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Segunda, 23 de Maio de 2022
Brasil quer agregar valor a exportações à China, diz vice-presidente
Brasil quer agregar valor a exportações à China, diz vice-presidente Fonte: Agência Brasil

O Brasil quer agregar valor a produtos exportados para a China, em especial, àqueles ligados a soja, minério de ferro e petróleo. As diretrizes que estão sendo elaboradas nos planos bilaterais com o país asiático devem favorecer a abertura das relações e investimentos em setores como agricultura, saúde e comunicações, além de infraestrutura, comércio, educação e sustentabilidade.

As afirmações foram feitas hoje (23) pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, referindo-se ao que foi debatido pouco antes, durante a 6ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) no Itamaraty.

“Queremos agregar valor nas três commodities que mais exportamos para a China: soja e derivados, minério de ferro e petróleo”, disse. “E queremos abertura para novos produtos. Hoje, discutimos a questão do trigo que será produzido na Bahia, no Ceará e e em Roraima”, acrescentou.

O vice-presidente disse também que o Brasil tentará se beneficiar de alguns fundos verdes criados pelos chineses. “Ano passado, eles [os chineses] criaram um fundo de apoio a ações de combate ao desmatamento visando a promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia. Estamos discutindo formas de termos acesso a esse fundo”.

Caminho traçado

Mourão acrescentou que os documentos que estão sendo elaborados – nas reuniões envolvendo os dois países – estabelecem orientações que deverão ser mantidas pelo próximo governo. “Dois planos avançarão independentemente do governo que for eleito: o estratégico, que vai até o final da década; e o executivo, que vai até o final de 2026”, disse.

“O governo que assumir encontrará o caminho traçado, com previsibilidade dos objetivos comuns”, acrescentou, ao detalhar que os planos têm, entre suas prioridades, a participação chinesa em projetos de infraestrutura previstos pelo Programa de Parcerias de Investimento (PPI), em especial visando a construção do corredor bioceânico que ligará o Brasil ao Pacífico a partir da fronteira com a cidade paraguaia de Porto Murtinho.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Marcelo Camargo

Sexta, 20 de Maio de 2022
Mesa redonda aborda as estratégias para reduzir a dependência de fertilizantes importados
Mesa redonda aborda as estratégias para reduzir a dependência de fertilizantes importados Fonte: EMBRAPA

Nos últimos 15 anos, o Brasil aumentou a dependência de insumos importados para a agricultura. Em 2021, 90% dos insumos usados no país foram trazidos de fora. Esta grande dependência das importações e as alternativas para reduzir os riscos foram o tema da mesa redonda que marcou o encerramento do IX Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2022, realizado em Foz do Iguaçu (PR).

Moderada por Giovani Ferreira, diretor de conteúdo do Canal Rural, o debate reuniu José Carlos Polidoro, pesquisador da Embrapa Solos e atualmente coordenador na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Bruno Caligaris, diretor de projetos estratégicos da mesma secretaria, e Ricardo Tortella, diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

Antes de iniciar o debate, Giovani Ferreira relembrou que o Brasil produz cerca de um terço de toda a soja disponível no mundo. Somando com os vizinhos Argentina, Paraguai e Uruguai, a América do Sul concentra mais da metade da produção mundial. Ao mesmo tempo, há uma dependência cada vez maior da importação de insumos. Ele destacou ainda que o que está em questão não é a autossuficiência em produção de fertilizantes e sim a redução da dependência externa.

Nesse sentido, Polidoro lembrou que, com exceção de regiões do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os solos brasileiros não são naturalmente férteis. Dessa forma, a produção agrícola de muitas áreas ocorre em solos com fertilidade construída e dependente do uso constante de fertilizantes. Ele mencionou ainda que não é só o adubo que é importado, mas também a tecnologia embutida neles. Dessa forma, é necessário que o Brasil também desenvolva tecnologias próprias para a adubação e, acima de tudo, use as tecnologias que já têm disponíveis desenvolvidas por universidades e instituições públicas de pesquisa. “O assunto é estratégico e precisa ser tratado com soluções a curto, médio e longo prazo”, disse.

Uma dessas soluções é a Caravana Embrapa FertBrasil, que foi iniciada neste mês de maio e percorrerá a todas as principais regiões produtoras do país levando informações sobre alternativas para uso mais eficiente dos fertilizantes. “Temos tecnologias para melhoria da eficiência do uso do NPK. Temos que utilizar essas boas práticas. Não é aceitável que tenhamos perdas acima de 60% em fertilizantes que trazemos de tão longe”, ponderou Polidoro.

