avanço, mas a atividade será acelerada assim que chover diz a entidade.

 “Motivados com a alta dos preços, os produtores investirão em tecnologia e incrementarão o uso de fertilizantes.”

Bagé

Por lá estão previstos o plantio de 836 mil hectares de soja. Após um período de três semanas sem chuvas, o retorno das precipitações em 23 e 25 de outubro possibilitou o início da semeadura na maior parte dos municípios, afirmou a Emater.

São Borja

Por lá, a falta de umidade nos solos é mais comprometedora, afirma a Emater. E a semeadura iniciará nos próximos dias.

Campanha

Segundo a Emater, confiando nas previsões de chuva, uma pequena parte dos produtores iniciou o plantio das lavouras de soja durante a semana, mesmo com solo seco. Com a chuva registrada na sexta-feira passada, parte destas áreas devem reunir condições adequadas para germinação, e outras lavouras ainda dependerão de maior volume de precipitações.

“Ainda que tenham sido implantadas algumas lavouras, a maior parte dos sojicultores ainda realiza atividades de pré-semeadura. O clima seco prejudicou os que realizam o cultivo mínimo, pois a falta de umidade resultou em adensamento significativo da camada superficial dos solos, limitando a ação das grades. Para o plantio direto, o fator negativo foi a ocorrência de ventos fortes desde 19/10, que impediu as pulverizações para dessecação de manejo de palha. Nas lavouras já implantadas – especialmente em São Gabriel, com 10% semeados de 130 mil hectares e em Dom Pedrito, com 12% dos 120 mil hectares previstos –, as chuvas favoreceram a germinação das sementes e a uniformização da emergência. Caso persistisse, a falta de umidade nos solos comprometeria o estabelecimento inicial da cultura.”

Santa Maria

As chuvas ocorridas na semana trazem alento aos agricultores, e nos próximos dias o plantio de soja terá forte incremento. Dos 993.840 hectares da intenção de plantio projetada, pouco mais de 7% estão plantados.

Ijuí

Não houve condições para a semeadura nos cultivos de sequeiro; a atividade foi realizada apenas nas áreas irrigadas, de pequena representatividade na região, afirma a Emater.

Com a previsão de chuvas, alguns produtores realizaram a semeadura entre 23 e 25 de outubro, ainda que a umidade do solo não fosse adequada.

“A baixa umidade do ar e do solo dificulta o manejo químico de dessecação das ervas daninhas e o preparo das áreas para a semeadura da soja. As poucas áreas já semeadas se encontram em germinação e início da emergência, de forma irregular. As sementes que não germinaram não sofreram ataque de pragas e/ou fungos, e poderão germinar satisfatoriamente com o retorno da umidade ideal. O plantio está atrasado em relação aos anos anteriores; em 2019, eram 15%; neste, as áreas semeadas correspondem a menos de 2% da prevista para a cultura.”

Passo Fundo

Produtores intensificam o plantio de soja, com área plantada de 6% do total previsto de 648 mil hectares. As lavouras estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo.

Soledade

Com previsão de 451.430 hectares a serem implantados, não houve avanços na semeadura na semana; estima-se que apenas 3% da área tenha sido semeada. Segundo a Emater, essas lavouras foram semeadas na abertura das janelas de plantio conforme zoneamento agrícola, aproveitando a umidade do solo das chuvas ocorridas no fim de setembro.

“O quadro geral dessas lavouras é estável, com crescimento reduzido. As chuvas esparsas ocorridas no final da semana e a previsão de mais precipitações possibilitam a retomada da semeadura.”

Caxias do Sul

O solo muito seco causou a paralisação do plantio, e produtores aguardam o retorno da chuva para garantir um bom estabelecimento inicial das lavouras.

“As primeiras áreas semeadas apresentam germinação satisfatória; porém, o desenvolvimento é muito lento, e as plantas apresentam fortes sintomas de deficiência hídrica.”

Lajeado

Dos 16 mil hectares previstos para a cultura, a área semeada até o momento é de 405 hectares. Segundo a Emater, esse atraso no processo de semeadura não chega a comprometer a produtividade; nesta região, as áreas de lavoura são pequenas, e assim que houver condições de umidade no solo, os produtores conseguem completar o processo de semeadura em poucos dias.

