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Sexta, 04 de Outubro de 2019
Milho: cotações seguem em baixa na Bolsa de Chicago durante esta sexta-feira.
Milho: cotações seguem em baixa na Bolsa de Chicago durante esta sexta-feira. Fonte: Noticias Agrícolas

A Bolsa de Chicago (CBOT) segue apresentando desvalorizações para os preços internacionais do milho futuro nesta sexta-feira (04). As principais cotações registravam quedas entre 2,00 e 3,75 pontos por volta das 12h01 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/19 era cotado à US$ 3,85 com desvalorização de 3,75 pontos, o março/20 valia US$ 3,97 com queda de 3,50 pontos, o maio/20 era negociado por US$ 4,02 com perda de 3,25 pontos e o julho/20 tinha valor de US$ 4,06 com baixa de 2 pontos.

Segundo informações da Farm Futures, os preços do milho são mais baixos em uma sessão levemente negociada.

“As notícias de demanda fraca continuam suspensas nas tentativas de recuperação. As vendas de exportação informadas na quinta-feira melhoraram, mas ainda estão abaixo da taxa prevista pelo USDA para a safra de 2019. O total de compromissos está no ponto mais baixo em 17 anos, já que os compradores recebem o que resta de uma grande safra no Brasil a preços mais baixos”, aponta o analista sênior de grãos da Farm Futures, Bryce Knorr.

Fonte: Noticias Agrícolas

Sexta, 04 de Outubro de 2019
Sem China, soja volta a cair no Brasil.
Sem China, soja volta a cair no Brasil. Fonte: Agrolink

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quinta-feira (03.10) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação caindo 0,38%, para R$ 87,28/saca, contra R$ 87,61/saca do dia anterior. Com isto, o acumulado dos dois primeiros dias de outubro caiu para positivos 0,60%, contra 0,98% do dia anterior.

“A forte queda de 1,09% na cotação do dólar no Brasil, somada à levíssima queda de 0,22% na cotação em Chicago, mais a continuada ausência da China pelo feriado de ano novo permitiram que os preços médios que os compradores oferecidos sobre rodas nos portos brasileiros sofressem nova queda”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.

Ainda de acordo com a T&F, a demanda chinesa continuou totalmente ausente para o Brasil: “A notícia mais importante para o mercado de soja foi a antecipação do depósito das ‘retenciones’ (imposto sobre exportações) na Argentina, que fez os preços internos caírem muito depois disto”.

Os prêmios nos portos brasileiros subiram 5 cents para Novembro, permaneceram inalterados para Fevereiro e subiram 4 cents para os embarques em Abril, Maio, Junho e Julho. O mercado de Paper de Paranaguá negociou Abril/Maio a +18 e Junho/Julho a +25, alta de 3 e 5 cents, respectivamente. Já os prêmios CIF portos da China permaneceram inalterados para safra velha (Novembro), recuaram 10 cents para Fevereiro e 5 cents para Março, 3 cents para Abril, 8 cents para Maio, 3 cents para Junho e subiram 6 cents para Junho.

Fonte: Agrolink

Sexta, 04 de Outubro de 2019
SRB defende projeto que autoriza venda de terras para estrangeiros.
SRB defende projeto que autoriza venda de terras para estrangeiros. Fonte: Canal Rural

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) divulgou nesta sexta-feira, 4, um comunicado apoiando o Projeto de Lei 2.963/2019, que tramita no Senado. A medida regulamenta a venda de propriedades rurais para empresas brasileiras de capital estrangeiro. A entidade pretende encaminhar ao Senado um pedido de ajuste no PL sugerindo que o texto da medida esclareça quais instituições devem seguir a obrigatoriedade de se submeter à aprovação do Conselho de Defesa Nacional para adquirir imóveis rurais no Brasil. O conselho é o órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados a soberania nacional.

A SRB explica que o projeto, de autoria do senador Irajá Abreu (PSD-TO), estabelece que os fundos soberanos constituídos por mais de 10% de capital estrangeiro deverão submeter à aprovação do CDN o interesse de compra de propriedades rurais no país. A entidade alerta para a importância de diferenciar fundos soberanos estatais dos fundos de pensão, que são constituídos por funcionários de companhias, grupos empresariais e associações de classe.