A Caravana é parte do Plano Nacional de Fertilizantes, que o governo brasileiro lançou em março desde ano. A política de Estado visa, sobretudo, garantir a segurança alimentar por meio de 80 metas a serem cumpridas até 2050. Bruno Caligaris explicou que o Plano começou a ser desenvolvido muito antes da atual crise de oferta de fertilizantes provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e algumas das ações relacionadas a ele começaram a ser desenvolvidas ainda antes do lançamento, como a busca por novos mercados fornecedores de insumos.

“Assim como tem a crise atual, outras vão acontecer. O que precisamos saber é como vamos nos preparar para as próximas crises. É importante que a gente saiba que tipo de risco queremos assumir. Nossa exposição a risco estava muito alta. Temos que diminuir nosso risco sem reduzir nossa competitividade”, disse Bruno Caligaris.

O presidente da Anda, Ricardo Tortorella ampliou a contextualização sobre o cenário dos fertilizantes e mostrou a evolução da dependência brasileira de fertilizantes, que passou de 65% para 90% em apenas 15 anos. No caso dos adubos nitrogenados a produção interna supre 20% da demanda, no fósforo são 40% e no potássio apenas 5% da demanda atendida pela produção interna.

As importações de cloreto de potássio somaram 12,5 milhões de toneladas em 2020, sendo que 3,4 milhões de toneladas vieram da Rússia e 2,3 de Belarus. No caso de Balarus, sanções internacionais impediram a exportação, a partir do fim de 2021. No caso da Rússia, sanções econômicas estão dificultando o pagamento, porém, as exportações têm ocorrido. “Por ora, o alerta é amarelo (em relação à Rússia). Estamos conseguindo importar e estamos conseguindo pagar. Mas a oferta e a demanda estão desequilibradas, logo os preços devem continuar altos”, disse Tortorella.

Outro ponto abordado foi a necessidade de se reduzir os custos por meio da melhoria da infraestrutura de logística. Porém, além do aumento da capacidade portuária e de transporte interno, é preciso decisões políticas como a priorização do desembarque de fertilizantes nos portos, reduzindo o tempo de espera dos navios.

O painel sobre dependência agrícola de insumos importados marcou o encerramento do IX Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2022. O evento foi promovido pela Embrapa Soja e realizado em Foz do Iguaçu de 16 a 19 de maio. Ao longo dos quatro dias, 1800 participantes do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia acompanharam seis conferências, 18 painéis com 50 palestras, apresentação de 287 trabalhos científicos em forma de pôster ou oral, além de apresentações na Arena de Inovação Soja e do relacionamento com 35 empresas expositoras. A programação teve como tema “Os desafios para a produção sustentável no Mercosul”.

Gabriel Faria (MTB 15.624 MG)
Embrapa Soja

Fonte: Embrapa

Imagem: Silvio Vera

Sexta, 20 de Maio de 2022
Exportações do agronegócio em abril alcançam recorde para o mês, com US$ 14,86 bilhões
Exportações do agronegócio em abril alcançam recorde para o mês, com US$ 14,86 bilhões Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

As exportações do agronegócio brasileiro em abril totalizaram US$ 14,86 bilhões, valor recorde para o mês. O número representa alta de 14,9% em relação a abril de 2021. 

De acordo com levantamento elaborado pela Secretaria de Comércio de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, a elevação dos preços dos alimentos no mercado internacional explica o incremento no valor das exportações, mesmo após queda no volume embarcado (-13,2%).

O agronegócio brasileiro registrou 51,5% de market share sobre o total exportado pelo Brasil. Os produtos exportados que mais se destacaram no mês de abril foram os do complexo soja (óleo, grão e farelo), carnes bovina e de frango e café.

As importações do setor foram de US$ 1,32 bilhão em abril (+14,8%), explicadas também pela expansão dos preços médios, que subiram 14,8%.

Complexo soja

O complexo soja (grãos, farelo e óleo) é o principal setor exportador do agronegócio brasileiro, com vendas de US$ 8,09 bilhões em abril deste ano. As exportações do setor foram influenciadas principalmente pela expansão dos preços médios de exportação, que subiram 41,4% em relação a 2021.