“Preocupa a previsão de estiagem pelo evento La Niña, com pico de intensidade entre dezembro e janeiro, mas com chuvas abaixo da média já em novembro.”

Pelotas

Por lá, segue a semeadura da cultura. Em Canguçu, estão semeados 33% da área; em Arroio Grande, 23%; em Piratini, 25% da área prevista. Segundo a Emater, dadas as condições favoráveis para a semeadura, os produtores deverão antecipar ao máximo o cultivo, motivados também pelos prognósticos climáticos de La Niña no verão.

“As operações de semeadura acontecem dentro da normalidade, favorecidas pelas condições do clima e da umidade do solo, com precipitações na semana dentro do necessário para a germinação e emergência das plantas, oportunizando o estabelecimento de um bom estande de plantas de soja.”

Santa Rosa

O preparo do solo, com a dessecação e o manejo de plantas daninhas, e o plantio da nova safra de soja foram interrompidos devido à falta de umidade no solo. Segundo a Emater, apenas 2% da área prevista de mais de 700 mil hectares está semeado; a germinação e o desenvolvimento vegetativo inicial estão prejudicados devido à baixa umidade do solo.

“Entretanto, com a chuva ocorrida na madrugada dessa segunda-feira (26), a restituição da umidade do solo deverá proporcionar intensa retomada dos plantios e favorecer a melhoria da germinação, do estande de população de plantas e do desenvolvimento inicial das plantas. Muitas lavouras estão prontas devido ao avanço da colheita do trigo, e só aguardavam a chuva para o plantio. Produtores relatam que as sementes próprias – colhidas na safra passada, quando as plantas morreram com a seca – contêm muitos grãos verdes e, portanto, baixa germinação e vigor. Poderá faltar semente de qualidade em caso de o replantio ser necessário.”

Fonte: Canal Rural - Daniel Popov

Sexta, 30 de Outubro de 2020
Mercado de milho deve seguir sustentado por oferta limitada no Brasil
Mercado de milho deve seguir sustentado por oferta limitada no Brasil Fonte: Safras & Mercado

O mercado brasileiro de milho deve fechar a semana com preços sustentados pelo volume limitado de oferta, com as atenções dos produtores no clima para o andamento do plantio da safra de verão. No cenário internacional a Bolsa de Mercadorias de Chicago sobe, buscando recuperação ante as recentes perdas.

     Na quinta-feira (29) o mercado brasileiro de milho teve manutenção do quadro de preços firmes. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, segue havendo pouca oferta regional, o que garante suporte às cotações, com as atenções seguindo no clima para o plantio da safra de verão e no câmbio.

     No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 78,50/81,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 80,00/83,00 a saca.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 77,00/80,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 80,00/83,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 84,50/85,50 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 80,50/82,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 74,00/75,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 72,00 – R$ 73,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 72,00/75,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* A posição dezembro opera com alta de 0,25 centavo, ou 0,06%, cotada a US$ 3,98 3/4 por bushel.

* O mercado se recupera das fortes perdas registradas recentemente, buscando suporte na boa demanda do México pelo grão dos Estados Unidos.

* Segundo a Agência Reuters, compradores mexicanos fecharam negócios para adquirir seu maior volume de milho norte-americano desde dezembro passado.

* Ontem (29), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 3,98 1/2, com baixa de 3,00 centavos, ou 0,74%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com ganho de 0,19% neste momento, cotado a R$ 5,7760.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -1,47%. Tóquio, -1,52%.

* As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, +0,29%; Frankfurt, -0,48%; Londres, -0,43%.

* O petróleo opera com perdas. Dezembro do WTI em NY: US$ 36,14 o barril (-0,08%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,11%, a 93,86 pontos.

