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Quinta, 13 de Julho de 2023
Calendário de semeadura da soja no RS é pauta de reunião entre a Seapi e Mapa no RS
Calendário de semeadura da soja no RS é pauta de reunião entre a Seapi e Mapa no RS Fonte: Julia Chagas/Seapi

O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, se reuniu, nesta quarta-feira (12/7), com o superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no Rio Grande do Sul, José Cleber Dias de Souza. Entre os assuntos, o pedido para que o Ministério reveja o período do calendário semeadura da cultura da soja no Estado.

O período de 100 dias de vazio sanitário para a cultura da soja no Rio Grande do Sul ficou estabelecida de 3 de julho a 30 de setembro, conforme Portaria SDA nº 781, de 06 abril de 2023. O calendário semeadura, segundo a Portaria SDA nº 840, de 11 de julho de 2023, deve ser de 1º outubro a 8 de janeiro de 2024, com isso reduziu em 40 dias comparativamente ao estabelecido na Portaria que regrou o ciclo 2022/2023. Segundo alegam os representantes do setor produtivo, isto reduz a possibilidade de semeadura e inviabiliza a safrinha de soja, razões que sustentam o pedido para que o calendário de semeadura siga até o dia 18 de fevereiro.

“O vazio sanitário da soja está dentro do que já havia sido solicitado pela Secretaria da Agricultura anteriormente, porém reiteramos ao Mapa que façam uma reavaliação do calendário de semeadura para que possamos melhorar os prazos para o produtor rural, sem interferir e prejudicar na medida fitossanitária e enfrentamento da ferrugem asiática no Estado”, afirma o secretário Feltes, ao lado do secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena, que também acompanhou a reunião.

Segundo o diretor do Departamento de Defesa Vegetal (DDV), Ricardo Felicetti, a Secretaria já tinha o mesmo entendimento do setor em abril quando enviou ofício ao Mapa ressaltando para ser considerado o período de 18 de fevereiro como encerramento desse calendário de semeadura.

De acordo com o Superintendente, o assunto será avaliado no âmbito da SFA/RS e junto ao Departamento de Sanidade Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA: “Vamos analisar tecnicamente se há possibilidade de atender a solicitação de extensão sem que implique em descuidar da prevenção do combate à ferrugem”, ressalta Souza.

Quinta, 13 de Julho de 2023
Brasil deve produzir maior safra histórica de grãos no ciclo 2022/2023

O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 317,6 milhões de toneladas na safra 2022/2023, um crescimento de 16,5% ou 44,9 milhões de toneladas acima da safra 2021/22, consolidando as previsões anteriores como a maior já produzida no país. Os dados constam no 10º levantamento de grãos, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com a estimativa, esse resultado também é 0,6% superior ao divulgado em junho, decorrente, principalmente, do melhor desempenho das lavouras de milho segunda safra observado em campo neste último mês, e do crescimento da área semeada com o trigo, aliado às boas condições climáticas que vêm ocorrendo.

“O ajuste reforça a safra recorde brasileira”, ressalta o presidente da Conab, Edegar Pretto. “A agricultura brasileira vem demonstrando sua força e potencial para alcançar números cada vez mais elevados, com investimentos constantes que permitem aumentos de produtividade”.

De acordo com o boletim, a soja deverá atingir uma produção recorde, estimada em 154,6 milhões de toneladas, 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da ocorrida no ciclo passado. Já para o milho, a previsão é de 127,8 milhões de toneladas, incluindo as três safras, chegando a 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima da cultivada em 2021/22. “Observamos um avanço mais lento na área colhida do milho segunda safra, que já era esperado, devido ao atraso no plantio e colheita da soja em diversas regiões, e à diminuição das temperaturas durante a maturação dos grãos”, explica o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos. “Mesmo assim, o cenário continua extremamente positivo para a produção do cereal”.

Outras culturas, como o algodão, feijão e sorgo, seguiram o movimento de alta e apresentaram percentuais de aumento na produção. Já o arroz e alguns cultivos de inverno, como aveia, centeio e trigo, apontam para redução no volume produzido, em comparação com a safra anterior.