A soja em grão é o principal produto do setor e da pauta de exportação do agronegócio brasileiro. As exportações brasileiras de soja em grão foram de US$ 6,73 bilhões em abril de 2022 (+1%), com redução do volume exportado, de 16,1 milhões de toneladas em abril de 2021 para 11,5 milhões de toneladas em 2022 (-28,8%).

A China é a maior compradora de soja em grão do Brasil, com 7,5 milhões de toneladas (-35,2%), e representou 65,6% do total exportado.

As exportações de farelo de soja aumentaram de US$ 630,41 milhões em abril de 2021 para US$ 939,97 milhões em 2022 (+49,1%). A quantidade exportada subiu para 1,72 milhão de toneladas (+23,7%), enquanto o preço médio de exportação subiu 20,5%.

A União Europeia foi o principal destino de farelo de soja do Brasil, com US$ 434,60 milhões (+43,3%). Outros grandes importadores foram: Vietnã (US$ 133,74 milhões; +335,3%); Indonésia (US$ 121,87 milhões; +154,8%); e Tailândia (US$ 112,28 milhões; +15,5%).

Ainda no setor, as exportações de óleo de soja subiram para US$ 415,71 milhões no mês em análise (+81,3%). O volume vendido ao exterior subiu 24,6%, alcançando 260,2 mil toneladas.

Carnes bovina e de frango

As vendas externas de carnes alcançaram US$ 2,15 bilhões em exportações em abril de 2022. O valor foi 36,9% superior aos US$ 1,57 bilhão exportados no mesmo mês de 2021.

As exportações de carne bovina registraram o valor recorde de US$ 1,10 bilhão em abril (+56,2%), com expansão do volume exportado (+22,1%) e do preço médio de exportação (+27,9%).

A China também se destacou nas aquisições de carne bovina brasileira, com US$ 675,06 milhões (+118,3%) dos US$ 1,10 bilhão exportados. O montante representou 61,3% do valor total exportado. O segundo principal importador foram os Estados Unidos, com US$ 79,9 milhões (+22,7%).

Nas exportações de carne de frango, o valor alcançado é recorde para toda a série histórica, com US$ 802,80 milhões (+34,3%). A quantidade exportada de carne de frango subiu 5,6%, enquanto o preço médio de exportação subiu 27,2% comparado a abril de 2021.

Os principais países importadores foram: China (US$ 100,30 milhões; -1,1%); Emirados Árabes Unidos (US$ 90,16 milhões; +129,3%); Japão (US$ 84,49 milhões; +50,0%); e Arábia Saudita (US$ 76,43 milhões; +12,5%).

Café

O setor cafeeiro exportou US$ 734,16 milhões, valor 43,5% acima dos US$ 511,67 milhões de vendas externas em abril de 2021. De acordo com a análise da SCRI, o fator preço é preponderante para a elevação desse valor.

As vendas externas de café verde atingiram a cifra recorde de US$ 679,38 no mês estudado, aumento de 46,1% na comparação com os US$ 464,92 milhões exportados no mesmo mês em 2021.

As exportações recordes ocorreram em função do incremento de 82,7% no preço médio, pois a quantidade exportada caiu 20%.

A maior parte do café exportado pelo Brasil é remetido à União Europeia, que adquiriu US$ 406,99 milhões (+67,7%), ou seja, 59,9% do valor exportado.

O segundo maior importador foram os Estados Unidos, com registros de US$ 94,78 milhões (+8,1%) ou uma participação de 13,9% sobre o total.

Outro produto é o café solúvel, que teve elevação de 10,3% nas vendas externas, atingindo US$ 45,86 milhões. O preço médio de exportação subiu 26,0%, e queda do volume exportado de 12,4%. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 20 de Maio de 2022
RS bate recorde na produção de azeites em 2022
RS bate recorde na produção de azeites em 2022 Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A produção de azeite no Rio Grande do Sul bateu recorde em 2022, com a industrialização de 448.580 litros. O volume representa um aumento de 122% em relação ao ano passado (202 mil litros). Este e outros números da safra foram apresentados nesta quinta-feira (19/5) pelo secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Rodrigo Rizzo, durante o evento “Olivas no Cais”, que ocorre até o próximo domingo (22/5), no Cais Embarcadero, em Porto Alegre.