AGENDA

– Atualização das estimativas para a produção de soja e milho do Brasil em 2020/21 – SAFRAS, 12hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Levantamento sobre a evoluções do plantio de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Sexta, 30 de Outubro de 2020
RS tem novos negócios no trigo a R$ 1.400,00
RS tem novos negócios no trigo a R$ 1.400,00 Fonte: Agrolink

Em Santa Catarina, os preços iniciais da safra se situam ao redor de R$ 1.450,00/t

No Rio Grande do Sul, houve novamente alguns pequenos lotes fechados a R$ 1.400,00 FOB, com vendedores pedindo ente R$ 1.420,00 e R$ 1.450,00, mas a maioria dos compradores está fora de mercado, apenas recebendo os lotes comprados antecipadamente. A informação foi divulgada pela TF Agroeconômica. 

“Este movimento poderá fazer parar a alta dos preços a curto prazo, só recomeçando em janeiro, quando o trigo nacional acabar. Os preços do produtor fecharam a R$ 81,00 (R$ 1.350,00) em Catuípe, R$ 80,50 (R$ 1.342,00) em Ibirubá, R$ 80,00/saca (R$ 1.334,00/t) em Cachoeira do Sul e Santo Ângelo, R$ 79,00 (R$ 1.317,00) em Campo Novo, Tapejara e Soledade, R$ 78,50 (R$ 1.309,00) em Passo Fundo, R$ 78,00 (R$ 1.300,00) em Sarandi, Júlio de Castilhos, Panambi, Tupanciretã, R$ 77,00 (R$ 1.284,00/t) em São Luiz Gonzaga, Tucunduva e Santa Rosa”, comenta. 

Em Santa Catarina, os preços iniciais da safra se situam ao redor de R$ 1.450,00/t. “Como já há trigo catarinense colhido, as pedidas são de R$ 1.450,00/t FOB ou bem próximo disto.  As ofertas nos mercados de lotes seguem os preços dos estados vizinhos, nenhuma inferior a R$ 1.400,00 no RS e R$ 1.500,00 no PR, embora os compradores tentem colocar preços entre R$ 1350-1380,00/t”, completa.  

Mais negócios a R$ 1.500,00/t nesta quinta-feira foram registrados no Paraná. “Nos níveis de R$ 1.500,00/t FOB saíram mais alguns negócios no Paraná nesta quinta-feira e, com mais o frete até o moinho isto, o preço bateu bem próximo do teto do trigo importado. A primeira reação de um dos moinhos foi comprar trigo argentino para chegar em janeiro em Paranaguá. Assim, os vendedores nacionais não tem mais como aumentar muito mais os preços”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Marcel Oliveira

Sexta, 30 de Outubro de 2020
Destaques da Economia (26 a 30/10)
Destaques da Economia (26 a 30/10) Fonte: AF News Agricola

Os impasses nas questões políticas do Brasil vêm influenciando no mercado financeiro local que está em queda no momento, também intensificado pelas preocupações com a nova onda de contágio da Covid-19 na Europa e EUA. Por conta disso, o câmbio sofreu elevação de 3,05% em uma semana e o dólar já se aproxima novamente dos R$ 5,80. No mercado externo, alguns países europeus tiveram melhora nos seus indicadores financeiros do 3º trimestre, superando as expectativas.

 

Economia Brasileira

Cotação do Dólar: No fechamento de quinta-feira (15), o preço do dólar registrou uma variação positiva diária em 0,03% sendo cotado a R$ 5,765. Na variação semanal, o indicador apresentou alta de 3,05% tendo em vista que a moeda americana estava cotada a R$ 5,594 há uma semana. Ás 9h25 de hoje (30), a cotação operava em R$ 5,769.

Vendas de imóveis batem novo recorde em agosto com alta de 64%: O mercado imobiliáriobateu um novo recorde de vendas em agosto. Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em todo o país foram vendidas 10.949 unidades, número que é 63,8% melhor do que o registrado em agosto de 2019 e representa o resultado mais positivo para o setor desde maio de 2014. Segundo cálculos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), houve crescimento nas vendas tanto no segmento econômico quanto no de imóveis de médio e alto padrão.

Copom decide manter juros básicos em 2% ao ano: O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 2% ao ano. Em comunicado, o órgão afirmou que, apesar da pressão inflacionária, mantém o diagnóstico de que o choque é temporário. A alta dos preços, segundo o Copom, segue compatível com o cumprimento da meta no "horizonte relevante para a política monetária". No início de outubro, a inflação subiu para 0,94%, a maior taxa para o período em 25 anos.