Com relação à área, esse levantamento aponta ainda uma estimativa de 78,2 milhões de hectares, 4,9% ou 3,7 milhões de hectares superior à semeada em 2021/22. Os maiores incrementos são observados na soja, com 2,6 milhões de hectares (6,2%), no milho, com 576 mil hectares (2,7%), e no trigo, com 343,4 mil hectares (11,1%).

Mercado – O aumento da produção brasileira, alinhada à maior demanda internacional, deve elevar o volume de exportações de milho em 2023. Com a projeção de demanda externa aquecida, estima-se que 48 milhões de toneladas do cereal sairão do país. Para o estoque interno também há previsão de aumento de 27,6% ao fim deste ano-safra, chegando a 10,3 milhões de toneladas.

Com relação à soja, o boletim aponta que as exportações continuam estimadas em 95,64 milhões de toneladas, um aumento percentual de 21,5% comparada à safra anterior. Neste levantamento, a Conab ajustou os números de esmagamentos da oleaginosa, de 52,29 milhões de toneladas para 52,82 milhões de toneladas, em decorrência do aumento na produção de biodiesel. Assim, os estoques finais antes estimados em 7,51 milhões de toneladas, passaram para 7,43 milhões de toneladas.

Clique aqui e acesse os arquivos com informações do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023.

Fonte: Conab

Quinta, 13 de Julho de 2023
CPI das Invasões de Terras aprova 21 requerimentos em última sessão antes do recesso
CPI das Invasões de Terras aprova 21 requerimentos em última sessão antes do recesso Fonte: Agência FPA

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos de invasão de terras no país, aprovou, nesta quarta-feira (12), os convites a Marcelo Werner, secretário de Segurança Pública da Bahia, e ao coronel Paulo José Reis de Azevedo, comandante da PM da Bahia. O estado foi um dos principais alvos das invasões desde janeiro deste ano.

Também foi aprovada a convocação de João Henrique Bernardes, auditor da CGU, e o pedido de informações a Suzano sobre as invasões na Bahia e ao Banco Central, sobre o LeftBank – instituição financeira ligada a ações do MST. Nesta terça-feira (11), os parlamentares da CPI requisitaram o convite do general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do GSI – a análise da convocação do general será analisada após o recesso parlamentar.

Durante o debate, o presidente da comissão, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) destacou que o número de invasões do MST, sob o governo Lula, despencou após a instalação da CPI. Apenas um ato ocorreu desde o início dos trabalhos do colegiado. Entre janeiro e maio deste ano, foram registradas 56 ocupações.

“Estamos conversando e dialogando com todos os parlamentares, sabemos que têm inúmeras famílias querendo produzir e por essas iremos lutar, por uma Reforma Agrária descente”.

Zucco afirmou que na volta do recesso parlamentar, no mês de agosto, o foco dos trabalhos na comissão será em apurar crimes como extorsão, invasão de terra, agressão e trabalho análogo a escravidão.

“Não é batendo boca que vamos resolver a solução da agricultura do pequeno, médio e grande produtor. Que essa CPI possa continuar entre agosto e setembro para que não tenhamos mais invasões e que as titulações possam acontecer sem precisar invadir e sem sair da democracia”, enfatizou o parlamentar.

Vice-presidente da CPI, o deputado Kim Kataguiri (UNIÃO-SP) ressaltou que a comissão valoriza a agricultura familiar e o trabalho é atuar contra crimes.

“Não há ninguém contra a Reforma Agrária, o que está sendo discutido é a necessidade de dar dignidade para que a pessoa possa plantar o seu próprio cultivo na sua terra. Ou seja, não foram dadas condições mínimas para a pessoa se manter naquela terra”, declarou Kim Kataguiri.

O deputado, que é membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou ainda que a comissão recebeu denúncias de extorsão contra lideranças de movimentos sem-terra, que invadiram propriedades produtivas privadas, principalmente no Estado de São Paulo.

“Esse é um debate que vamos ter nessa comissão em agosto para mostrar que de defesa da Reforma Agrária e dos mais vulneráveis, esse movimento não tem nada,” completou.