O secretário da Agricultura, Domingos Velho Lopes, diz que vê com satisfação os números gerados por este setor. “A Secretaria da Agricultura está engajada no fomento destas cadeias novas para aumentar a diversidade de culturas que só engrandecem a cadeia agrossilvipastoril do Rio Grande do Sul”, destacou.

Na avalição de Rodrigo Rizzo, o aumento extraordinário da produção de azeite este ano se deve à entrada em produção de novos olivais, do trabalho que os produtores e técnicos têm feito para aperfeiçoar tecnologias nos pomares e à resistência das oliveiras à estiagem.

Durante o evento, também foram adiantados números do Cadastro Olivícola, atualizado pela Seapdr, junto a Emater/RS-Ascar, e com o apoio do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva). O cadastro aponta que a olivicultura está presente nas atividades de 321 produtores, de 108 municípios, e ocupa uma área plantada de 5.986 hectares. Da área total, 3,4 mil hectares são produtivos, com oliveiras com idade de quatro anos ou mais. “São 17 fábricas/lagares em atividade no Estado hoje, e 70 marcas de azeite”, destaca o coordenador do Programa Pró-Oliva na Seapdr, Paulo Lipp.

A maioria dos olivais está na Metade Sul do Rio Grande do Sul. Os principais municípios produtores são Encruzilhada do Sul, Canguçu, Pinheiro Machado, Bagé, Caçapava do Sul, Cachoeira do Sul, Viamão, São Gabriel, Santana do Livramento, Barra do Ribeiro, Sentinela do Sul, São Sepé, entre outros.

Segundo Lipp, a atualização do Cadastro, em uma primeira etapa, contou com o trabalho dos extensionistas da Emater, que levantaram dados em todos municípios gaúchos sobre a existência de olivais e produtores. “A partir daí, os departamentos de Política Agrícola e de Diagnóstico e Pesquisa da Seapdr estão elaborando uma série de análises sobre a evolução e o mapeamento do crescimento da olivicultura no Estado, informações úteis para as políticas públicas e que serão disponibilizadas nas próximas semanas”, informou Lipp.

Sobre o “Olivas no Cais”

O “Olivas no Cais” é uma mostra e imersão no mundo do azeite gaúcho. Há degustação, feira com azeites de oliva extravirgem, palestras, jantares, sessão de autógrafos e a possibilidade de bons negócios. Na programação, há também entrega do selo Ibraoliva Produtos Premium, com base no programa Produtos Premium da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SCIT). “O selo garante a origem e a qualidade de azeite do Rio Grande do Sul”, pontua o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes.

A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SICT/RS), que é parceira na promoção do evento, constituiu um grupo de trabalho, da qual a Seapdr faz parte, e uma comissão de jurados (azeitólogos) para avaliar a qualidade dos azeites, a fim de definir o uso do selo. Estão presentes 28 marcas gaúchas no evento.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem:  Fernando Dias/Seapdr

Sexta, 20 de Maio de 2022
Ministério da Economia mantém previsão do PIB em 1,5%
Ministério da Economia mantém previsão do PIB em 1,5% Fonte: Agência Brasil

O governo federal alterou para cima a previsão da inflação deste ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em março era estimado em 6,55% para o ano, agora teve a previsão elevada para 7,9%. A estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu de 6,7% para 8,10%, e a do Índice Geral de Preços (IGP-DI), de 10,01% para 11,4%. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 1,5%. Os dados, divulgados hoje (19), são do Boletim Macro Fiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.

Para 2023, o governo federal manteve também a previsão do PIB e aumentou a da inflação. O PIB, segundo a estimativa, deverá fechar 2023 com alta de 2,5% (a mesma previsão do último boletim, divulgado em março). Já o IPCA deverá encerrar 2023 em 3,6% (a previsão de março era alta de 3,25%); o INPC, em 3,7% (3,5% era a estimativa em março); e o IGP-DI, em 4,57% (4,42%).

“A expectativa para a taxa de inflação [IPCA] aumentou de 6,55% para 7,90% em 2022 e de 3,25% para 3,60% em 2023. A partir de 2024, espera-se convergência da inflação [IPCA] para a meta de 3%. Em relação ao INPC, a projeção para 2022 elevou-se de 6,70% para 8,10%”, diz o texto do documento.

