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Segunda, 30 de Setembro de 2019
Brasil envia milho para os EUA pela primeira vez em 2019.
Brasil envia milho para os EUA pela primeira vez em 2019. Fonte: Agrolink

O Brasil enviou esta semana 60.000 toneladas de milho para os Estados Unidos, segundo dados da Refinitiv, um destino de exportação incomum, dado o status do país norte-americano como o maior produtor e exportador de cereais. O milho foi exportado pela Cargill, que confirmou os embarques. 

A NovaAgri SA, outra trader local de grãos, disse em comunicado que também enviou 60.000 toneladas de milho para o frigorífico Smithfield Foods, sediado nos EUA, em 3 de setembro, a partir do porto de Santos. Os dados de embarque da Cargonave mostram que um navio chamado King Milo levará cerca de 52.400 toneladas de milho para os Estados Unidos no dia 17 de outubro, a partir do porto de Itacoatiara. 

 Até agora em 2019, as exportações brasileiras de milho totalizaram 27,46 milhões de toneladas, superando todo o volume vendido no mercado externo no ano passado. Em junho, fontes do mercado disseram que o Brasil estava vendendo milho para os Estados Unidos, com os embarques começando em setembro, uma medida que sustenta a capacidade dos vendedores locais de acessar novos mercados em meio a uma safra recorde. 

As fontes disseram que a demanda dos EUA pelo milho no Brasil foi motivada por temores de quebra de safra na América do Norte, já que os agricultores americanos lidaram com questões climáticas adversas no início da estação de plantio. Em um ponto deste ano, esses temores levaram os preços do milho de Chicago a atingirem US $ 4,54 por bushel. Atualmente, o milho está sendo negociado em torno de US $ 3,70, não sendo favoráveis para os produtores e para a demanda. 

Fonte: Agrolink

Segunda, 30 de Setembro de 2019
Prazo de entrega da Declaração do ITR acaba hoje.
Prazo de entrega da Declaração do ITR acaba hoje. Fonte: Agência Brasil

Os proprietários rurais de todo o país têm até hoje (30) para entregar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR). O prazo acaba às 23h59min59s.

A Receita está recebendo o documento desde 12 de agosto. Neste ano, o Fisco espera receber 5,7 milhões de declarações, contra 5.661.803 entregues no ano passado.

O produtor rural que entregar a DITR depois do prazo pagará multa de 1% ao mês sobre o imposto devido ou R$ 50, prevalecendo o maior valor. Se o contribuinte constatar erros ou inconsistências depois de apresentar a declaração, poderá enviar declaração retificadora, sem a interrupção do pagamento do imposto apurado na declaração original.

Está obrigada a apresentar a declaração a pessoa física ou jurídica, exceto nos casos de imunidade ou isenção, que seja proprietária, titular do domínio útil ou detentora de qualquer título do imóvel rural. Também deve enviar a DITR o contribuinte que perdeu a posse da propriedade entre 1º de janeiro de 2019 e a efetiva apresentação da declaração.

A DITR deve ser preenchida no computador, por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, disponível na página da Receita Federal na internet. O documento pode ser transmitido pela internet. Caso o proprietário não tenha acesso à rede mundial de computadores, poderá entregar a declaração em mídia removível na unidade mais próxima da Receita Federal.

 

Fonte: Agência Brasil

Sexta, 27 de Setembro de 2019
Destaques da Economia Brasileira e Internacional (de 20/09 a 26/09).
Destaques da Economia Brasileira e Internacional (de 20/09 a 26/09). Fonte: AF News Agrícola

Economia Brasileira

O Banco Central (BC) aumentou levemente a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que passou de 0,8% para 0,9% em 2019.

O BC, ainda informou que aguarda uma ampliação de 1,8% em 2020, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta última quinta-feira (26).

Segundo o BC, a perspectiva para o próximo ano, divulgada pela autoridade monetária pela primeira vez, está envolta em “elevado grau de incerteza” e está também condicionada à continuidade das reformas e ajustes na economia.

Em relação à estimativa deste ano, o BC ponderou que o resultado melhor que o esperado para o PIB do segundo trimestre favoreceu o carregamento estatístico para 2019, contribuindo para a revisão para cima.

