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Sexta, 14 de Julho de 2023
CNA pede suplementação de R$ 1 bi para o seguro rural em 2023
CNA pede suplementação de R$ 1 bi para o seguro rural em 2023 Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil solicitou, por meio de ofício, a liberação de R$ 1 bilhão para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), em 2023, além do R$ 1,06 bilhão que já está previsto para esse ano. A CNA também pede a garantia de aprovação dos R$ 3 bilhões no orçamento anual de 2024.

O documento assinado pelo presidente da CNA, João Martins, foi encaminhado, na quinta (13), aos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Na solicitação, João Martins justificou o pedido de suplementação orçamentária diante da importância do programa para mitigar os riscos enfrentados pelos produtores rurais e incentivar a contratação de seguros agrícolas. Além disso, o volume de recursos alocados para o PSR não tem sido suficiente para atender à demanda crescente e aos desafios enfrentados pelo setor.

De acordo com o ofício, a intensidade de eventos climáticos enfrentados pelos produtores rurais, nos últimos anos realça a importância do seguro rural na manutenção da agropecuária brasileira e na redução de renegociações de dívidas. Em 2022, as seguradoras pagaram mais de R$ 10 bilhões em indenizações.

A entidade explicou que, em 2021, com o orçamento de R$ 1,15 bilhão, foram segurados mais de 14 milhões de hectares. Já em 2022, com R$ 1,09 bilhão, apenas 7,13 milhões de hectares foram segurados devido ao cenário de elevação de custos e alta sinistralidade. Entre os dois períodos, houve uma redução de 35% no número de produtores que acessaram a política pública.

Ainda no ofício, a CNA diz que reconhece as dificuldades enfrentadas com o orçamento e o esforço que o Governo Federal tem feito para garantir recursos ao setor agropecuário. Entretanto, a aprovação e a liberação de mais R$ 1 bilhão, ainda em 2023, e a previsibilidade de um orçamento suficiente para 2024 são imprescindíveis e urgentes para garantir aos produtores a sua produção segurada, preservando assim a segurança alimentar da sociedade brasileira e mundial.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Sexta, 14 de Julho de 2023
Trigo mantém boa germinação nas lavouras gaúchas
Trigo mantém boa germinação nas lavouras gaúchas Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Segue em desenvolvimento o trigo no Rio Grande do Sul. Com uma área a ser cultivada na Safra de inverno 2023 estimada em 1.505.704 hectares, a cultura do trigo encontra-se em fase de implantação e atingiu 88% da área projetada. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (13/07), as lavouras continuam apresentando excelente germinação, emergência uniforme e rápido estabelecimento inicial. Contudo, devido à ocorrência de temperaturas mais elevadas do que o usual para o período, as plantas de trigo seguem em crescimento acelerado, caracterizado por folhas e colmos mais finos, o que tem ocasionado casos pontuais de tombamento de plantas nos locais onde houve sobreposição na semeadura.

Em relação à fitossanidade, é possível observar, em razão das temperaturas mais elevadas, da nebulosidade, de alta umidade relativa e dos longos períodos de orvalho nas folhas, o início da incidência de doenças foliares nas lavouras que se encontram em estágio de perfilhamento, particularmente em áreas onde houve repetição do cultivo de trigo.

A aveia branca, outra cultura de inverno, encontra-se em estágio final de implantação. Foram semeadas 98% das lavouras previstas, e a conclusão total foi adiada em razão das adversidades climáticas relacionadas às chuvas. Entretanto, as lavouras implantadas apresentam desenvolvimento adequado e se encontram nas seguintes fases: 91% em desenvolvimento vegetativo e perfilhamento, 6% estão em floração, e 3% estão em enchimento de grãos.

Na canola, a semeadura foi finalizada e as lavouras estão em diferentes estágios de desenvolvimento. Cerca de 85% das plantações encontram-se em desenvolvimento vegetativo, 12% estão em estágio de floração e 3% estão na etapa de enchimento de grãos. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, o plantio da safra foi concluído e no momento 74% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 22% em floração e 4% já estão em formação e enchimento dos grãos.

A implantação da cultura da cevada alcançou 95% da área de cultivo projetada para esta safra, que é de 35.899 hectares. Na região de Erechim, onde está a maior área cultivada com o cereal no Estado, o processo de semeadura foi concluído, e as lavouras apresentam estabelecimento inicial adequado.

PASTAGENS - As pastagens cultivadas de aveia e azevém estão se desenvolvendo bem e oferecem boa quantidade de forragem, mas o excesso de umidade tem causado a degradação devido ao pisoteio dos animais, especialmente em áreas com solo descoberto. O manejo da adubação também está sendo afetado, já que o solo molhado dificulta a entrada de maquinário. O crescimento das áreas de campo nativo está reduzido, mas ainda há quantidade razoável de forragem.


Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Sexta, 14 de Julho de 2023
Ministro Fávaro sugere debate mundial sobre crises sanitárias
Ministro Fávaro sugere debate mundial sobre crises sanitárias Fonte: Divulgação Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu uma discussão mundial sobre crises sanitárias envolvendo produtos de origem animal. Segundo o ministro, o debate deveria ocorrer no âmbito da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como forma de se evitar um colapso no abastecimento.

“Hoje o protocolo é muito rígido e até perigoso para a garantia de suprimento da carne de frango para o mundo. Aqui no Brasil, por exemplo, se ocorrer a gripe aviária em uma granja comercial no Amazonas, desliga a chave e todo o sistema está fechado”, afirmou. 

Para Fávaro, as regras internacionais em vigor favorecem um colapso interno e também internacional, já que o Brasil é um dos quatro países que ainda não foram afetados pela ocorrência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em granjas comerciais – os outros três são Paraguai, Austrália e Nova Zelândia. Essa discussão sobre as crises sanitárias, de acordo com o ministro, deveria incluir temas como a regionalização do embargo e a viabilidade ou não da vacinação. 