Segundo o boletim, a melhora no desempenho do PIB brasileiro tem ocorrido em razão da retomada no setor de serviços e ampliação dos investimentos, o que, de acordo com o documento, tem refletido na recuperação do mercado de trabalho. O texto destaca que o setor de serviços cresceu 1,8% no primeiro trimestre de 2022, atingindo o maior patamar desde maio de 2015.

“A estimativa de crescimento do PIB brasileiro para 2022 foi mantida em 1,5%. De 2023 em diante, as estimativas permaneceram em 2,5%. Desde março, em linha com as projeções da SPE, pode-se notar uma revisão altista das expectativas de mercado para a atividade econômica”, diz o texto.

Fonte: Agência Brasil – Bruno Bocchini

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quinta, 19 de Maio de 2022
Em reunião com ministros de mais de 30 países, Brasil defende livre comércio na agricultura
Em reunião com ministros de mais de 30 países, Brasil defende livre comércio na agricultura Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, defendeu nesta quarta-feira (18) o livre-comércio na agricultura, de modo a promover a prosperidade e contribuir com a luta contra a fome e a má-nutrição mundial. Na reunião ministerial Global Food Security - Call to Action, realizada em Nova York (EUA), o ministro brasileiro disse que é preciso estimular um ambiente de negócios que permita um fluxo desimpedido do comércio internacional de alimentos e insumos.

“Em um mundo interdependente e interconectado, nenhum país pode manter-se isolado e prosperar. A segurança alimentar, enquanto meta comum, é responsabilidade de todos”, disse.

Marcos Montes representa o Brasil no evento, organizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, que reúne ministros de mais de 30 países na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O objetivo é identificar os principais desafios e mobilizar ações para enfrentar a insegurança alimentar global.

Os impactos do conflito na Ucrânia foram lembrados por representantes de diversos países no evento. Segundo o ministro brasileiro, os efeitos da guerra desestruturaram profundamente as cadeias globais de suprimentos de commodities, fazendo com que insumos essenciais, como os fertilizantes, fiquem expostos ao risco da escassez e da alta de preços.

O ministro disse que o Brasil está ciente de sua responsabilidade como fornecedor confiável de alimentos de qualidade, pois é um dos únicos países do mundo capazes de aumentar sua produção sem incorporar novas áreas à atividade produtiva. No entanto, o sucesso do modelo brasileiro depende da integração das diversas cadeias produtivas de insumos e de produção de alimentos.

“No mundo globalizado, produzir não significa apenas plantar e colher. Inclui, também, garantir o suprimento de sementes, fertilizantes, defensivos e combustíveis, combinar tudo isso com tecnologia e distribuir os gêneros alimentícios pelo planeta”, destacou Marcos Montes.

O Brasil alcançou a posição de um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do planeta com o desenvolvimento de um modelo de agricultura tropical altamente eficiente. Nas últimas cinco décadas, o país usou a tecnologia para expandir a produção a partir do aumento da produtividade com sustentabilidade, alcançando até três colheitas por ano na mesma área.

Reuniões Bilaterais

Mais cedo, Marcos Montes teve reuniões bilaterais com o Enviado Especial do Departamento de Estado para a Segurança Alimentar Global, Cary Fowler, e com a Vice-Secretária Geral das Nações Unidas, Amina Mohamed. Nos encontros, ele ressaltou a disposição do Brasil em cooperar no contexto da atual crise de segurança alimentar.

Ao representante do governo americano, Marcos Montes disse que Brasil e Estados Unidos podem cooperar na definição de prioridades conjuntas de pesquisa em agricultura sustentável, na defesa da ciência como princípio orientador do progresso na agricultura e na disseminação de boas práticas produtivas para aprimorar a contribuição da agricultura para a ação climática.

Montes também destacou o papel da ONU, juntamente com a FAO e outras agências, de promover um fluxo desimpedido de alimentos e insumos, não apenas comercial, mas também humanitário.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 19 de Maio de 2022
Meteorologista da Seapdr fala sobre o Simagro na Fenasul Expoleite
Meteorologista da Seapdr fala sobre o Simagro na Fenasul Expoleite Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

O meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Flavio Varone, palestrou, nesta quarta-feira (18/5), sobre “Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro/RS): aplicações de tempo e clima como ferramenta de suporte ao setor agropecuário do RS” durante a Fenasul Expoleite. O evento ocorreu na Casa da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), a convite das comissões de Grãos (milho, trigo, soja e feijão) e de Política Agrícola, Seguro e Crédito Rural da entidade.