Balança comercial

De acordo com o levantamento do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgado, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, em seu relatório semanal no dia (23/09), na terceira semana de setembro (16 a 20/09), a balança comercial registrou superávit de US$ 968 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,422 bilhões e importações de US$ 3,454 bilhões. Com uma queda de 7,25% nos valores das exportações e 35,7% nas importações, ante os valores registrados na segunda semana do mês.

No mês, as exportações somam US$ 14,097 bilhões e as importações, US$ 12,101 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,996 bilhão.

No ano, as exportações totalizam US$ 162,736 bilhões e as importações, US$ 129,197 bilhões, com saldo positivo de US$ 33,540 bilhões.

Agronegócio

Representantes de associações de exportadores de commodities agrícolas manifestaram, na última quarta-feira (25), preocupação com a possibilidade do Governo Federal passar a cobrar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas exportações de produtos agrícolas primários.

Em audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), alertou para as perdas que o agronegócio poderá sofrer com o eventual fim da Lei Kandir, que isenta o ICMS nas exportações. O governo federal anunciou recentemente que está estudando a adoção dessa medida.

De acordo com o diretor-geral, qualquer alteração na margem de lucro obtida pelos exportadores de grãos, que já é muito baixa segundo ele, deverá causar graves prejuízos ao setor.

Antes de alguém falar em acabar com a Lei Kandir para commodities agrícolas, primeiro tem que analisar a situação da produção agrícola antes e depois desta lei. Antes era uma monotonia, um negócio completamente parado. A partir da Lei Kandir, houve um crescimento muito forte da produção, disse o diretor, apresentando dados sobre a evolução da produção e exportação brasileira de soja, antes e após a edição da lei, em 1996.

Economia Internacional

China e Estados Unidos ainda estão debatendo detalhes sobre as próximas negociações comerciais no dia 10 de outubro, fazendo os preparativos para garantir “progresso positivo” durante as negociações, disse o Ministério do Comércio chinês nesta última quinta-feira (26).

Espera-se que os negociadores comerciais dos países se reúnam em Washington, para determinar se podem começar a traçar um caminho para sua contundente Guerra Comercial ou se estão buscando tarifas novas e mais altas para os produtos uns dos outros.

O presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, disse na última quarta-feira (25) que um acordo para encerrar uma guerra comercial de quase 15 meses com a China poderia acontecer mais cedo do que as pessoas pensam e que os chineses estavam fazendo grandes compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo carnes bovina e suína.

O porta-voz do Ministério do Comércio da China, também disse nesta quinta-feira (26) que as empresas chinesas fizeram compras significativas de soja e porco do pais norte americano, acrescentando que essas aquisições estão isentas de tarifas.

Além da atenção voltada para a retomada do possível acordo comercial entre os países, o presidente dos Estados Unidos também segue pressionado devido à abertura do processo de impeachment pelo Partido Democrata na Câmara dos Representantes. Trump é acusado de violar leis em benefício próprio para as eleições de 2020, por conta da pressão do líder ucraniano para obter dados contra o rival Joe Biden. O documento mostra que a Casa Branca teria também tentado abafar o caso.

No mercado de câmbio, o dólar comercial permaneceu operando em alta nessa durante essa semana, cotando o maior valor na segunda feira (23) de R$ 4,1709 e o menor na quarta-feira (25) de R$ 4,1548.

Fonte: AF News

Sexta, 27 de Setembro de 2019
Empoderamento feminino no campo cresce 19% em dez anos.
Empoderamento feminino no campo cresce 19% em dez anos. Fonte: Agrolink

A terceira edição do programa Força Feminina em Campo, iniciativa da Japan Tobacco International (JTI), reuniu centenas de mulheres no fórum realizado ontem. no Parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo. Durante evento foram debatidos os desafios da liderança feminina no meio rural.

Pesquisa apresentada indica um crescimento de 19% no empoderamento feminino no campo ao longo de dez anos. Atualmente, a força da mulher no meio rural já chega a 31%, contudo este número está aquém do ideal, informa o vice-presidente da divisão de tabaco da JTI Brasil, Paulo Saath.

“A gente acredita que a participação até pode ser maior do que os 31% divulgados, mas a percepção dessa participação ainda tem muito a evoluir. Por isso mesmo que esses eventos e fóruns de conscientização são tão importantes”, destacou Saath. Ele lembrou ainda que cada vez mais a mulher, não apenas no campo, mas na sociedade como um todo, desempenha um papel multifuncional cada vez maior.

