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Quinta, 14 de Julho de 2022
Balança comercial do agro registra exportações de US$ 15,71 bilhões em junho
Balança comercial do agro registra exportações de US$ 15,71 bilhões em junho Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Com elevação do índice de preços em 28,5% comparado ao mesmo mês do ano anterior, as exportações brasileiras do setor agropecuário atingiram o valor recorde da série em junho de 2022:  US$ 15,71 bilhões (+31,2%). Também houve expansão de 2,1% no volume embarcado.

As importações de produtos do agronegócio foram de US$ 1,53 bilhão (+19,8%), com alta de 17,9% dos preços médios e 1,6% do quantum importado.
 

Os destaques de junho/2022 ficaram com as exportações recordes do complexo soja, carnes (frango e bovina) e café.

Complexo soja

O complexo soja, principal setor exportador do agronegócio brasileiro, alcançou registros recordes de US$ 8,06 bilhões em vendas externas para meses de junho (+31,9%), mesmo com queda do volume importado (-2,3%), em virtude do desempenho da soja em grãos.

A China, tradicional importadora da oleaginosa brasileira, adquiriu em junho 64,5% da quantidade exportada, 6,49 milhões de toneladas (-8,2%). As exportações de farelo de soja, segundo principal produto do complexo, foram de US$ 1,20 bilhão em junho (+63,8%). Pela primeira vez na série histórica, as exportações do produto nos meses de junho suplantaram a casa de US$ 1 bilhão. O valor alcançado foi resultado do volume recorde exportado (+33,5%), e, também, da elevação de 22,7% no preço médio de exportação.

Com menor produção de soja em grãos na América do Sul (Argentina e Brasil), e a guerra na Ucrânia (maior exportador mundial de farelo de girassol), a oferta de farelo para alimentação animal se reduziu no mundo, impactando os preços internacionais do produto brasileiro. O principal mercado importador de farelo de soja do Brasil foi a União Europeia, que adquiriu US$ 448,26 milhões (+41,4%) ou 804,8 mil toneladas (+8,0%; 35,4% de participação.

Carnes

As vendas externas de carnes, segundo setor mais importante em exportações, foram de US$ 2,35 bilhões em junho de 2022 (+32,0%). Trata-se do maior valor mensal de toda a série histórica iniciada em janeiro de 1997. O valor foi obtido em função, principalmente, do incremento dos preços médios de exportação dos produtos do setor (+25,8%), embora com menor aumento de quantidade exportada (+4,9%). 

A principal carne exportada é a carne bovina, que registrou US$ 1,14 bilhão em vendas externas (+36,9%), valor recorde para os meses de junho, com alta de 6,6% nos volumes e 28,4% nos preços médios. O principal mercado importador é a China, que adquiriu 65,9% do valor exportado pelo Brasil em junho, o que significou US$ 752,99 milhões (+70,7%). 

As exportações de carne de frango também alcançaram recorde na série histórica em junho de 2022, ultrapassando a marca de US$ 900 milhões de dólares para atingir US$ 932,12 milhões (+46,7%). 

Café

O setor cafeeiro exportou US$ 788,74 milhões em junho de 2022 (+73,6%). As vendas externas de café verde foram de US$ 721,50 milhões, valor recorde para meses de junho e que significou uma expansão de 76,7% comparado aos US$ 408,32 milhões exportados em junho de 2021. As exportações de café solúvel registraram US$ 57,2 milhões no mencionado mês (+46,1%).

Os principais mercados para onde o Brasil exportou café verde foram: União Europeia (US$ 376,68 milhões; +82,5%) e Estados Unidos (US$ 168,69 milhões; +171,9%). O valor recorde exportado de café verde ocorreu devido à elevação de 70,3% no preço médio de exportação. 

Acumulado do ano

No primeiro semestre de 2022, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 79,32 bilhões (+29,4%), valor recorde para o período. A expansão ocorreu devido à alta dos preços (+27,7%), enquanto o quantum exportado subiu menos (+1,3%). O agronegócio representou 48,3% das exportações totais brasileiras nos seis primeiros meses de 2022.