A próxima reunião extraordinária está marcada para o dia 1° de agosto, às 10h.

Fonte: Agência FPA

Quinta, 13 de Julho de 2023
Afubra participa de audiência com ministro da Agricultura
Afubra participa de audiência com ministro da Agricultura Fonte: Lanna Silveira/Gab.Dep.Heitor Schuch

O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, acompanhado pelo secretário da entidade e também presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, participou na quarta-feira, dia 12 de julho, de uma audiência com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em Brasília. A pauta, a 10ª Conferência das Partes (COP 10), da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que ocorre em novembro, no Panamá.

O presidente da Afubra, ao levar números e dados referentes aos fumicultores, destacou a importância do setor para os 491 municípios produtores de tabaco nos três estados do Sul do Brasil. “A produção de tabaco tem relevância econômica, social e ambiental, não só para os produtores, mas também para toda a sociedade gaúcha, catarinense e paranaense, bem como para todo o Brasil. É uma cadeia organizada e que traz divisas consideráveis aos cofres públicos”, destacou Werner, ao solicitar ao ministro Fávaro sua participação nas definições da posição do Brasil na COP 10.

O encontro em Brasília foi marcado pelo deputado federal Heitor Schuch e, além da Afubra e Câmara Setorial, contou com a participação do presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva; do presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke; do diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Giuseppe Lobo; do secretário executivo da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (AmproTabaco), Guido Hoff; e da prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany.

VICE-PRESIDENTE – No dia 20 de junho, o presidente da Afubra já havia cumprido agenda em Brasília, também marcada pelo deputado federal Heitor Schuch, presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar e da Comissão de Indústria e Comércio da Câmara. Além de encontro com a diretoria da Frente, Werner e integrantes da cadeia produtiva do tabaco foram recebidos pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Os encontros visam levar informações sobre o setor e a necessidade de definições claras sobre a posição do Brasil para a COP 10.

Fonte: Afubra

Quarta, 12 de Julho de 2023
Mosaico do Agronegócio discutirá tecnologia, inovação, mercado, sustentabilidade, pessoas e gestão
Mosaico do Agronegócio discutirá tecnologia, inovação, mercado, sustentabilidade, pessoas e gestão Fonte: Senar RS

Para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), o ano de 2023 representa mais um passo na concretização de grandes eventos que visam disseminar conhecimentos aos profissionais e trabalhadores do campo. Por isso, entre os dias 19 e 21 de julho, ocorre a 5ª edição do Mosaico do Agronegócio, no Centro de Eventos do Wish Serrano Resort, em Gramado (RS). As inscrições gratuitas estão abertas até 18 de julho.

Essa será a primeira vez que a instituição assume a realização do maior encontro de agricultores e pecuaristas do Sul do Brasil. “Adotamos a marca e pretendemos garantir que a ação deste ano fortaleça a associação entre eventos de qualidade e o Senar-RS”, afirma o Superintendente Eduardo Condorelli. Ele também diz que o evento estará ainda mais relacionado às necessidades e à realidade do meio rural gaúcho, contribuindo para a consolidação de um público diversificado.

Mais de 500 participantes são esperados nos três dias de evento. Segundo o Superintendente, o momento atual da agropecuária gaúcha deve impactar esses resultados. “Passamos por uma das maiores secas da história no estado. Isso faz com que produtores rurais, especialmente aqueles que se entendem como empresários do campo, precisem estar cercados de conhecimentos que permitam que seus negócios resistam às variações na atividade rural”, explica Condorelli.

 

Novidades e programação

Com o objetivo de fomentar os sistemas integrados de produção agropecuária, o Mosaico do Agronegócio visa promover um fórum de discussões de alto nível. Além de incentivar debates sobre inovação e boas práticas para a melhoria dos sistemas de produção, a missão do evento também é proporcionar uma rede especializada de networking na área. Produtores rurais, técnicos, lideranças do setor e pesquisadores são convidados a trocar experiências e informações para discutir a intensificação sustentável a partir da integração das ferramentas tecnológicas.