Varone salientou a importância do Simagro, do qual é coordenador desde sua criação, em 2019, e sua finalidade, que é dar suporte ao setor agropecuário do Rio Grande do Sul, gerando produtos aplicados a ele, baseados em dados e modelos meteorológicos. “A ideia é fazer o produtor ter uma condição melhor de trabalho e, principalmente, evitar prejuízos. É ajudá-lo a tomar decisões mais acertadas”, explicou.

Ele destacou que o Sistema trabalha com vários produtos, entre eles o índice 2,4-D, o índice de ferrugem da soja, e o de previsão de geada. “Esse último vamos começar a utilizar mais agora”, esclareceu. “Temos tudo que um site de previsão do tempo tem. Mas o objetivo mesmo é, a partir de dados meteorológicos de tempo e clima, gerar produtos específicos para o setor agropecuário conforme a necessidade de cada cultura e dos animais”, pontuou. “O negócio é gerar índices baseados em condições climáticas para evitar, ou alertar os produtores sobre a possibilidade de ocorrência de doenças nas principais culturas do Estado, fazendo o monitoramento de pragas e secas”, acrescentou.

Segundo Varone, com o índice 2,4-D, por exemplo, o produtor pode fazer o planejamento do melhor horário para aplicação do produto. “São geradas para todos os municípios do Estado previsões horárias de até cinco dias. E também se destaca o índice de ocorrência na soja, onde o agricultor pode verificar se há possibilidade ou não de ocorrência de ferrugem na sua região e, consequentemente, na sua lavoura”.

O meteorologista contou que, atualmente, a rede de sensores de coleta de dados é composta por 37 estações, com previsão de mais dez até o fim de junho deste ano. “Vamos criar novos índices para diversas culturas e gerar produtos para irrigação; aumentar a rede de coleta de dados e, até 2023, teremos 100 estações meteorológicas”, prometeu.

Mais sobre o Simagro

O Simagro-RS da Seapdr pode ser acessado pelo endereço eletrônico http://www.simagro.rs.gov.br/. Ele visa ao monitoramento climático no Rio Grande do Sul, com a elaboração de produtos e informações para viabilizar o planejamento e atuar como suporte para medidas de curto, médio e longo prazo no setor agropecuário do Rio Grande do Sul. As informações também estão disponibilizadas no Instagram (@simagrors).

São estações meteorológicas automáticas instaladas para adensamento da rede de sensores existente no Estado, utilizadas no monitoramento agroclimático e também para monitoramento da ocorrência de deriva de produtos herbicidas hormonais. O Simagro-RS também conta com modelos de tempo e clima, onde são gerados produtos agrometeorológicos para todos os 497 municípios do Rio Grande do Sul.

Na página, o Sistema disponibiliza os produtos gerados por dois modelos meteorológicos, com resolução de 25 e 3 quilômetros, respectivamente. O modelo regional, com resolução de 3 quilômetros e previsão de índices agroclimáticos para um horizonte de cinco dias; e o modelo global, com resolução de 25 quilômetros, que proporciona previsões para um cenário de até 15 dias.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapdr

Quinta, 19 de Maio de 2022
Economia verde é responsável por 22% da carteira de crédito dos bancos
Economia verde é responsável por 22% da carteira de crédito dos bancos Fonte: Agência Brasil

Os desafios e as oportunidades na implementação da economia verde no Brasil nortearam os painéis da tarde deste primeiro dia do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes.

No painel sobre o setor financeiro e o fomento a projetos e ativos ambientais, moderada pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Gustavo Montezano, os participantes lembraram dos diferenciais do Brasil em relação a outros países quando se fala em sustentabilidade.

A presidente do banco UBS, Sylvia Coutinho, ressaltou que “a energia brasileira é a mais limpa do planeta” e chamou a atenção para a “precificação” desse diferencial. Segundo ela, é possível agregar essa energia ao produto brasileiro a um preço muito baixo. “Lá fora a questão toda é reflorestamento, aqui é manutenção”, disse o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.


O presidente do Banco do Brasil lembrou que agricultores brasileiros são peças-chave na preservação ambiental e que, por isso, precisam ter uma espécie de incentivo ou compensação. 

Para isso, o banco criou a CPR-Preservação, modalidade de crédito em que o produtor monetiza a área preservada em sua propriedade. Por exemplo: se ele precisa preservar 20% da propriedade, mas o faz em 30%, ele pode monetizar os 10% extras que está preservando.