As importações do agronegócio alcançaram US$ 8,14 bilhões no semestre (+8,5%), totalmente influenciadas pela variação dos preços médios (+17,7%), já que o índice de volume caiu: -7,8%. Este valor não inclui os insumos importados para produção agropecuária. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 14 de Julho de 2022
Governo revê estimativa para o PIB de 1,5% para 2%
Governo revê estimativa para o PIB de 1,5% para 2% Fonte: Agência Brasil

O governo federal aumentou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) este ano. Com a nova estimativa, o crescimento da economia passou de 1,5% para 2%. Para o próximo ano, foi mantida a projeção de crescimento de 2,5%. As informações constam do Boletim Macrofiscal, divulgado hoje (14) pelo Ministério da Economia.

Além da expectativa de alta do PIB, o governo diminuiu a previsão da inflação para este ano medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passou de 7,9% para 7,2%. Essa projeção já incorpora o impacto de medidas legislativas aprovadas nos preços de combustíveis, energia elétrica e comunicação.

Apesar da redução, a inflação ainda está acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3,5%, com intervalo de variação de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.

No ano, o IPCA acumula alta de 5,49% e, em 12 meses, o índice registra alta de 11,89%. Já para o próximo ano, o resultado da inflação foi reavaliado de 3,6% para 4,5%. A meta estabelecida pelo CMN é de 3,25%, com o mesmo intervalo de tolerância.

PIB

Segundo o boletim, entre outros fatores, a revisão positiva para o PIB está relacionada ao desempenho da atividade econômica. Pesquisas mensais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram um crescimento me?dio mensal na margem nos meses de abril e maio da indústria geral de 0,2% e na indústria da transformac?a?o de 0,4%.

“Outra e?nfase que fundamenta a mudanc?a da projec?a?o do PIB neste ano se da? pelas alterac?o?es no mercado de trabalho, cuja variac?a?o da populac?a?o ocupada (PO) no trimestre mo?vel findo em maio de 2022 e? de 10,6% em relac?a?o ao mesmo peri?odo do ano anterior. Essa variac?a?o interanual significa um incremento da populac?a?o ocupada de 9,4 milho?es de trabalhadores”, diz o boletim.

O ministério destaca, porém, que o cena?rio internacional continua desafiador, com redução na perspectiva do crescimento global e o patamar ainda elevado dos prec?os das commodities de energia e alimentos.

As estimativas de crescimento do PIB dos pai?ses desenvolvidos foram revisadas de 3,8%, no ini?cio do ano, para 2,6%, no final de junho de 2022. No caso dos países emergentes, cujas projec?o?es foram alteradas de 5% no início do ano para 3,7% no final de junho, segundo a Bloomberg.

“Essas revisões, em grande medida, sa?o respostas a? deteriorac?a?o do cena?rio geopoli?tico – guerra no Leste Europeu – e da piora das condic?o?es financeiras, explicada pela elevac?a?o da curva de juros. A taxa de juros mensal para cinco anos nos Estados Unidos atingiu o maior patamar desde 2008. Resultado semelhante ocorre para a Alemanha, Franc?a e outros pai?ses europeus cujo ni?vel da taxa de juros esta? no maior patamar desde a crise de 2012”, diz o boletim.

 

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quarta, 13 de Julho de 2022
Emendas garantem recursos para subvenção ao seguro rural e para a defesa agropecuária
Emendas garantem recursos para subvenção ao seguro rural e para a defesa agropecuária Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acompanhou, na terça (12), a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo Congresso Nacional com duas emendas que irão assegurar recursos para a subvenção ao seguro rural e para a defesa agropecuária.

A atuação da CNA, com apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), possibilitou a inclusão das emendas ao texto, evitando que a subvenção ao seguro rural e a defesa agropecuária sejam alvos de contingenciamento no orçamento do próximo ano. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) serve de parâmetro para os gastos públicos e para a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária de 2023. O texto segue agora para sanção presidencial.

Segundo a Confederação, o seguro rural “é um dos pilares da política agrícola brasileira, visto que a atividade agropecuária está sempre sujeita aos efeitos das adversidades climáticas”. Desta forma, avalia a entidade, seguro é o mecanismo mais eficiente para compensar o agricultor em caso de perdas decorrentes de problemas de clima, “garantindo que o produtor mantenha seu fluxo de caixa, quite suas obrigações financeiras e permaneça nas suas atividades”.