Ele informou ainda que é cada vez mais “relevante o papel da mulher no processo de gestão e tomada de decisão. Aos poucos os paradigmas vão sendo quebrados e a mulher vai se sentindo empoderada”, destacou. A JTI, segundo Saath, tem internamente um programa forte de formação de lideranças, que conta com diretrizes globais, mas que são adaptadas à realidade local.

Foi observado ainda que o envelhecimento do campo e o êxodo rural desafiam a continuidade da agricultura familiar no Brasil, mas que as mulheres têm um papel relevante em reverter esse cenário. Este ano, o projeto Força Feminina em Campo ocorrerá ainda nos municípios de Itaiópolis (SC) e Irati (PR). A expectativa é de que o evento reúna 850 agricultoras dessas regiões.

Fonte: Agrolink

Sexta, 27 de Setembro de 2019
Milho sobe no Brasil com produtor retraído, atento ao clima.
Milho sobe no Brasil com produtor retraído, atento ao clima. Fonte: Safras & Mercados

     O mercado brasileiro de milho apresentou preços mais altos nesta semana. As cotações reagiram diante da oferta mais controlada, restrita, por parte do produtor. Com a apreensão com o clima seco predominante neste momento de plantio da soja e do milho para a safra de verão, há preocupação com atraso na semeadura e com os efeitos sobre a produção da primeira e segunda safra de milho.

     Com esses temores, o produtor natural retraiu-se, à espera de preços melhores. E com a menor disponibilidade do cereal, pouco a pouco as cotações vão reagindo nas principais regiões de comercialização.

     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o foco permanece no clima, com chuvas irregulares em diversos estados levando a uma preocupação recorrente em relação ao primeiro quadrimestre. “É bastante compreensível que os produtores optem pela retenção como estratégia recorrente”.

     “Por sua vez, o mercado ainda avalia a mudança de paridade no porto nesta semana, gerando estímulo adicional à alta dos preços domésticos”, comenta Iglesias.

     No Porto de Santos, na base de compra, o preço se manteve na semana (entre 19 e 26 de setembro) em R$ 39,00 a saca de 60 quilos. Em Campinas/CIF, a cotação do milho, na base de venda, passou de R$ 39,00 para R$ 40,50. Já na Mogiana paulista, mercado subiu de R$ 37,00 a saca para R$ 38,00 na venda.

     Em Rio Verde, Goiás, o preço na venda passou de R$ 31,00 para R$ 31,50 a saca. Já em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação seguiu em R$ 38,00 a saca na venda.

     Em Cascavel, no Paraná, o valor do milho subiu de R$ 35,00 para R$ 36,00 a saca na venda, e em Rondonópolis, Mato Grosso, preço se manteve em R$ 30,00 a saca na venda.

Fonte: Safras & Mercado

Sexta, 27 de Setembro de 2019
Soja: Mercado futuro segue com desvalorizações nesta 6ª feira em Chicago.
Soja: Mercado futuro segue com desvalorizações nesta 6ª feira em Chicago. Fonte: Noticias Agrícolas

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros da soja continuam operando com desvalorizações na sessão desta sexta-feira (27). Os principais vencimentos trabalham com quedas de 2,75 a 3,25  pontos, por volta das 11h56 (Horário de Brasília). O contrato novembro/19 operava a US$ 8,85 por bushel, o janeiro/20 estava cotado a US$ 8,99 por bushel e o março/20 trabalhava a US$ 9,11 por bushel.  

De acordo com as informações divulgadas pela a Reuters Internacional, os preços da soja estão negativos devido ao movimento técnico antes do relatório trimestral de ações do  Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na proxima segunda-feira. Além disso, o mercado sustentado por uma série de recentes compras de soja nos EUA pela maior compradora global da China.

O USDA divulgou por meio de seu sistema de relatórios diários  que exportadores privados venderam 126.000 toneladas de soja dos EUA para a China para entrega na campanha de 2019/20 que começou em 1º de setembro. Os analistas consultados pela Reuters esperam, em média, que o governo registre estoques de soja nos EUA em 1º de setembro em 982 milhões de bushels, o que representaria o maior número registrado em 1º de setembro.