A sociedade explica que um fundo soberano é uma modalidade de investimento adotada por países como China, Cingapura e Noruega com objetivos financeiros e estratégicos de maior apetite ao risco – e, portanto, maior risco de fuga de capital no curto prazo. Já os fundos de pensão têm natureza privada, que visam acumular recursos para garantir o pagamento da aposentadoria de empregados em inatividade.

“Os fundos de pensão são menos agressivos e não buscam investimentos de alto risco a ponto de ameaçar a soberania nacional”, diz o advogado Marcelo Lemos de Melo, diretor Jurídico da SRB.

O comunicado também alerta para a importância de esclarecimentos dos conceitos de Bioma Amazônia e Amazônia Legal. Para a entidade, apenas propriedades localizadas no Bioma Amazônia devem estar sujeitas às regras do CDN. O Bioma Amazônia corresponde a mais de 40% do território nacional e é constituído principalmente por floresta tropical. Já a Amazônia Legal corresponde a 61% do território nacional, que engloba as áreas das vegetações amazônicas e outros biomas.

Entenda

A compra de terras por estrangeiros está em discussão desde 2010, quando uma interpretação da Advocacia Geral da União (AGU) proibiu empresas de capital estrangeiro de comprar o controle de propriedades agrícolas no Brasil. Em 2015, a SRB entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de reverter essa interpretação.

Para o advogado e vice-presidente da entidade, Francisco de Godoy Bueno, restrições à aquisição de imóveis rurais não se justificam para as empresas brasileiras de capital estrangeiro. “Essas empresas estão integralmente submetidas à legislação brasileira e devem ter tratamento isonômico com as empresas brasileiras de capital nacional”, conclui.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 03 de Outubro de 2019
Dólar recua com alívio no exterior e Previdência aprovada em 1ºturno.
Dólar recua com alívio no exterior e Previdência aprovada em 1ºturno. Fonte: Safras & Mercados

    O dólar comercial fechou em queda de 0,67% no mercado à vista, cotado a R$ 4,1350 para venda, reagindo ao enfraquecimento da moeda no exterior e à conclusão da tramitação da reforma da Previdência em primeiro turno no Senado após ser votada ontem e ter os destaques analisados ao longo da sessão.

    Enquanto o pessimismo global tomou conta da sessão, com o mercado de ações bastante negativo aqui e no exterior, o dólar “deu uma aliviada” entre as moedas de países emergentes, principalmente. “O receio dos investidores com o desaquecimento da economia global, principalmente, após a divulgação de indicadores um pouco mais fracos nos Estados Unidos levou o dólar às máximas na primeira dos negócios”, comenta o analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho.

    Após a surpresa negativa com os números mais fracos da atividade industrial norte-americana, os dados de emprego no setor privado, divulgados pela ADP, com a criação de 135 mil vagas em setembro podem indicar um payroll mais fraco, na sexta-feira, indicam analistas, após desacelerar em relação ao mês anterior (157 mil vagas, em dado revisado).

    Além da sessão mais positiva para moedas emergentes, investidores locais reagiram positivamente a mais um processo concluído da reforma da Previdência. O Senado finalizou os trâmites da reforma em primeiro turno aprovada ontem, o que acelerou as perdas da moeda estrangeira na reta final do pregão. “A aprovação da reforma trouxe uma energia renovada ao real que passou a renovar mínimas”, acrescenta o analista. A moeda chegou a R$ 4,1310 (-0,77%), menor nível intraday.

    Para o analista da Toro Investimentos, Lucas Carvalho, o dólar pode voltar a subir amanhã em correção ao alívio exibido hoje. A agenda econômica, carregada de índices dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos e na Europa, pode influenciar a cotação da moeda. “A depender dos números, podem indicar mais receios de recessão da economia global. São números que merecem atenção mais uma vez”, acrescenta.

    Sobre a Previdência, ele acrescenta que agora o mercado segue atento aos prazos para sessões de análise da matéria em segundo turno, além da votação, que segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ocorrerá até 15 de outubro.