Estresse com a pandemia impacta o engajamento no trabalho: Um estudo feito por pesquisadores chineses revelou que quanto mais os profissionais pensavam sobre as mortes relacionadas ao COVID-19, mais ansiosos se sentiam e menos engajados ficavam com seus trabalhos. Mas a pesquisa também mostrou que os gestores têm um papel importante em amenizar ou piorar a situação. Aqueles que disseram contar com o apoio e atenção dos chefes diretos ao seu sofrimento emocional mostraram maior engajamento e menos ansiedade. Além disso, ter líderes que se esforçam para capacitar e desenvolver a carreira dos funcionários também contribuiu para um menor índice de estresse.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), disponibilizados na terça (13), na 4ª semana de Outubro de 2020, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,579 bilhão e corrente de comércio de US$ 7,628 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,604 bilhões e importações de US$ 3,025 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 14,3 bilhões e as importações, US$ 9,523 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,777 bilhões e corrente de comércio de US$ 23,824 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 170,824 bilhões e as importações, US$ 123,858 bilhões, com saldo positivo de US$ 46,966 bilhões e corrente de comércio de US$ 294,682 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 189,94 mil toneladas até a quarta semana de outubro. Somente na última semana, foram embarcados 61,20 mil tons. Nos dezesseis dias úteis de outubro a movimentação da média diária foi de 11,87 mil tons.

A soja em grãos obteve um volume 1,893 milhão de toneladas até a quarta semana de outubro. Entre os dias 19 a 23 de outubro foram embarcadas 296,00 mil tons. A média diária está em 118,3 mil tons.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de 4,312  milhões de toneladas até a quarta semana. Somente na última semana foram movimentados 1,378 milhão de tons, com média diária de 269,5 mil tons.

Economia Mundial

PIB da zona do euro sobe 12,7% no 3º trimestre, superando estimativas: O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 12,7% no terceiro trimestre de 2020 ante o segundo, de acordo com dados preliminares divulgados nesta sexta-feira (30) pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.

O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo jornal "The Wall Street Journal", que previam avanço de 9,4% no período.

Na comparação anual, o PIB do bloco sofreu contração de 4,3% entre julho e setembro, bem menor do que a queda de 7% projetada pelo mercado.

No segundo trimestre, o PIB da zona do euro teve retração de 11,8% ante os três meses anteriores, diante dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Algumas das maiores economias do bloco do euro tiveram boa recuperação no terceiro trimestre, depois de um segundo trimestre de forte contração por conta do coronavírus, ajudando no resultado agregado.

Alemanha: Maior economia da união monetária europeia, a Alemanha viu o PIB crescer 8,2% no terceiro trimestre de 2020 ante o segundo, conforme dados preliminares com ajustes sazonais publicados pela Destatis, a agência de estatísticas do país.

O resultado também superou a expectativa de analistas consultados pelo "The Wall Street Journal", que previam avanço de 6,8% no período.

Na comparação anual, o PIB teve contração de 4,3% entre julho e setembro. Neste caso, o consenso do mercado era de queda de 5,7%.

A Destatis também revisou levemente o PIB alemão do segundo trimestre ante o primeiro, de retração de 9,7% para declínio de 9,8%.

França: A economia francesa também se recuperou no terceiro trimestre de 2020, após sofrer sua maior contração histórica no trimestre anterior em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Dados preliminares divulgados pelo Insee, o instituto de estatísticas francês, mostram que o PIB do país cresceu 18,2% no terceiro trimestre ante os três meses anteriores.

No segundo trimestre, a economia francesa encolheu em ritmo recorde de 13,7%, dado que foi revisado de queda de 13,8% originalmente.

Já na comparação anual, o PIB francês apresentou retração de 4,3% entre julho e setembro, informou o Insee.

Espanha: A Espanha cresceu 16,7% no terceiro trimestre de 2020 ante o segundo, de acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), superando a expectativa de analistas, que previam avanço de 13,5%.