Neste ano, a programação envolve sete palestras e três painéis de debates: Tecnologia e Inovação; Mercado e Sustentabilidade; e Pessoas e Gestão.

No primeiro dia, 19 de julho, a abertura oficial inicia às 15h30. Em seguida, às 16h, Arthur Bender estará à frente da palestra inaugural sobre inovação, crescimento e marca pessoal. O palestrante é escritor, mentor, criador do conceito de Personal Branding e especialista em posicionamento de marcas. Após, o músico Ernesto Fagundes subirá ao palco, às 18h30, para apresentação artística.

O segundo dia, 20 de julho, será marcado por uma manhã de palestras com nomes relevantes do mercado. Às 9h, a consultora em sucessão e governança familiar Mariely Biff falará sobre como preparar as pessoas para gerenciar empresas e pessoas. Enriquecendo o papo, Paulo Pianez, economista e diretor de sustentabilidade e comunicação da Marfrig, discutirá, às 10h, como construir uma trilha de sustentabilidade entre produtor, indústria, varejo e consumidor. Às 11h, será a vez de Paulo Herrmann, engenheiro agrícola e Ex-Presidente da John Deere Brasil, abordar a conjuntura, tendências, desafios e oportunidades para o agro brasileiro.

No turno da tarde, em 20 de julho, serão debatidos os painéis temáticos. O primeiro painel, de Tecnologia e Inovação, terá a presença de nomes como Eduardo Condorelli, Superintendente do Senar-RS, e Sérgio Santos, Diretor Geral na América do Sul da TeeJet Technologies, além de produtores convidados para mostrar cases de sucesso em propriedades de São Gabriel (RS) e Cristal (RS). 

Depois, o painel de Mercado e Sustentabilidade trará um bate-papo entre a Secretária de Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) Marjorie Kauffmann, o Assessor Técnico Sênior da Coordenação de Sustentabilidade na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus de Brito, e o produtor Miguel Francisco Lopes de Almeida Guedes, da Fazenda São Miguel, em Mostardas (RS). A mediação é do Diretor de Negócios e Sustentabilidade da SIA Brasil, Davi Teixeira.

O último painel do dia aborda o assunto Pessoas e Gestão, com mediação da Gerente de RH da SIA Brasil, Débora Garcia. A conversa será guiada por Juliana Krupp, da Impacto Consultoria de Negócios Ltda; Lauro Ribeiro, Diretor Financeiro e Comercial da Agropecuária Canoa Mirim, em Santa Vitória do Palmar (RS); e Cleto Webler, produtor da cidade de Sapezal (MT).

Em 21 de julho, o Mosaico encerra suas atividades às 13h, depois de uma manhã focada em três palestras técnicas. Às 9h, Gustavo Ermel, sócio-diretor da SPR Comunicação, trará um questionamento: “Como eu posso me importar com aquilo que não conheço?”. O vice-presidente da Farsul Domingos Velho Lopes também estará presente, às 10h, para elucidar os desafios do setor produtivo frente à Economia Verde e aos compromissos internacionais. Por fim, às 11h, o engenheiro agrônomo e fundador da Markestrat e da plataforma Doutor Agro, Marcos Fava Neves, fechará a rodada de palestras ao mostrar como construir valor no agro. 

 

Inscrições gratuitas 

A programação completa do Mosaico do Agronegócio está disponível no site oficial do evento (www.mosaicodoagronegocio.com.br), onde interessados em participar devem se inscrever até o dia 18 de julho (próxima terça-feira). A participação é gratuita ao público.

A ausência de taxas de inscrição já é uma característica conhecida nas atividades do Senar-RS, que não realiza cobranças para o ingresso em eventos técnicos. “As pessoas que quiserem dedicar seu tempo para estar conosco não precisarão desembolsar nenhum recurso financeiro. Temos aqui um grande indicador de facilidade para a participação”, reforça Condorelli.