Fonte: Safras & Mercado

Quinta, 03 de Outubro de 2019
Abiec: Exportações estão “dentro das expectativas”.
Abiec: Exportações estão “dentro das expectativas”. Fonte: Portal DBO

Apesar da queda nas exportações brasileiras de carne bovina em setembro e agosto deste ano, o volume enviado ao mercado internacional está “compatível com as expectativas de mercado”. É o que avalia o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli.

Segundo levantamento da instituição com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações totais de carne bovina do Brasil, incluindo processados, somaram 145 mil toneladas em setembro, o que representou uma queda de 18,6% ante igual período do ano passado. O faturamento no mês foi de US$ 609,4 milhões, retração de 12,8% na mesma base de comparação.

Em nota, a consultoria Agrifatto também minimizou a desaceleração das exportações brasileiras nos últimos meses. Segundo a empresa, “mesmo com as exportações demonstrando menor desempenho, a expectativa é que a comercialização de proteína bovina para China se mantenha impulsionada, visto que o país ainda sofre com a peste suína africana”.

No acumulado de 2019, o volume total de carne bovina embarcado soma a 1,227 milhão de toneladas, alta de 9,2% em relação aos nove primeiros meses de 2018. Já o faturamento cresceu 4,6% no mesmo período, para US$ 4,9 bilhões.  A China foi o principal destino do produto brasileiro, com 253 mil toneladas adquiridas até 31 de setembro, avanço de 11,2% em relação ao mesmo período de 2018.

Fonte: Portal DBO

Quinta, 03 de Outubro de 2019
Estoques de milho para 2020 preocupam.
Estoques de milho para 2020 preocupam. Fonte: Agrolink

De acordo com a INTL FCStone, são preocupantes os níveis projetados de estoques de milho para o início do próximo ano. De acordo com os analistas de mercado, as exportações recordes da safra anterior, somada à produção mais enxuta do ciclo de verão, devem resultar em estoques de passagem mais limitados.

“A safra verão 2019/20 na casa de 26 milhões de toneladas representa um volume muito menor em comparação à safrinha, o que traz preocupações quanto à disponibilidade do cereal no primeiro semestre do ano”, explica a analista de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. 

Segundo a Consultoria, o plantio de milho da safra verão 2019/20 segue acelerado em regiões como o Paraná e o Rio Grande do Sul, beneficiado pelo clima favorável. Em função disso, a INTL FCStone aumentou sua estimativa de produção em 550 mil toneladas, para 26,85 milhões de toneladas.

SOJA

Os analistas mantiveram sua estimativa de produção em 121,4 milhões de toneladas: “O plantio da soja ainda está muito no começo, uma vez que as chuvas não se normalizaram em grande parte do país. Mesmo com preocupações quanto a atrasos, ainda é muito cedo para falar que haverá algum prejuízo à safra de soja”. 

Ana Luiza lembra que o ano safra 2017/18, em que a produção da oleaginosa alcançou nível recorde, também teve um início de plantio menos acelerado. Ressalta ainda que é preciso acompanhar o clima durante todo o desenvolvimento das lavouras, uma vez que, mesmo com um plantio mais tardio, precipitações e temperaturas adequadas devem garantir excelentes produtividades, levando a produção ao recorde estimado atualmente.

Fonte: Agrolink

Quinta, 03 de Outubro de 2019
Soja oscila na Bolsa de Chicago com notícias de demanda da China nos EUA.
Soja oscila na Bolsa de Chicago com notícias de demanda da China nos EUA. Fonte: Noticias Agrícolas

As notícias de demanda por soja da China nos EUA nesta quinta-feira (3) motivam novas altas para os preços da soja na Bolsa de Chicago. Depois de começar o dia em queda, por volta de 12h20 (horário de Brasília), as cotações registravam ganhos de 1,75 a 3,25 pontos nos principais contratos. Dessa forma, o novembro tinha US$ 9,17 e o maio/20, US$ 9,50 por bushel. 

Primeiro, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe as vendas semanais norte-americanas para exportação bem acima das expectativas. Foram mais de 2 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre 900 mil e 1,4 milhão de toneladas, e o principal destino foi a China. 