Na comparação anual, o PIB da Espanha sofreu queda de 8,7% entre julho e setembro. Neste caso, a projeção era de retração de 15,2%.

No segundo trimestre, a economia espanhola sofreu contração de 17,8% ante os três meses anteriores, diante das medidas de confinamento adotadas para tentar conter a pandemia do novo coronavírus.

Itália: O PIB da Itália do terceiro trimestre avançou 16,1% em comparação com o segundo trimestre deste ano, segundo mostram dados preliminares divulgados pelo instituto de estatísticas do país, o Istat.

O resultado também surpreendeu analistas consultados pelos "The Wall Street Journal", que projetavam uma expansão de 10,6%.

Na comparação anual, o PIB italiano contraiu 4,7% ante o 3º trimestre de 2019, número que também superou as estimativas dos especialistas, de -10,2%. O acumulado de 2020 do índice agora apresenta queda de 8,2%.

O Istat também revisou os dados do segundo trimestre de 2020. O PIB da Itália contraiu 13% no período, ante uma primeira estimativa de queda de 12,4%.

Fonte: AF News Agricola

Quinta, 29 de Outubro de 2020
CNA debate mudanças nas normas trabalhistas
CNA debate mudanças nas normas trabalhistas Fonte: Agrolink

O encontro foi o primeiro de uma série que será realizada para aprofundar o tema

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu uma live na quarta (28) para debater as principais mudanças da nova Norma Regulamentadora (NR) 31. O encontro foi o primeiro de uma série que será realizada para aprofundar o tema.

O debate contou com a participação do assessor jurídico da CNA, Rodrigo Hugueney, e da consultora trabalhista e sindical da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elimara Sallum.

A discussão foi em torno da Portaria nº 22.677, publicada na terça (27) e que atualiza a NR 31, sobre segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. A nova legislação entra em vigor no dia 27 de outubro de 2021.

Rodrigo destacou o importante trabalho dos representantes do governo, trabalhadores e empregadores dentro da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) para a aprovação do novo texto com 100% de consenso. Para ele, as discussões trouxeram robustez à legislação e permitiram abranger o máximo de atividades possíveis e contemplar todo o setor agropecuário.

“Isso mostra a pujança da norma e a maturidade que atingimos e, o mais importante, sem retirar a segurança e nem prejudicar a saúde do trabalhador”, disse Hugueney.

Elimara também reforçou o caráter inédito de aprovação e destacou que algumas premissas foram adotadas para a revisão da norma em razão das características do campo, como manutenção da segurança do trabalhador, clareza nas exigências, linguagem mais acessível para o produtor rural e segurança jurídica.

Na opinião da consultora, os destaques estruturais da nova redação da NR 31 são a redução e a reestruturação dos capítulos, aplicabilidade somente desta norma ao setor rural, incorporação de exigências de outras NRs, observadas as peculiaridades do trabalho no campo, e remissão expressa de dispositivos ou anexos das normas urbanas.

“Nesses anos todos, muitas vezes o campo foi autuado com normas urbanas. Existia dificuldade em entender o que estava sendo aplicado. A aplicabilidade somente da NR 31 é o principal ponto da modernização. Ganham o trabalhador, com segurança no trabalho, e o empregador, com segurança jurídica”, afirmou ela.

Em relação ao conteúdo da nova NR 31, Elimara citou como avanços a criação do Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural (PGRTR), em substituição ao Programa de Gestão de Segurança e Saúde no Meio Ambiente do Trabalho Rural (PGSSMATR).

Ela também listou como avanços a utilização de ferramenta online para PGRTR (pequeno e médio produtor com até 50 trabalhadores), a definição de pausas no PGRTR e treinamento/capacitação com reaproveitamento de conteúdo e semipresencial (EaD).

Outras inovações foram: a exclusão de exigências exclusivas para fabricantes de máquinas e implementos e estabelecimento de linha de corte temporal para alguns itens referentes às máquinas e implementos, reformulação das áreas de vivência, atividades itinerantes, possibilidade de utilização de casas/hotéis como alojamento e limites e especificações técnicas para o transporte de cargas nas vias internas.