Na safra anterior (2021/2022), lembra a CNA, a elevação no orçamento e a previsibilidade permitiram que Programa de Subvenção Econômica ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) tivesse 218 mil apólices de seguro rural, assegurando a cobertura de 14 milhões de hectares.

Em relação à defesa agropecuária, que engloba as áreas vegetal e animal, o não contingenciamento possibilitará a segurança da produção “sem interrupções ou medidas restritivas que cessem o fornecimento de produtos nacionais ao exterior e ao consumo interno”.

“A aprovação dessas emendas é uma conquista do setor, pois impedem que o governo contingencie os recursos destinados ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural e para a defesa agropecuária, garantido que os montantes que venham a ser aprovados não sofram reduções ou impedimentos posteriores”, destaca a CNA.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 13 de Julho de 2022
Receita com as exportações brasileiras de carne bovina cresce 52% no primeiro semestre
Receita com as exportações brasileiras de carne bovina cresce 52% no primeiro semestre Fonte: Abiec

As exportações brasileiras de carne bovina registraram crescimento de 52% em receita no acumulado dos seis primeiros meses de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021. Os dados foram levantados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

De janeiro a junho desse ano, o faturamento com as vendas chegou a US$ 6,2 bilhões, ante US$ 4,08 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em volume, o aumento foi de 21,5%, passando de 874 mil toneladas em 2021 para 1,06 milhão de toneladas até junho desse ano. No mesmo período, o preço médio da proteína cresceu 25,1%, passando de US$ 4,6 mil a tonelada para US$ 5,8 mil por tonelada. “Os números mostram que a carne bovina brasileira ganha cada vez mais espaço no comércio internacional, graças não só à qualidade do nosso produto, mas também ao posicionamento do Brasil como um importante parceiro comercial de outras nações e não como competidor”, explica Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec.

 

Melhor junho da história

A receita obtida com os embarques no mês de junho foi a melhor da série histórica, desde 1997, com US$ 1,14 bilhão. Na comparação com junho de 2021, o aumento da receita foi de 36,8%, se comparado aos US$ 835 milhões registrados no mesmo mês do ano passado. Quando se olha o volume, a alta foi de 6,6%, passando de 164 mil toneladas para 175 mil toneladas. Já na comparação com maio de 2022, houve aumento de 5,4% na receita, que foi de US$ 1,08 bilhão no mês anterior.

 

Principais mercados

No primeiro semestre de 2022, o Brasil exportou carne bovina para 132 países, sendo que os principais compradores foram a China, com US$ 3,6 bilhões, alta de 86% ante US$ 1,96 bilhão registrados no mesmo período de 2021. No mesmo período, o volume cresceu 35,3% e ficou em 540 mil toneladas ante cerca de 400 mil toneladas.

Na sequência estão os Estados Unidos, com faturamento de US$ 530 milhões no semestre, alta de 67% em relação aos US$ 317 milhões registrados no mesmo período de 2021. A alta no volume foi de 83%, com 78 mil toneladas ante 42,6 mil toneladas.

Os embarques para a União Europeia cresceram 35% em receita com US$ 281 milhões ante US$ 207 milhões, enquanto o volume embarcado aumentou 16,4% e fechou o período com 36,5 mil toneladas ante 31 mil toneladas no acumulado de 2021.

A receita dos embarques para o Egito no período cresceu 268% e ficou em US$ 274 milhões ante US$ 74,4 milhões, resultado do crescimento de 232,7% no volume de carne embarcado, que passou de 21,3 mil toneladas para quase 71 mil toneladas.

Os embarques para Israel também registraram alta de 73,4% no volume, que passou de US$ 74,8 milhões no primeiro semestre de 2021 para US$ 129,8 milhões em 2022. Em volume, houve aumento de 50%, passando de 14.796 toneladas para 22.213 toneladas.