Ainda assim, porém, o total das vendas no ano comercial seguem abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. 

Além disso, o USDA trouxe também o anúncio de uma nova venda de soja para a China de 252 mil toneladas, com todo o volume referente à safra 2019/20. Ontem, um outro anúncio já foi feito de outras 464 mil toneladas. No início da semana, o mercado já especulava compras de 1 milhão de toneladas, e indicando as confirmações com volumes parciais. 

Além disso, os traders também se mantém atentos às relações entre China e EUA, visto que se encontram as delegações de alto escalão na capital americana na semana que vem. Um acordo final, porém, ainda se mostra distante, conforme acreditam especialistas. 

Atenção ainda às condições de clima para o desenvolvimento da colheita nos EUA, que não são favoráveis neste momento, e às baixas produtividades que começam a ser registrada neste início dos trabalhos de campo. 

NO BRASIL

No Brasil, a formação dos preços pode ser prejudicada pelo dólar que, nesta quinta-feira, perde mais de 1%. A moeda americana era cotada, no início da tarde de hoje, perdia 1,01% para R$ 4,09. 

O mercado se atenta também aos prêmios no mercado nacional. Os prêmios pagos pela soja brasileira foram pressionados nos últimos dias, principalmente nas referências para o produto da safra velha diante de uma demanda um pouco mais presente da China no mercado norte-americano. 

Valores que atuavam acima de US$ 1,00 sobre as cotações praticadas na Bolsa de Chicago hoje valem, na oferta do comprador, entre 65 e 70 centavos de dólar. Os vendedores, porém, pedem de 95 centavos acima, como explica Vlamir Brandalizze. 

Fonte: Noticias Agrícolas

Quinta, 03 de Outubro de 2019
Projeto quer alterar definição de agricultor familiar; entenda.
Projeto quer alterar definição de agricultor familiar; entenda. Fonte: Canal Rural

Um projeto de lei de autoria do deputado Marreca Filho (Patriotas-MA) quer mudar a definição legal de agricultor familiar e empreendedor rural. No legislação em vigor, esses grupos praticam suas atividades no meio rural e, na proposta, o deputado defenda que seja “atividade em imóvel rural”.

De acordo com o parlamentar, essa mudança sutil tem o objetivo de evitar que os agricultores familiares fiquem de fora da definição legal quando suas propriedades passam a ser classificadas como urbanas pelo plano diretor do município.

 “Quando uma determinada área considerada rural passa a ser de destinação urbana, todos os agricultores que ali residem, ainda que continuem sendo agricultores, perdem o direito de acessar as políticas públicas voltadas ao fomento da agricultura familiar”, explica Marreca Filho.

O projeto altera a Lei 11326/06, que estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 02 de Outubro de 2019
Ministério suspende venda de 33 marcas de azeite de oliva fraudado.
Ministério suspende venda de 33 marcas de azeite de oliva fraudado. Fonte: Canal Rural

Trinta e três marcas de azeites de oliva tiveram a comercialização suspensa pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por terem sido adulteradas. Segundo o órgão, foram identificados 59 lotes com irregularidades. A maior parte das fraudes foram feitas com a mistura com óleo de soja e óleos de origem desconhecida.

As marcas que praticaram fraudes foram: Aldeia da Serra; Barcelona, Casa Medeiros, Casalberto, Conde de Torres, Dom Gamiero, Donana (premium), Flor de Espanha, Galo de Barcelos, Imperador, La Valenciana, Lisboa, Malaguenza, Olivaz, Oliveiras do Conde, Olivenza, One, Paschoeto, Porto Real, Porto Valencia, Pramesa, Quinta da Boa Vista, Rioliva, San Domingos, Serra das Oliveiras, Serra de Montejunto, Temperatta, Torezani (premuim), Tradição, Tradição Brasileira, Três Pastores, Vale do Madero e Vale Fértil.

As fiscalizações que detectaram as 33 marcas irregulares são resultantes da Operação Isis, iniciada em 2016. No entanto essas marcas referem-se a coletas realizadas em 2017 e 2018. De acordo com o Ministério, o processo é lento pois envolve exames laboratoriais, notificação dos fraudadores, perícias, períodos para apresentação de defesa (podem apresentar dois recursos) e julgamentos desses recursos em duas instâncias administrativas.