Fonte: Agrolink

Quinta, 29 de Outubro de 2020
Plantio da soja é prioridade e trava mercado doméstico
Plantio da soja é prioridade e trava mercado doméstico Fonte: Safras & Mercado

Com Chicago em leve baixa e dólar em pequena elevação, o mercado brasileiro de soja não deverá apresentar grandes alterações nesta quinta. Os negócios deverão permanecer limitados e os preços regionalizados, mas em patamares firmes e nominais. A evolução do plantio segue no foco das atenções.

     O mercado brasileiro de soja teve mais um dia lento na quarta, mas com alguns lotes trocando de mãos. Os preços oscilaram regionalmente, em dia de extremos: o dólar subiu bem e Chicago caiu com força.

     No total, 50 mil toneladas trocaram de mãos, principalmente no Centro-Oeste. O plantio avançou e o produtor se sentiu mais seguro para vender a soja que tem em mãos, aproveitando os preços recordes.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 170,00 para R$ 173,00. Na região das Missões, a cotação passou de R$ 169,50 para R$ 170,00. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 169,00 para R$ 168,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 172,00 para R$ 177,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 156,00.

      Em Rondonópolis (MT), a saca estabilizou em R$ 176,00. Em Dourados (MS), a cotação baixou de R$ 171,00 para R$ 170,00. Em Rio Verde (GO), a saca saltou de R$ 170,00 para R$ 176,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em janeiro registram baixa de 0,28%, cotado a US$ 10,51 3/4 por bushel.

* Mais cedo, o mercado chegou a esboçar uma reação frente ao tombo de ontem. Porém, não se sustentou e reverteu para o território negativo, pressionado pelo aumento de casos do novo coronavírus pelo mundo – e o impacto disto na economia global.

* As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 1.620.700 toneladas na semana encerrada em 22 de outubro. Representa uma retração de 27% frente à semana anterior e um recuo de 35% sobre a média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 1.073.900 toneladas.

* Para a temporada 2021/22, são mais 9.000 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1 milhão e 2 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para novembro ficou em 250 a 300 pontos acima de

Chicago. Para fevereiro, o prêmio é de 123 a 138 pontos acima.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com ganho de 0,17% neste momento, cotado a R$ 5,776.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,11%. Tóquio, -0,37%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,86%; Frankfurt, -0,42%; Londres, -0,18%.

* O petróleo opera com perdas. Dezembro do WTI em NY: US$ 35,56 o barril (-4,81%).

* O Dollar Index registra alta de 0,36%, a 93,74 pontos.

AGENDA

– Estimativa para a safra mundial de grãos – CIG, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (30/10)

– Japão: A taxa de desemprego de setembro será publicada na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Japão: A leitura preliminar da produção industrial de setembro será publicada na noite anterior pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Eurozona:  A leitura preliminar do índice de preços ao consumidor de outubro será publicada às 7h pela Eurostat.

– Eurozona:  A leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2020 será publicada às 7h pela Eurostat.

– Eurozona:  A taxa de desemprego de setembro será publicada às 7h pela urostat.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o índice de preços ao produtor referentes a setembro.

– Atualização das estimativas para a produção de soja e milho do Brasil em 2020/21 – SAFRAS, 12hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Levantamento sobre a evoluções do plantio de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quinta, 29 de Outubro de 2020
América Latina: 77 milhões de pessoas do campo têm acesso ruim à internet
América Latina: 77 milhões de pessoas do campo têm acesso ruim à internet Fonte: Canal Rural

Ainda de acordo com pesquisa internacional, 46 milhões de pessoas da zona rural desse bloco nem sequer têm conexão

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A recessão causada pela pandemia da Covid-19 está provocando aumento no número de pessoas abaixo da linha de pobreza e em extrema pobreza na América Latina e no Caribe, principalmente nas áreas rurais. Nesse sentido, é urgente corrigir rapidamente as lacunas de conectividade na região mostra o estudo “Conectividade rural na América Latina e no Caribe – Uma ponte para o desenvolvimento sustentável em tempos de pandemia”, apresentado nesta quinta-feira pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Microsoft.