 

Serviço: Mosaico do Agronegócio 

Quando: 19 a 21 de julho

Onde: Centro de Eventos Wish Serrano (Avenida das Hortênsias, 1.480, Gramado-RS)

Quanto: gratuito 

Inscrições: https://www.mosaicodoagronegocio.com.br/

Fonte: Senar/RS

Quarta, 12 de Julho de 2023
Presidente da Comissão de Agricultura da Câmara analisa atuação do colegiado no 1° semestre
Presidente da Comissão de Agricultura da Câmara analisa atuação do colegiado no 1° semestre Fonte: Agência FPA

O setor agropecuário se relaciona com diversos temas e inúmeros segmentos, graças a uma cadeia produtiva extensa e que atende, historicamente, a diferentes interessados. Seja na infraestrutura e logística, saúde, segurança alimentar e jurídica, direito de propriedade, entre outros. Na Câmara dos Deputados, as pautas também seguem essa multiplicidade temática, entretanto, é inegável que na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CAPADR), o setor é ainda mais contemplado.

Presidida desde o dia 15 de março de 2023 pelo deputado federal e membro da Frente Parlamentar da Agropecuária, Tião Medeiros (PP-PR), a CAPADR teve nos primeiros seis meses deste ano a responsabilidade de dar continuidade às matérias que já aguardavam análise. Essa foi, inclusive, uma promessa do próprio parlamentar, que enxergou a necessidade de honrar os compromissos com os produtores rurais que já aguardavam a continuação dos projetos parados na Comissão.

“Sei bem que o produtor rural faz o seu papel da porteira para dentro com uma excelência sem igual. Similarmente, é uma obrigação nossa, do setor público, permitir que o trabalhador continue produzindo cada dia mais e melhor”, explica o deputado. 

Tião Medeiros ressalta que estar na presidência da Comissão de Agricultura é um desafio diário, que envolve cuidar de temas sensíveis, mas que são o esteio para manter o setor como referência mundial. “O agro brasileiro é um protagonista e esse posto ninguém tira mais de nós. Mas isso acontece porque há transparência no diálogo e enfrentamento de assuntos como, por exemplo, as invasões de terras”.

O tema citado por Medeiros se somou a outros que renderam debates e audiências públicas dentro do colegiado. Foi o caso do Plano Safra, marco temporal da demarcação de terras indígenas, pagamentos por serviços ambientais e sessão sobre o cultivo de tabaco. Além das convocações de ministros de Estado para questionamentos que envolviam o setor produtivo, como a audiência com Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, André de Paula, ministro da Pesca e Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário. 

“É algo natural, até para que eles pudessem falar sobre os planos, desafios e como enfrentar os problemas dos ministérios que se relacionam com o agro. Essa troca entre eles e os parlamentares somaram muito no andamento dos trabalhos e na apreciação de temas tão relevantes, que aqui contemplaram desde o agricultor familiar ao médio e grande produtor. O Plano Safra, por exemplo, recebeu ótimas sugestões em nossa Comissão”, contextualiza Tião Medeiros.

Homenagem à Embrapa

Outro momento de destaque dentro da Comissão, de acordo com o presidente Tião Medeiros, foi a homenagem à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, que em 2023 chegou ao cinquentenário. O parlamentar ressaltou que a instituição é um alicerce do desenvolvimento constante do setor produtivo e auxiliou o agro a alcançar o protagonismo internacional.

“Nos orgulhamos como brasileiros por ter a Embrapa. As pesquisas e soluções encontradas durante esses 50 anos são o símbolo do sucesso do setor produtivo. Homenageá-la é homenagear cada produtor rural e cada cidadão dedicado ao seu trabalho”, enaltece o parlamentar.

Subcomissões

Houve, ainda, a criação de duas subcomissões permanentes. Elas são destinadas a acompanhar temas específicos e que necessitam de debates. Foram os casos da SUBLEITE e da SUBAFAM, designadas para avaliar e propor medidas sobre a produção de leite no mercado nacional e no acompanhamento de projetos e ações que visam beneficiar a Agricultura Familiar, respectivamente.

Expectativas para o 2º semestre

Para o deputado Tião Medeiros a continuidade do trabalho será na mesma intensidade dos primeiros seis meses. Segundo ele, as lutas que têm impacto direto no agro brasileiro são diárias e o trabalho necessita de atenção em todos os detalhes.