Fonte: Abiec – Associação Brasileira da Industria Exportadora de Carnes

Quarta, 13 de Julho de 2022
Raiva em herbívoros é fatal e pode ser prevenida com vacinação de rebanhos
Raiva em herbívoros é fatal e pode ser prevenida com vacinação de rebanhos Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Focado em controlar a ocorrência de raiva nos herbívoros no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), trabalha com estratégias de vacinação dos herbívoros domésticos (bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos)  e o controle da população de morcegos hematófagos. Segundo dados do PNCRH, anualmente são registrados centenas de óbitos pela doença em animais de produção, gerando um impacto econômico e social elevado.

Nos herbívoros, a raiva é transmitida principalmente por morcegos hematófagos, também conhecidos como morcegos vampiros, especialmente os da espécie Desmodus rotundus, por meio da mordida. A doença não tem tratamento, sendo invariavelmente fatal uma vez iniciados os sinais clínicos. Ao contrário de animais de pequeno porte, como cães, a raiva em herbívoros se manifesta com sintomas de paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e  dilatação da pupila. 

A raiva em herbívoros tem sido notificada em todos os estados e já registra 50.944 casos de 1999 até julho de 2022. No ano de 2021, foram registrados no Brasil 661 casos de raiva, destes 642 em ruminantes. De acordo com os registros, 109 casos (17%) ocorreram em São Paulo, seguido por 92 (14,3%) em Minas Gerais e 65 (10,1%) no Paraná. Os demais estados apresentaram menos de 10% de casos.

 

Dentre os maiores riscos para a pecuária nacional incluem-se a perda direta de animais por se tratar de uma doença fatal, redução do ganho de peso dos animais devido às espoliações constantes por parte dos morcegos hematófagos, contato ou exposição dos trabalhadores com animais doentes, o que gera a busca por tratamento, acarretando afastamento do trabalho, assim como fatores psicossociais devido ao tratamento e aos óbitos de humanos.

As atividades de controle da raiva em herbívoros são coordenadas e supervisionadas pelo Mapa e executadas pelos Órgão Estaduais de Defesa Sanitária Animal. A vacinação contra a raiva nos animais é recomendada a partir de três meses de idade, reforço após 30 dias e a revacinação anual para o controle. 

Caso um herbívoro apresente sinais neurológicos, o Mapa orienta que o produtor entre em contato com o Órgão de Defesa Sanitária Animal de seu estado para notificar a suspeita e, assim, propiciar as ações de controle e vigilância da doença.

Saiba como notificar casos suspeitos e enviar as amostras para diagnóstico de Raiva: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 13 de Julho de 2022
Sistema CNA/Senar debate conectividade e inovação no campo
Sistema CNA/Senar debate conectividade e inovação no campo Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O coordenador de Inovação do Sistema CNA/Senar, Matheus Ferreira, participou de uma audiência pública, na terça (12), sobre a conectividade e inovação no meio rural. O debate foi promovido pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Matheus Ferreira fez uma apresentação sobre o avanço da tecnologia na agricultura brasileira e a relevância da conectividade para o setor rural. Dentre as principais tendências da inovação no agro, ele citou o uso de sensores e drones no campo, inteligência artificial, ciência e análise de dados, internet das coisas e realidade virtual.

“A conectividade no campo tem papel fundamental nos ganhos de produtividade e rentabilidade. Por isso, o setor precisa de investimentos, seja do setor público ou privado. A gente espera que, universalizando a internet no campo, um número maior de produtores tenha acesso aos benefícios”, disse.

De acordo com o Censo Agropecuário 2017, das mais de 5 milhões de propriedades rurais do Brasil, 72% não têm acesso à internet, o que representa uma área de quase 196 milhões de hectares. Desse total, 50% estão na região Nordeste e 91% são propriedades com até 100 hectares.

“A gente percebe que quanto menor a área, maior a deficiência de conectividade, o que muitas vezes está ligada à capacidade de investimento do produtor em contratar esse serviço. E apesar dos avanços no leilão do 5G e no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), ainda existe uma grande quantidade de produtores desconectados”, afirmou Matheus.

Segundo o coordenador de Inovação do Sistema CNA/Senar, para a conectividade avançar no campo são necessárias soluções amplas, seguras, acessíveis e estáveis de telecomunicação aos produtores; demandas de universalização de serviços de telecomunicações, produtividade, segurança pública rural, educação a distância (EaD), telemedicina, combate a incêndios e Nota Fiscal Eletrônica (N-Fe), além de defesa de um ambiente regulatório favorável.