O IICA, o BID e a Microsoft fizeram esse trabalho por acreditarem que promover a conectividade é uma condição indispensável e prioritária para possibilitar o desenvolvimento da vida comunitária no meio rural. “Temos o objetivo de mitigar radicalmente as lacunas que travam o desenvolvimento. A lacuna de conectividade rural-urbana é uma das mais importantes”, disse em comunicado o diretor geral do IICA, Manuel Otero.

A pesquisa, que concentra o trabalho em 24 países latino-americanos e caribenhos e fornece um panorama abrangente da situação da conectividade rural na região, mostra que pelo menos 77 milhões de pessoas que vivem na zona rural da região carecem de conectividade com padrões mínimos de qualidade.

O estudo revela, ainda, que 71% da população urbana da América Latina e do Caribe tem opções de conectividade, enquanto o índice cai para 37% na área rural, uma diferença de 34 pontos porcentuais, que prejudica o potencial social, econômico e produtivo das comunidades.

No total, 32% da população na América Latina e Caribe, ou 244 milhões de pessoas, não acessa serviços de internet. A diferença de conectividade é mais acentuada quando se separa populações urbanas e rurais. Em alguns casos a diferença chega a 40 pontos porcentuais. Do total de pessoas sem acesso à internet na região, 46 milhões vivem em áreas rurais.

A pesquisa constatou que há grandes limitações na disponibilidade de dados estatísticos oficiais, o que impede uma exibição precisa do estado real da situação de conectividade nos territórios rurais das Américas: apenas 50% dos países da região têm medições específicas sobre conectividade em áreas rurais.

“A falta de conectividade não só impõe uma barreira tecnológica. É também uma barreira ao acesso à saúde, educação, serviços sociais, trabalho e economia em geral. Se não acabarmos com essa diferença, ela vai crescer e tornar a região, que já é a mais desigual do mundo, ainda mais desigual”, disse Marcelo Cabrol, gerente de Área Social do BID. Segundo dados citados no trabalho, um aumento de 1% em banda larga fixa resulta em crescimento de 0,08% do PIB, enquanto um aumento de 1% em banda larga móvel resulta em um impacto de 0,15% no PIB.

Para compensar a falta de dados, o IICA, o BID e a Microsoft desenvolveram o Índice de Conectividade Significativa Rural (ICSr) e o Índice de Conectividade Significativa Urbana (ICSu), o que permitiu medir a qualidade da conexão a partir das informações disponíveis nas estatísticas oficiais e com base em outros índices existentes.

A estimativa possibilitou caracterizar a situação da região por meio de três aglomerados  (clusters) de 24 países, nos quais todos mostram atrasos de conectividade nas áreas rurais há décadas:

1) Cluster de alta conectividade rural significativa

Inclui Bahamas, Barbados, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica e Panamá, representando 37% da população rural da amostra. Nesses países, entre 53% e 63% das cerca de 43 milhões de pessoas não acessam serviços significativos de conectividade.

2) Cluster de conectividade de nível médio

Inclui Argentina, Equador, México, Paraguai, República Dominicana, Trinidad e Tobago e Uruguai, representando 35% da população rural da amostra. Nesses países, entre 64% e 71% das cerca de 40,4 milhões de pessoas não acessam serviços de conectividade de qualidade.

3) Cluster de baixa conectividade

Inclui Belize, Bolívia, El Salvador, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Peru e Venezuela, representando 28% da população rural da amostra. Nesses países, entre 71% e 89% das cerca de 32,5 milhões de pessoas não acessam serviços de conectividade de qualidade.

 

Fonte: Canal Rural – Estadão Conteúdo

Quinta, 29 de Outubro de 2020
Show Rural e Expodireto já planejam 2021
Show Rural e Expodireto já planejam 2021 Fonte: Agrolink

Eventos se organizam para acontecerem com cuidados sanitários

Duas das maiores feiras agropecuárias do país já se organizam para a edição de 2021. Neste ano o Show Rural Coopavel e a Expodireto Cotrijal foram as únicas que receberam público em seus parques de exposições pois ocorreram antes da pandemia. As outras grandes organizaram edições digitais ou híbridas.
Para o ano que vem o Show Rural Coopavel, que acontece em Cascavel (PR), já confirmou sua edição de 1º a 5 de fevereiro e já tem 300 empresas inscritas para expor, entre máquinas e implementos, cultivares, tecnologias, insumos além de pecuária e ovinos. O evento também terá mais uma edição do Show Rural Digital, que traz tecnologias e novas soluções para o agronegócio. Também está prevista a inauguração de um novo pavilhão para a agricultura familiar.