“Nos próximos meses tudo isso vai se intensificar. Discussões de projetos de lei, requerimentos, muitas ações. Tudo que impacta o setor é da nossa responsabilidade e estaremos aqui firmes e fortes para lutar pelo agro brasileiro”, concluiu o presidente da CAPADR.

Fonte: Agência FPA

Quarta, 12 de Julho de 2023
CPI das invasões de terra retoma sessões com convocação de ex-ministro do GSI
CPI das invasões de terra retoma sessões com convocação de ex-ministro do GSI Fonte: Lula Marques/Agência Brasil

Após uma pausa de 20 dias nos trabalhos, a CPI que investiga as invasões de terras no Brasil, presidida pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) votou e aprovou, nesta terça-feira (11), requerimento para ouvir o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, que ocupou o cargo nos primeiros meses da gestão do presidente Lula (PT). Também foi aprovado o pedido de intimação do vice-presidente da Suzano Papel e Celulose, Luís Bueno.

De acordo com o autor do requerimento e relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), o objetivo da convocação do general é para esclarecer as ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no monitoramento de invasões de terras ocorridas entre janeiro e março deste ano.

“Urge a necessidade de termos conhecimento das atividades de inteligência desempenhadas pela Abin, tais como monitoramento das atividades de invasão de terra, articulação do SISBIN e análise das informações de inteligência produzidas por órgãos de inteligência federais e estaduais”, afirmou Salles.

Além de Gonçalves Dias, a comissão também analisaria a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, mas o pedido foi retirado da pauta. Essa é a segunda vez que opositores à CPI atuam para evitar a convocação do ministro. Porém, existe a previsão de que o requerimento seja votado na volta do recesso parlamentar, em agosto.

O deputado, e membro da FPA, Lucas Redecker analisou o receio de alguns membros da CPI em relação à convocação do ministro Rui Costa. “Isso demonstra que há alguma coisa muito importante ou que gera muito medo na esquerda”.

Durante a reunião, também foi aprovada a convocação do vice-presidente da Suzano Papel e Celulose, Luís Bueno, empresa que teve uma propriedade invadida em Aracruz, no Espírito Santo. “Nós estamos falando do convite de uma vítima. É importante para elas mostrarem para esta CPI o dano causado por esta invasão criminosa cometida”.

Até o momento, dos 286 requerimentos apresentados durante as reuniões da CPI das Invasões de Terras, 207 estão pendentes de análise. Desde o início da comissão, o colegiado se concentrou em ouvir lideranças do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ex-integrantes do MST e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

A próxima reunião da CPI está agendada para amanhã (12), às 9h, para análise de mais 21 requerimentos apresentados pelos membros da CPI. 

Invasões de terra despencam desde a instalação da CPI 

No decorrer dos trabalhos da CPI, liderada por membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), foi observado uma queda significativa no número de invasões. Levantamento produzido pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontou que, desde a instalação da comissão, apenas uma invasão de terra foi registrada. 

Segundo o estudo, de janeiro a junho de 2023, primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram registradas 56 invasões de terras no Brasil. O número é muito próximo ao total de invasões registradas no governo anterior (62).

Fonte: Agência FPA

Quarta, 12 de Julho de 2023
Crescimento do agro impulsiona renda e aumento populacional em estados produtores
Crescimento do agro impulsiona renda e aumento populacional em estados produtores Fonte: Divulgação Agência FPA

Nos últimos anos, a agropecuária e sua cadeia têm transformado a cultura e as cidades no Brasil, com a elevação da renda e diminuição da desigualdade nos principais estados agrícolas. Estudo apresentado pela FGV Social demonstra que a renda média per capita do trabalho no setor agropecuário, no Centro-Oeste, por exemplo, é a maior do país.

Em relação à desigualdade, o índice de Gini (de 0 a 1; quanto menor, melhor), apontou o Centro-Oeste como a segunda região menos desigual (0,57), só atrás da região Sul (0,54), também com protagonismo na produção agrícola há muitas décadas. Ambos estão melhores que Sudeste (0,59), mais rico, Norte (0,61) e Nordeste (0,67).