 

Durante a audiência, Ferreira citou os cursos de educação profissional do Senar e as ações de capacitação do produtor e de profissionais que atuam no campo. São mais de 100 cursos na modalidade de educação a distância. Desde 2010, mais de um milhão de alunos já se matricularam em diversos cursos, como correção de acidez do solo, Negócio Certo Rural, fixação biológica de nitrogênio e proteção de nascentes.

O representante do Sistema CNA/Senar também citou a coleção de cartilhas e vídeos do Senar, que conta com conteúdos inovadores e tecnologias para apoiar a melhoria da produção, os cursos técnicos EaD disponíveis em 164 polos nas cinco regiões, e o atendimento da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que tem ajudado o produtor a aumentar sua produção de acordo com a adoção de tecnologias.

Ele falou ainda da plataforma Prover, que traz soluções para o uso de ferramentas digitais em propriedades rurais, auxiliando na tomada de decisão dos produtores, independentemente de sua localização no território brasileiro.

Ao auxiliar os produtores rurais a identificar provedores e planos disponíveis em seu município, as soluções em conectividade rural disponíveis na Prover permitirão conectar pessoas e “coisas” (IoT) no meio rural, atendendo demandas estratégicas das cadeias produtivas do Agro. 

Participaram da audiência pública parlamentares e representantes da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), dos ministérios da Agricultura e das Comunicações, da Conexis Brasil Digital, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Datora Telecom.

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Terça, 12 de Julho de 2022
Valor da Produção Agropecuária de 2022 está estimado em R$ 1,241 trilhão
Valor da Produção Agropecuária de 2022 está estimado em R$ 1,241 trilhão Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022, com base nas informações de junho, atinge R$ 1,241 trilhão, 1,6% acima do obtido em 2021. As lavouras, com faturamento de R$ 875,50 bilhões, foram as principais responsáveis pelo crescimento do VBP, e apresentaram crescimento real de 5,2%. Sua participação no VBP é de 70,0%, e a pecuária 30,0%.

A pecuária teve uma retração de 6,2%, e seu valor é de R$ 365,71 bilhões. Pode-se atribuir esta redução do valor da pecuária à queda dos preços internos que têm-se mostrado acentuada, principalmente para suínos, bovinos e frangos. 

O melhor desempenho do VBP ocorreu em soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Esses são os mais bem classificados entre os produtos analisados.

Os preços têm sido decisivos para esses resultados. Representam 59,4% do VBP total. A esses, somam-se outros, cujo destaque se deve à elevação do VBP, embora os valores absolutos não sejam tão expressivos. Este conjunto é representado por banana, batata-inglesa, feijão, tomate e trigo, que têm peso relevante no IPCA.

Um grupo pequeno de produtos, formado por arroz, cacau, laranja, uva e soja, teve retração do valor da produção, devido a preços mais baixos. Entretanto, para alguns desses, como soja e arroz, a redução se deve à seca, que atingiu Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul

Como tem sido mostrado em relatórios anteriores, o VBP regional é liderado por cinco estados: Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que contribuem com 63,0% do VBP nacional.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 12 de Julho de 2022
Campo Futuro realiza painéis em cinco estados
Campo Futuro realiza painéis em cinco estados Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Projeto Campo Futuro realizou painéis em cinco estados nesta semana: São Paulo, Pará, Sergipe, Paraná e Rio Grande do Sul. Foram levantados os custos de produção de quatro culturas: cana-de-açúcar, pecuária de corte, pecuária de leite e uva.

Os eventos foram realizados em parceria com as federações de agricultura estaduais e contaram com o apoio do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege) e do Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA).

Cana

Os painéis de cana aconteceram em Penápolis (SP), Assis (SP), Jacarezinho (PR), Araraquara (SP) e Cianorte (PR).