Fonte: Noticias Agrícolas

Sexta, 27 de Setembro de 2019
Inteligência artificial rastreia bovino ao consumidor final.
Inteligência artificial rastreia bovino ao consumidor final. Fonte: Agrolink

Um frigorífico brasileiro, chamado Frigol S.A., se tornou o primeiro do País a utilizar inteligência artificial para classificação das carcaças bovinas e a tecnologia blockchain para a rastreabilidade completa dos bovinos abatidos em suas unidades. Nesse caso, a carne bovina é rastreada desde o abate até o consumidor final. 

De acordo com o CEO Luciano Pascon, essa inovação insere a Frigol no universo da indústria 4.0 em que o acompanhamento do abate é realizado com segurança e transparência, proporcionando confiabilidade para os pecuaristas e completas informações sobre a origem e as características da carne para os consumidores.  

“Estamos integrando as modernas tecnologias aos nossos processos industriais. Os ganhos são de todos. De um lado, ajuda a fidelizar os fornecedores de bovinos, que podem acompanhar os abates em tempo real e com imagens, reforçando sua confiança nos dados coletados; de outro, proporciona informações detalhadas aos consumidores na hora de avaliar os cortes nos supermercados e intensifica a transparência para o varejo, o food service e os importadores das carnes Frigol”, comenta. 

Essa tecnologia envolve os conceitos de machine learning, IoT, big data e data science, com a segurança da tecnologia blockchain. “Essas tecnologias trabalham em conjunto para oferecer total garantia: da pesagem à desossa”, completa Orlando Negrão, diretor de operações da Frigol. 

Todo o processo dentro da indústria frigorífica é gerenciado por uma plataforma criada pela empresa EcoTrace, que usa módulos de internet das coisas (IoT), câmeras, sensores, balanças e leitores.  

Fonte: Agrolink

 

Sexta, 27 de Setembro de 2019
Câmara acaba com prazo de inscrição obrigatória no CAR.
Câmara acaba com prazo de inscrição obrigatória no CAR. Fonte: Canal Rural

Medida provisória aprovada diz que a data para adesão ao cadastro é indeterminado, com isso, concessão de crédito rural também está liberada.

 

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 25, a Medida Provisória 884/19, que acaba com o prazo final para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Um acordo entre os partidos permitiu a votação rápida do texto. Agora, a MP segue para análise do Senado.

O CAR foi criado pelo Código Florestal de 2012 (Lei 12.651/12) para recolher informações detalhadas sobre o uso que se faz das terras no Brasil e amparar o Programa de Regularização Ambiental (PRA), a ser gerenciado pelos estados, com o objetivo de recuperar o meio ambiente em áreas de proteção permanente (APPs) e nas reservas legais.

Desde 2017, o prazo tem sido prorrogado porque o descumprimento dele estava vinculado ao impedimento de o produtor rural obter crédito rural em qualquer modalidade. Quando o prazo final de inscrição foi prorrogado nessas ocasiões, a penalidade de restrição de crédito foi suspensa pelo mesmo prazo novo.

Financiamento agrícola

Agora, como o texto especifica que o prazo para adesão ao cadastro é indeterminado, o prazo para valer a restrição de concessão de crédito também passa a ser indeterminado, ou seja, o crédito poderá ser concedido.

Um destaque (sugestão de alteração no texto), aprovado por acordo entre os partidos e de autoria do PSL, retirou o trecho que permitia a vigência de benefícios sobre multas se o proprietário não fosse convocado em três dias para assinar termo de compromisso sobre a regularização ambiental da área.

O texto retirado pelos deputados previa que passaria a valer a proibição de autuação por infração ambiental cometida antes de 22 de julho de 2008 relativa ao desmatamento de vegetação em áreas de preservação permanente (APPs), de reserva legal e de uso restrito. Da mesma forma, previa que, se não cumprido esse prazo de três dias, seriam suspensas as sanções já atribuídas ao proprietário.

Assim, essas regras continuam a ser aplicadas quando da adesão ao programa de regularização.

Programa de regularização ambiental

Em relação ao PRA, foi retirado um trecho do texto que determinava a adesão ao programa em dois anos a partir da data de adesão ao cadastro. O prazo de dois anos permanece, mas não está mais vinculado à data de inscrição no CAR.

O texto prevê que os proprietários rurais que inscreverem seus imóveis no cadastro até o dia 31 de dezembro de 2020 terão direito à adesão ao PRA.
Entretanto, o texto acaba com os prazos para os entes federados implantarem esses programas, permitindo, caso o estado ou o Distrito Federal não o tenham feito, a adesão ao PRA da União.