Hoje, 25% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro vêm da cadeia de toda a agropecuária nacional (que engloba agropecuária, agroindústria, insumos, distribuição e outros serviços). No primeiro trimestre de 2023, o setor apresentou um crescimento de 21,6% em relação ao ano anterior e puxou o crescimento de 1,9% do PIB no período.

Segundo o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (MDB-PR), os números apenas confirmam o valor do campo para o Brasil. “É comprovada, mais uma vez, toda a eficiência, desenvolvimento e produtividade da nossa agropecuária, que tem levado cada vez mais geração de renda e oportunidade para o campo.”

Lupion considera o resultado fruto de anos de empenho e dedicação de todo o setor e cobra que o agro seja visto com a grandeza que representa para o país. “Somos 1/3 do PIB, mais de 30% dos empregos do nosso país, 52% da nossa balança comercial”.

Vice-presidente da FPA no Senado, o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), destaca que defender o agro é defender o Brasil. “No Senado, temos uma frente de batalha que não é tão fácil, mas aos poucos vamos conseguindo convencer a respeito da importância em destravar os gargalos”.

No último Censo do IBGE, o Centro-Oeste voltou a ser destaque, com aumento populacional de 1,23%, seguido da região Norte do país, que cresceu 0,75% – áreas com forte produção agrícola -, e que apresentaram crescimento no número de habitantes maior do que a média nacional (0,52%).

O agronegócio emprega diretamente 18 milhões de pessoas – 20% dos brasileiros. Para a senadora Tereza Cristina (PP-MS), o último Censo do IBGE indicou que a pujança do agronegócio não é algo conjuntural e consolidou-se na última década, sobretudo no Centro-Oeste, que registrou crescimento populacional acima da média, além de cidades com alta renda per capita.

“O agro é o motor da economia brasileira. Com segurança jurídica e políticas públicas que não atrapalhem o desempenho do setor, a agropecuária vai continuar contribuindo de maneira significativa para o crescimento do Brasil,” disse.

O presidente da Comissão de Agricultura na Câmara (CAPADR), deputado Tião Medeiros (PP-PR), destaca que o agronegócio brasileiro dá oportunidade e oferece as pessoas, principalmente do interior do Brasil, desenvolvimento e tecnologia para produzir.

“Hoje o setor já alcança praticamente 25% do PIB brasileiro, mais do que isso, o setor agropecuário é um fator de desenvolvimento social, por isso ele ganha importância e é colocado no lugar onde sempre deveria estar, no lugar de estratégia nacional. Uma cadeia produtiva respeitada que merece todo suporte e apoio.”

Ex-presidente da FPA, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) reforça que o impacto do agro no PIB brasileiro demonstra que o setor é o grande pilar da economia. “Não se trata de uma pauta ideológica, mas de um interesse de Estado e que requer todas as condições necessárias para elevar a sua capacidade de produção.”

Fonte: Agência FPA

Quarta, 12 de Julho de 2023
Emater/RS-Ascar de Cristal incentiva reservação de água na propriedade rural
Emater/RS-Ascar de Cristal incentiva reservação de água na propriedade rural Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional Porto Alegre

As propriedades rurais no Rio Grande do Sul vêm enfrentando períodos de seca e estiagem, que trazem prejuízos, não só econômicos, mas também socioambientais. Neste ano, até o mês de março, 379 dos 497 municípios gaúchos estavam sob Decreto de Situação de Emergência, segundo dados da Defesa Civil.

Frente a essa situação, uma das principais estratégias de enfrentamento à escassez hídrica consiste na reserva e armazenagem de água nas propriedades, seja para dessedentação animal, irrigação ou produção agropecuária em geral. O dimensionamento e a construção de microaçudes, através de projetos elaborados pela Emater/RS-Ascar e com recursos do Governo do Estado, vêm auxiliando nesse enfrentamento à escassez de chuvas em diversas propriedades do Estado. Um exemplo são os microaçudes construídos em 2018 no município de Cristal, que estão sendo utilizados para irrigação de lavouras de pepino, milho e fumo, bem como para os animais.