Segundo o Coordenador de Fiscalização de Produtos Vegetais do Mapa, Cid Rozo, praticamente não existe mais estoque no mercado desses lotes que foram reprovados, pois os remanescentes foram destruídos após o julgamento dos processos administrativos. No entanto, é possível que os consumidores encontrem ainda outros lotes das mesmas marcas. Embora os supermercados tenham sido alertados quanto às marcas que sistematicamente produzem azeite fraudado, muitos comerciantes ainda insistem em vender esse tipo de produto em razão do baixo preço.

Segundo Rozo, a tendência é de diminuição destas fraudes. “Passaremos a responsabilizar os estabelecimentos que comercializam os produtos fraudados”, diz. O coordenador alerta também que os comerciantes devem verificar a procedência do azeite antes de formarem os estoques que serão colocados à venda, verificando se não estão comprando lotes de marcas que cometeram as fraudes apuradas pelo Ministério. “Se os supermercados adquirirem e ofertarem os produtos com irregularidades, serão penalizados”, alerta.

O Coordenador-Geral de Qualidade Vegetal do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Hugo Caruso, explica que se for verificado algum indício de fraude durante a fiscalização nos estabelecimentos de distribuição, o Ministério já determina a suspensão da comercialização no varejo até que sejam realizados exames laboratoriais. Se confirmada a irregularidade, o comerciante, embalador, importador ou produtor podem ser autuados por comercializar produto irregular.

Usualmente, os fraudadores não têm endereço conhecido. Por isso, o Mapa passou a autuar os supermercados e com essa medida espera-se que seja reduzida a oferta de produtos fraudados. “Estava cômodo para os supermercados justificarem que compraram o produto de um distribuidor e por isso não tinham responsabilidade”, explica Caruso.

Modernização

Em 2020, a fiscalização vai se tornar ainda mais rigorosa, pois o Mapa estuda a utilização de aparelhos portáteis, que fazem análise preliminar bastante precisa, no momento da fiscalização, sem a necessidade de aguardar os resultados laboratoriais que em geral demoram mais de 30 dias entre a coleta e o recebimento do laudo.

“O uso desses equipamentos deverá  tornar a fiscalização mais ágil e eficiente, cumprindo com o principal objetivo da nossa atividade, que é assegurar a oferta de produtos seguros e conformes à sociedade”, diz Caruso.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 02 de Outubro de 2019
Peste suína na China é tempestade perfeita para Brasil navegar.
Peste suína na China é tempestade perfeita para Brasil navegar. Fonte: Canal Rural

A consultoria Agrifatto acredita que o surto de peste suína africana na China deve proporcionar um cenário interessante para os criadores do Brasil. Durante o 5º Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro – Perspectivas e Inovações Financeiras do Agro, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a analista de mercado Lygia Pimentel afirmou que esta é uma ‘tempestade perfeita para o Brasil navegar’.

Pimentel explica que a doença é um evento sem precedentes na história da produção de carnes mundial. “Nunca aconteceu algo parecido”, ressalta. Dados da empresa indicam que o rebanho suíno chinês deve cair entre 70% e 80% até a metade de 2020. “Até 2018, a China tinha 450 milhões de suínos, eles são os maiores consumidores. Estimamos que esse número caia de 300 milhões a 340 milhões de cabeças”, calcula.

Essa diminuição no número de animais já impacta expressivamente as cotações no país asiático. Os preços do leitão, por exemplo, já subiram 122% na comparação com o mesmo período do ano passado. A carne suína subiu 82% em um ano e o suíno vivo, 91%.

Os valores de outras proteínas também foram impactadas: as carnes de frango, bovina e de ovinos já subiram 23%, 19% e 20% no ano, respectivamente.

Para Lygia, ‘quem souber surfar a onda’ e aumentar produção de suínos vai conseguir colher os resultados pelos próximos cinco a oito anos. “Porque ainda não acabou, deve se ampliar. Há um cenário interessante se formando para nós”, enfatiza.

Fonte: Canal Rural