Registro de imóveis

Por fim, foi retirado do texto uma mudança na Lei de Registros Públicos (6.015/73) que dispensaria as assinaturas dos vizinhos confrontantes para a indicação de coordenadas georreferenciadas dos limites dos imóveis rurais quando do registro de mudança de medidas.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 26 de Setembro de 2019
Dólar tem leve alta contra o real em dia de foco em cena externa
Dólar tem leve alta contra o real em dia de foco em cena externa Fonte: Infomoney

 (Reuters) - O dólar encerrou em leve alta contra o real nesta quinta-feira, em dia marcado por acentuada volatilidade no mercado doméstico de câmbio, com agentes monitorando processo de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as relações comerciais EUA-China.

O dólar à vista teve alta de 0,17%, a 4,1618 reais na venda. Na B3, o dólar futuro tinha valorização de 0,27%, a 4,1615 reais.

Na mínima, a cotação foi a 4,1224 reais na venda, menor patamar intradia desde 18 de setembro, enquanto na máxima tocou 4,1690 reais.

"O mercado ainda continua ainda bem perdido. O cenário externo é volátil, com incertezas de todos os lados, especialmente envolvendo o Trump, e isso deixa todo mundo na retaguarda", afirmou Paulo Celso Nepomuceno, estrategista de renda-fixa da Corretora Coinvalores.
 

As moedas emergentes pares do real, como peso mexicano e rand sul-africano também se depreciavam contra o dólar, enquanto a moeda norte-americana subia contra uma cesta de outras moedas.

O Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos publicou, nesta quinta-feira, uma versão não sigilosa de uma denúncia de um delator alegando que o presidente usou seu gabinete para solicitar interferência estrangeira nas eleições presidenciais de 2020.

Nepomuceno acrescentou que grande parte dos temores em torno da questão do impeachment de Trump é que o presidente norte-americano use as negociações comerciais com a China como ponto para tirar atenção da instabilidade política doméstica.

"Existe a possibilidade dele querer desviar a atenção do processo (de impeachment) enrijecendo as relações com a China. Só essa possibilidade já levanta temores de todos os lados."

O Ministério do Comércio chinês disse nesta quinta-feira que os dois países ainda estão discutindo detalhes sobre a próxima rodada de negociações comerciais em outubro e estão fazendo preparativos para garantirem "progresso positivo".

A declaração vem um dia após Trump afirmar que um acordo entre os dois países pode acontecer antes do que as pessoas pensam.

Em contrapartida, a agência Bloomberg noticiou que os EUA não devem prorrogar a autorização temporária que permite que a chinesa Huawei compre produtos de empresas norte-americanas.

Fonte:Reuters

Quinta, 26 de Setembro de 2019
Preço pago ao produtor cai 3,33% em 12 meses, aponta Farsul
Preço pago ao produtor cai 3,33% em 12 meses, aponta Farsul Fonte: Farsul

Movimento de preços no campo é inverso ao dos supermercados

 

Se nas gôndolas dos supermercados os preços tiveram uma alta de 4,12% nos últimos 12 meses, no campo o produtor convive com uma deflação de 3,33% no mesmo período. A comparação entre o IPCA Alimentos e o IIPR (Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelo Produtor Rural) mostra que é equivocada a ideia de que há uma relação direta entre os indicadores. Os dados estão no relatório de Índices de Inflação do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgados nesta terça-feira (24/9) pelo Sistema Farsul.

Em relação ao mês de agosto, a alta da Soja, em decorrência da valorização da taxa de câmbio, garantiu um crescimento de 2,89% no IIPR, também influenciada pelo preço do Arroz. O resultado só não foi maior pela queda nos preços dos suínos e leite. Já o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) apresentou retração pelo terceiro mês consecutivo, fechando com queda de 0,34%, mesmo com a taxa cambial com crescimento próximo de 9%. Neste período os preços de inseticidas para algumas culturas costumam estar mais acessíveis ao produtor, o que influência no indicador.

Com a queda nos últimos meses, o IICP acumulado do ano registra redução de 1,50%. Mas, nos últimos 12 meses o resultado é uma alta de 0,81%, reflexo do final do ano passado marcado pelo aumento dos custos de produção. De janeiro de 2018 até maio de 2019, o IICP vinha obtendo valorização mais rapidamente que o IPCA, situação alterada a partir de junho.

Confira o relatório completo

Fonte: Farsul