De 2018 até hoje, outros microaçudes foram construídos no município com suporte técnico da Emater/RS-Ascar e parceria com a Prefeitura, sem custos para o agricultor. Além dos microaçudes, está iniciando a construção de reservatórios, cujos projetos foram encaminhados através do Programa Avançar, do Governo do Estado.

A elaboração de projetos pela Emater/RS-Ascar, com orientação e acompanhamento técnico, como de construção de reservatórios, envolvem uma adequada proporção entre volume de terra escavada, material para o aterro e volume de água armazenada, bem como correta escolha do local, tipo de material disponível, orientação na decapagem do terreno, impermeabilização e demais questões técnica que auxiliam no melhor resultado, evitando açudes com infiltração, baixo volume de armazenamento, aterros desnivelados e com desmoronamento, entre outros problemas, que acabam gerando danos econômicos e ambientais.

?A partir dessas orientações, esperamos um aumento progressivo na capacidade de armazenamento de água nas propriedades rurais gaúchas?, avalia a extensionista Ana Paula Jeske, ao citar, como vantagens, maior tranquilidade ao agricultor no manejo das suas atividades agropecuárias nos períodos em que o regime hídrico é insuficiente para irrigação natural, garantindo assim água em quantidade e qualidade para os animais.


Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional Porto Alegre

Quarta, 12 de Julho de 2023
Emater/RS-Ascar reúne gestores para dar início ao Processo de Planejamento Plurianual
Emater/RS-Ascar reúne gestores para dar início ao Processo de Planejamento Plurianual Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Soledade

Entre os dias 11 e 13 de julho, em Santa Cruz do Sul, a Emater/RS-Ascar reuniu a diretoria da Instituição, gerentes estaduais e regionais, supervisores microrregionais, coordenadores de núcleo e assessores para dar início ao processo de Planejamento Plurianual para o período 2024/2027. Foram abordados assuntos referentes ao contrato com o Governo do Estado por meio das secretarias estaduais de Desenvolvimento Rural (SDR) e de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e também com as prefeituras.

Na terça-feira (11/07), primeiro dia de atividades, a representante da Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão, Luciana Gianluppi, falou sobre o Mapa Estratégico do Governo do Estado e o Plano Plurianual 2024/2027 setorial Agricultura e Pecuária.

A presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar, Mara Saalfeld, destaca a importância do planejamento para a Instituição. "O planejamento sempre foi uma máxima na Extensão Rural. Nós temos todo o cuidado de fazer um planejamento escutando o campo, os agricultores, os conselhos de desenvolvimento, as prefeituras e o que o Governo do Estado tem como plano plurianual. Juntando isso, temos o planejamento da Emater que nos dá a diretriz para onde temos que ir, o que é importante para atingir as metas tanto de interesse dos municípios quanto do Estado. E é isso que estamos fazendo aqui, trabalhando focados no planejamento para entregar, cada vez mais resultados para a população gaúcha".

O diretor técnico Claudinei Baldissera frisa que, além do planejamento plurianual, também se dará início ao planejamento das ações para o ano de 2024. "Esse é o momento de planejar e estabelecer estratégias que estejam sincronizadas com as grandes entregas dos produtos e das ações que a Emater se compromete tanto com os municípios quanto com o Estado do Rio Grande do Sul e as ações vinculadas às políticas públicas do Governo Federal e que são voltadas aos públicos que a Emater assessora em todo o Estado. Estar reunidos presencialmente é muito significativo e estabelece a forma que a Emater tem de trabalhar, que é estar presente tanto no planejar quanto ao assessorar e estar presente nas propriedades rurais".

O diretor administrativo Alexandre Durans ressaltou a importância do trabalho da Instituição na realização de políticas públicas. "O Governo do Estado sabe que a mudança da sociedade e a efetividade de qualquer política pública acontece nos municípios. E a Emater é a Instituição que leva as políticas públicas para os municípios, que faz a mediação do meio rural com o governo. Hoje precisamos colocar as ideias, discutir, identificar os problemas e criar iniciativas para resolver as dificuldades".

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Soledade