Tanto Ribeiro quanto o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, chamaram atenção para a necessidade de incentivar os investidores a participar desses projetos.

Atualmente cerca de 22% da carteira de crédito dos bancos se destina a segmentos da economia verde, o que totaliza cerca de R$ 400 bilhões.

Saneamento

No painel sobre saneamento, a diretora do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Martha Seillier destacou o verdadeiro salto que o Brasil deu no que se refere a investimentos no setor graças ao Marco do Saneamento. 

Segundo ela – que já foi secretária especial do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do governo federal – houve uma resistência inicial às mudanças, pois era um setor essencialmente público.  Mas, com alterações da legislação, o setor passou a receber investimentos que chegam a oito vezes o valor aplicado anteriormente. “Os leilões têm tido cada vez mais interessados'', destacou Seillier.

Congresso

O Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes começou hoje e termina na sexta-feira (20).

Serão 24 painéis apresentados em quatro salas temáticas, além de sessões plenárias no início de cada um dos dias, totalizando mais de 100 palestrantes.

Também serão apresentados 120 cases de sucesso de empreendedores verdes em quatro miniauditórios.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Paulo Mumia

Quarta, 18 de Maio de 2022
CNA entrega propostas do Plano Safra ao relator-geral do Orçamento de 2023
CNA entrega propostas do Plano Safra ao relator-geral do Orçamento de 2023 Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Brasília (18/05/2022) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, entregou, na quarta (18), ao relator-geral do Orçamento Geral da União de 2023, senador Marcelo Castro (MDB/PI), as propostas da entidade para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2023/2023, durante reunião em Brasília.

O documento contempla 10 pontos prioritários com o objetivo de assegurar benefícios não apenas para o agro, mas para toda a sociedade, como segurança alimentar, geração de mais empregos, redução da inflação sobre os alimentos, crescimento das exportações e do Produto Interno Bruto (PIB), entre outros.

Para o presidente da CNA, um dos principais objetivos destas propostas, que também foram entregues ao Ministério da Agricultura e à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), é possibilitar que as medidas, além de atender todos os produtores, permitam acesso da população a alimentos com preços mais acessíveis.

João Martins, presidente da CNA

“Recebemos as propostas para que a gente possa se debruçar, estudar e fazer um bom relatório para o próximo ano. O agro é um dos setores que mais gera riqueza, emprego e melhoria na qualidade de vida do brasileiro e por isso teremos toda a atenção para que o agro seja cada vez mais forte”, destacou o senador Marcelo Castro.

Participaram da reunião com o relator-geral do Orçamento, o presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, deputado José Mário Schreiner (MDB/GO), o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Giacobo (PL/PR), o deputado Alceu Moreira (MDB/RS), o vice-presidente da CNA, Mário Borba, o chefe da Assessoria de Relações Institucionais, Nilson Leitão, o diretor técnico, Bruno Lucchi, e o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.

Ao construir o documento, a CNA avaliou o cenário atual e os desafios no curto e longo prazo, diante da insuficiência de recursos orçamentários, elevação dos custos de produção, falta de insumos no país e no mundo, problemas climáticos, altas consecutivas da Taxa Selic, a inflação global e a escassez mundial de alimentos.

Senador Marcelo Castro, relator geral do Orçamento de 2023

Veja abaixo as propostas prioritárias da CNA para o Plano Agrícola e Pecuário 2022/2023:

1. Ampliar para R$ 21,8 bilhões o orçamento para subvenção às Operações de crédito rural do Plano Agrícola e Pecuário 2022/2023, sob a forma de equalização de taxas de juros dos financiamentos, garantindo maior oferta de alimentos e melhoria nos indicadores econômicos do país.

2. Garantir que a taxas de juros das operações de crédito rural fiquem abaixo de dois dígitos. Essa medida viabilizará que os produtores rurais contratem financiamentos a taxas competitivas e continuem produzindo alimentos.

3. Reduzir o percentual do recolhimento compulsório sobre recursos de depósitos de poupança, viabilizando que esses recursos sejam disponibilizados ao setor agropecuário.

4. Elevar a exigibilidade de direcionamento dos recursos para 30% dos depósitos à vista, 64% da poupança rural e 50% da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) das instituições financeiras, a fim de aumentar os recursos obrigatórios destinados a operações de crédito rural.