A feira será presencial e com atrações nas redes sociais. Nos preparativos estão incluídas medidas de saúde para garantir a segurança dos visitantes. “Faremos, como nas edições anteriores, um grande evento e com o melhor de novidades para produção de alta performance”, destaca o presidente do evento, Dilvo Grolli.

A Expodireto Cotrijal, de Não-Me-Toque (RS), também já começou a organizar os protocolos sanitários para sua 22ª edição, prevista para 1º a 5 de março de 2021. Durante reunião com o governador gaúcho, Eduardo Leite, nesta quarta-feira (28), os organizadores sinalizaram que vão elaborar uma série de protocolos com regras de segurança, a fim de preservar a saúde de expositores, visitantes e trabalhadores que circularem pelo parque. Posteriormente, as sugestões serão apresentadas à Secretaria Estadual da Saúde e Comitê de Dados para eventuais ajustes e adaptações nas regras a serem observadas.

“Temos que começar a desenvolver os protocolos de como seria o evento presencial para informar aos expositores e demais parceiros. Por ser um evento em ambiente aberto, já temos regras, como não ter almoço e bebidas alcoólicas nos estandes e não ter shows”, avaliou Nei César Manica. O presidente da Cotrijal disse que por enquanto se trabalha a possibilidade de um formato híbrido, com parte das atividades acontecendo de forma virtual.

Em 2020 as duas feiras somaram juntas um faturamento de mais de R$ 5,1 bilhões em negócios. A Expodireto recebeu um público de 256 mil pessoas e o Show Rural teve quase 300 mil visitantes.

Fonte: Agrolink – Eliza Maliszewski

Imagem:  Divulgação Imprensa Expodireto

Quinta, 29 de Outubro de 2020
Copom mantém juros básicos da economia em 2% ao ano
Copom mantém juros básicos da economia em 2% ao ano Fonte: Agência Brasil

Em meio ao aumento da inflação de alimentos que começa a estender-se por outros setores, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 2% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Em nota, o Copom informou que, apesar da alta observada no preço dos alimentos e de itens industriais, o efeito sobre a inflação será temporário. O órgão, no entanto, aumentou a projeção para a inflação oficial em 2020, de 2,1% em setembro para 3,1% agora. Esse cenário supõe a manutenção dos juros básicos em 2% ao ano e dólar em torno de US$ 5,60.

Sobre as perspectivas econômicas, o comunicado ressaltou que o ressurgimento da pandemia de covid-19 em diversos países tem provocado a desaceleração da retomada em diversas economias. No cenário interno, o Copom informou que a recuperação segue desigual conforme os setores da economia e que a incerteza permanece acima da usual, sobretudo para o período de fim de ano, com a redução do auxílio emergencial.

Com a decisão de hoje (28), a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. Em julho de 2015, a taxa chegou a 14,25% ao ano. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto deste ano.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos 12 meses terminados em setembro, o indicador fechou em 3,14%. Apesar de estar em aceleração por causa da alta dos alimentos, o IPCA continua abaixo do nível mínimo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2020, o CMN fixou meta de inflação de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,5% neste ano nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para 2021 foi fixada em 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia o ano em 2,1% no cenário base. Esse cenário considera as estimativas de mercado.

A projeção, no entanto, ficou defasada diante do repique da inflação nos últimos meses. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 2,99%.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava encolhimento de 5% para a economia neste ano. Essa foi a segunda projeção oficial do BC revisada após o início da pandemia de covid-19.

O mercado projeta contração um pouco menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem contração de 4,81% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2020.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

 

Fonte: Agência Brasil - Wellton Máximo