Em Penápolis, os produtores relataram alongamento do período de colheita da cana em função do atraso da moagem na atual safra. Dentre os insumos que apresentaram maiores elevações de preços em relação ao ano passado, encontram-se herbicidas para dessecação (glifosato - alta de 140%), fertilizantes (alta de 76%, na média) e diesel (+60%). O custo de formação dos canaviais subiu 35%, enquanto os tratos de cana soca cresceram cerca de 76%. Os insumos, principalmente fertilizantes, aumentaram sua participação na composição do custo de produção dos canaviais, em relação ao ciclo anterior.

Na região de Assis, o encontro ocorreu na sede da Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana da Média Sorocabana (Assocana). Em relação ao último levantamento realizado na praça, na safra 2016/2017, os dados atuais de produtividade média (84 t/ha) e qualidade da matéria-prima (130 kg de Açúcares Totais Recuperáveis/t) apresentaram incrementos na ordem de 5% e 4%, respectivamente. “De lá para cá, até então, o custo de formação do canavial subiu 79%, enquanto o valor despendido aos tratos de cana soca aumentou 240%. Já os custos de colheita variaram menos, com alta de 41%”, afirmou a assessora técnica da CNA, Eduarda Lee. Segundo dados prévios, os fertilizantes, seguido por mudas e inseticidas, compõem as maiores parcelas de gastos com insumos, sendo de 58%, 15% e 10%, seguindo a mesma ordem.

No Paraná, os produtores de Jacarezinho e Cambará, municípios distantes 20 km um do outro e com sistemas produtivos similares, também relataram elevações dos custos de produção, corroborados pelos dados observados. Os custos de formação de canavial, administrativo, tratos soca e colheita se elevaram na ordem de 44%, 35%, 90% e 18%, respectivamente. Dentre os insumos, os itens mais onerosos na região são fertilizantes, mudas e herbicidas. A produtividade média elevou 8%, enquanto a qualidade de matéria-prima sofreu queda de 5%, em relação ao último ciclo. Já a área de produção e o ciclo produtivo foram mantidos em 72 hectares e seis cortes.

Pecuária de corte

A reunião realizada em Paragominas (PA) analisou os custos de produção e resultados econômicos de uma propriedade modal que realiza ciclo completo (cria, recria e engorda de bovinos) com 5 mil hectares e 1,5 mil matrizes. “Com relação aos custos de produção, destacamos a alimentação, que representou 42,9% do custo operacional efetivo (COE)”, afirmou o assessor técnico da CNA, Rafael Ribeiro de Lima.

Pecuária de leite

O levantamento realizado na região de Nossa Senhora da Glória (SE) caracterizou uma propriedade modal de 30 hectares, com produção diária de 210 litros pela ordenha de 14 animais de linhagem mestiça Girolando. “Com produtividade média de 2.643 litros/ha/ano, a receita obtida pelo sistema delineado para a região foi capaz de remunerar os desembolsos e depreciações da atividade, considerada a remuneração do capital investido, a atividade passa a operar no vermelho” disse o assessor técnico da CNA, Guilherme Souza Dias. Mesmo assim, o resultado encontrado para a atividade leiteira foi 21% superior à atividade alternativa, caracterizada como arrendamento da propriedade para grãos.

Uva

O painel contou com a participação de produtores de uva e técnicos da região de Bento Gonçalves (RS). A propriedade modal definida tinha cultivados 3,5 hectares de uva Isabel – com produtividade média de 25 ton/ha – e 2,6 hectares de uva Merlot – com produtividade de 20 ton/ha. Encontro semelhante foi realizado na região em 2017, o que permite avaliar o histórico de elevação nos custos de produção. Na ocasião, os custos com fertilizantes representavam 5,6% dos Custos Operacionais Efetivos (COE) na produção de Isabel. Já no painel atual, tais insumos passaram a representar 10,3%. “Vale destacar que, para o cenário trabalhado, a relação de troca para a produção de uva Isabel foi de 55 ton/ha, já para a uva Merlot 31,5 ton/ha, montantes superiores à produção alcançada na propriedade”, declarou a assessora técnica da CNA, Letícia Barony Fonseca.