5. Regulamentar a Lei Complementar 137/2010 que criou o Fundo de Catástrofe.

6. Garantir orçamento de R$ 1,5 bilhão para a subvenção ao prêmio de seguro rural em 2022 e R$ 2 bilhões para 2023.

7. Ajustar a regulação prudencial vigente sobre a carteira de crédito agropecuário, por meio da aplicação de diretrizes que considerem as características e a importância da carteira agro no mercado de crédito brasileiro.

8. Adequar os percentuais de custos administrativos e tributários (CAT) recebidos pelas instituições financeiras, viabilizando o aumento do volume de recursos equalizados à disposição do setor agropecuário.

9. Aprimorar a análise de riscos dos produtores rurais, conferindo benefícios efetivos aos produtores que adotam ferramentas de gestão de riscos.

10. Garantir que os recursos para as finalidades de investimento sejam aplicados conforme o programado, especialmente para pequenos e médios produtores (Pronaf e Pronamp), e para os programas destinados à reservação de água e irrigação (Proirriga), para construção de armazéns (PCA), investimentos necessários à incorporação de inovações tecnológicas nas propriedades rurais (Inovagro) e o Programa ABC.

Assessoria de Comunicação CNA
Fotos: Adriano Brito
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 18 de Maio de 2022
Irga promove seminário sobre milho irrigado em terras baixas
Irga promove seminário sobre milho irrigado em terras baixas Fonte: IRGA

Com objetivo de promover e difundir o cultivo de milho irrigado em terras baixas, o Instituto Rio Grandense do Arroz realizará nos dias 23 e 24 de junho, em Restinga Seca, o seminário "Milho Irrigado em Terras Baixas". O público-alvo deste evento é composto por produtores de arroz que realizam rotação com culturas de sequeiro e por técnicos atuantes na temática.

Em terras altas do RS, na safra 2020/2021, a produtividade média foi de 5,4 toneladas por hectare (t/ha) em 801,7 mil ha, conforme a Conab. Sob condições de alto manejo, em pesquisas desenvolvidas com milho irrigado pelo Irga na Estação Experimental do Arroz (EEA), em Cachoeirinha, e pela Universidade Federal de Santa Maria têm sido obtidas altas produtividades do grão, superiores a 10 t/ha ou 167 sc/ha.

Resultados iguais ou superiores também foram obtidos em unidades demonstrativas conduzidas nas Estações Regionais de Pesquisa do Irga, ou seja, as informações de manejo para alta produtividades do milho já estão disponíveis de forma regionalizada. Em função do potencial e estabilidade produtiva, devido à capacidade de irrigação da Metade Sul, os preços atrativos, a lavoura de milho já é uma realidade, com vários produtores apostando nessa nova alternativa para as terras baixas.

Algumas informações do manejo do milho irrigado em terras baixas estão disponibilizadas nas circulares técnicas do Irga, em parceria com a UFRGS e a UFSM, intituladas "Milho no contexto da lavoura arrozeira: potencialidades, desafios e avanços" (nº 006/Junho/2020) e "Milho no contexto da lavoura arrozeira: manejo dos fatores relacionados à planta e viabilidade financeira" (nº 008/Novembro/2000), disponíveis no site da autarquia (acesse aqui).

A programação do evento, que será divulgada em breve, contará com especialista no assunto, como o professor doutor Paulo Régis da Silva. Além de um espaço de debates, em que produtores trarão suas experiências com o cultivo do milho irrigado em terras baixas. São parceiras desse evento, as empresas Basf, Bayer, Dekale, Sementes Agroceres, Agroeste, Pionner e Sementes NK.

Para o presidente do Irga, Rodrigo Machado, o milho em terras baixas já é uma realidade. "Temos que tratar a lavoura de arroz como parte do sistema de produção, onde estão inseridos, soja, milho e pecuária", afirma Machado.

A diretora técnica da autarquia, Flávia Tomita, fala sobre a importância do seminário, que é o primeiro evento promovido pelo Irga tendo como tema central a cultura do milho irrigado em terras baixas. "Dentro do sistema de produção de arroz irrigado, o milho tem importância sendo uma alternativa para a rotação e diversificação de culturas. Ao longo dos anos, o instituto já vem realizando pesquisas com essa cultura, assim o seminário tem como objetivo a transferência da tecnologia aos produtores", acrescenta Flávia.

Fonte: Irga – Igor Garcia