Assessoria de Comunicação CNA
Foto: Wenderson Araujo
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 12 de Julho de 2022
Congresso prorroga por 60 dias MP da tabela do frete rodoviário
Congresso prorroga por 60 dias MP da tabela do frete rodoviário Fonte: Agência Brasil

O Congresso Nacional prorrogou por mais 60 dias a vigência da Medida Provisória (MP) 1117/22 que alterou a regra para a atualização da tabela de preço do piso mínimo de frete rodoviário de carga. O ato foi publicado hoje (11) no Diário Oficial da União.

A medida provisória têm prazo de validade de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Caso não seja votada no prazo de 45 dias, entra em regime de urgência e tranca a pauta da casa legislativa em que estiver tramitando. Se ao final do período a MP não for votada, perde a validade.

A MP alterou o percentual de variação no preço do diesel para a correção dos valores da tabela de piso mínimo de frete, de 10% para 5%. Em síntese, o texto da MP define que sempre que houver uma variação no preço do diesel superior a 5% a tabela deve ser atualizada.

Elaborada em 2018, após a greve dos caminhoneiros, a legislação sobre a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas estabelece que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve publicar a tabela a cada seis meses, até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano, com os valores serão válidos de piso para o semestre.

O texto original previa ainda que a tabela deve ser atualizada sempre que houver oscilação no preço do produto igual ou superior a 10%, para mais ou para menos. Com a mudança introduzida pela MP, esse percentual foi reduzido para 5%.

Agora, sempre que ocorrer oscilação no preço do óleo diesel no mercado nacional superior a 5% em relação ao preço considerado na planilha de cálculos, a ANTT deve atualizar a tabela.

Ao publicar a MP, o governo federal justificou a decisão com o argumento de que a alteração visava dar sustentabilidade ao setor de transporte rodoviário de cargas, em especial aos caminhoneiros autônomos, "de modo a proporcionar uma remuneração justa e compatível com os custos da atividade".

Para a elaboração da tabela, além do preço do produto, também são considerados a quantidade de quilômetros rodados na realização de fretes, eixo carregado, consideradas as distâncias e as especificidades das cargas definidas, bem como planilha de cálculos utilizada para a obtenção dos respectivos pisos mínimos.

No dia 24 de junho, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou a nova tabela de piso mínimo de frete, com reajuste médio de 7,06% a 8,99%.

O último reajuste no preço do diesel foi anunciado pela Petrobras no dia 17 de junho. Na ocasião, a empresa reajustou em 14,2% o preço do diesel.

O reajuste ocorreu dois dias após a Câmara dos Deputados ter concluído a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis.

O projeto prevê a incidência da alíquota do ICMS para gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, produtos classificados como essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota do ICMS em um patamar máximo de 17% ou 18% (a depender da localidade), inferior a praticada pelos estados atualmente. O PLP também prevê a compensação da União às perdas de receita dos estados quando a perda de arrecadação ultrapassar 5%.

O texto também reduz a zero, até 31 de dezembro de 2022, as alíquotas de Cide-Combustíveis e a tributação de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a gasolina. O diesel e o gás de cozinha já têm esses tributos zerados.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Segunda, 11 de Julho de 2022
109ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio: “Para Onde Irão os Novilhos?"
109ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio: “Para Onde Irão os Novilhos? Fonte: SENAR-RS

Com dois dias de programação imersiva, entre 21 e 22 de julho, em Bagé, o Serviço de Aprendizagem Rural (Senar-RS) realiza evento “Para onde irão os novilhos?” em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). A 109ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio vai levar ao produtor rural informações técnicas para aprimorar a produção da carne bovina.

O encontro já soma um histórico de realização e roteiros pelo estado, com o objetivo de proporcionar a melhoria do sistema produtivo de recrio e terminação de novilhos, influenciando, consequentemente, na qualidade da carne.

Em 21 de julho, a programação segue o “Dia do Campo”: participantes visitarão quatro propriedades que são modelo no sistema de recrio e terminação na região. O segundo dia, 22 de julho, é marcado por um seminário de cinco palestras com pesquisadores e professores sobre temas como a redução da idade do abate, a integração lavoura-pecuária, a terminação a pasto o ano inteiro, redução de perdas e valor comercial. Além disso, o público presenciará uma mesa redonda entre produtores.

Fonte: SENAR-RS – Assessoria de Comunicação