Quanto às medidas de enfrentamento à IAAP, o ministro destaca que o Brasil tem “um grande sistema de defesa agropecuária, transversal e eficiente”, mas é importante que, assim como o governo federal, estados e municípios reforcem o alerta para combater a doença. 

Não há registro de focos em aves comerciais e a população pode consumir frango e ovos com tranquilidade.

Fonte: Mapa

Sexta, 14 de Julho de 2023
Projeto isenta de IR ganhos obtidos por agricultor familiar com serviços de turismo rural
Projeto isenta de IR ganhos obtidos por agricultor familiar com serviços de turismo rural Fonte: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 694/23, em tramitação na Câmara, isenta do Imposto de Renda (IR) os valores recebidos por agricultores familiares pela exploração de serviços de agroturismo. Segundo a proposta, o teto anual para a isenção toma por base o limite definido pela Lei Complementar 123/06 para o enquadramento como Microempreendedor Individual (MEI), estabelecido atualmente em R$ 81 mil por ano. O texto altera a Lei 7.713/98, que regulamenta o IR.

O autor da proposta, deputado Marx Beltrão (PP-AL), explica que o agroturismo ou turismo rural vende serviços relacionados ao modo de vida, às tradições, à cultura, à gastronomia e a outros atrativos da área rural.

“O agroturismo diversifica as oportunidades de obtenção de renda de forma sustentável no meio rural, por meio da agroindustrialização e da comercialização de produtos artesanais e da prestação de serviços de alimentação, hospedagem e entretenimento”, diz Beltrão.

O projeto prevê ainda que os empreendimentos agroturísticos poderão ser financiados em condições favorecidas pelo crédito rural oficial, de acordo com o perfil do mutuário.

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Turismo; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Sexta, 14 de Julho de 2023
Feiras da agricultura familiar alcançam mais de R$ 9,7 milhões em vendas no primeiro semestre
Feiras da agricultura familiar alcançam mais de R$ 9,7 milhões em vendas no primeiro semestre Fonte: Cristiano Junior/Ascom SDR

As feiras da agricultura familiar crescem e se solidificam como um importante instrumento de transformação social e geração de renda para os pequenos produtores do Rio Grande do Sul. A grande prova disso é o engajamento cada vez maior das agroindústrias nas feiras ocorridas em todo o território gaúcho. No primeiro semestre, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), apoiou 15 eventos que, somados, geraram R$ 9.790.269,07 em vendas apenas nos espaços destinados à agricultura familiar. O aporte da SDR foi de R$ 1.348.940.

São três os eventos que ultrapassaram R$ 1 milhão em produtos comercializados nos Pavilhões da Agricultura Familiar: a Expodireto, em Não-Me-Toque, que atingiu R$ R$ 2.500.000 em vendas; a Expoagro Afubra, em Rio Pardo, que acumulou R$ 1.764.377,63 em comercialização; e a Fenadoce, em Pelotas, que registrou R$ 1.575.843,53. Os três resultados representaram recordes em relações às edições anteriores.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, enaltece a importância dada pelo governo à agricultura familiar a partir da recriação da pasta no início do ano. “Este é um momento de crescimento, que visa à valorização da agricultura e dos produtos desenvolvidos pelos grandes produtores das pequenas propriedades de um modo muito especial”, afirma.

As agroindústrias participantes das feiras fazem parte do Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf), que é coordenado pela SDR e operacionalizado pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) nos 497 municípios do Estado.

Programa Estadual de Agroindústria Familiar no primeiro semestre

Uma das principais políticas desenvolvidas pela SDR, o Peaf apresentou os números do primeiro semestre de 2023 – ou seja, desde a recriação da pasta até o presente momento. O programa encerrou o primeiro semestre do ano com 3.837 agroindústrias cadastradas, sendo 1.723 inclusas, quer dizer, habilitadas a comercializar formalmente. Das agroindústrias cadastradas, 300 trabalham com orgânicos ou estão em processo de transição. Durante o semestre, foram movimentados mais de 150 processos de agroindústrias, sendo 43 novos cadastros e 47 novas inclusões.

No Rio Grande do Sul, o número de trabalhadores do campo chega a 992 mil, sendo 80% dos estabelecimentos rurais pertencentes à agricultura familiar. Por meio do Peaf, é estimulada a organização dos agricultores familiares em estruturas associativas e cooperativas e oferecidas linhas de crédito com juros mais baixos por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper).

O programa também busca ampliar a participação dos produtores nos mercados institucionais, oferece serviços de orientação e suporte técnico para regularização sanitária e ambiental e disponibiliza espaços de comercialização (como é o caso das feiras regionais e estaduais). Além disso, o Peaf visa agregar valor à produção primária, melhorando a renda e as condições de vida dos produtores, e contribui para o desencadeamento de um processo de desenvolvimento socioeconômico em nível municipal, estadual e federal.

É por meio do programa, por exemplo, que as agroindústrias se enquadram para participar das feiras regionais e estaduais, sempre de acordo com o Regimento Interno de cada evento. Para a Feira da Agricultura Familiar da Expointer, o principal critério utilizado para seleção das agroindústrias é o empreendimento estar incluído no Peaf.

Outro benefício que os produtores têm com a participação no programa é a possibilidade de utilização do Selo Sabor Gaúcho nas embalagens. O selo identifica que os produtos são oriundos das agroindústrias familiares do Rio Grande do Sul e que passaram por processo de formalização com apoio do Estado – estando, assim, aptos a serem comercializados sob o ponto de vista ambiental, tributário e sanitário.

O levantamento do primeiro semestre do Peaf foi realizado pela Divisão de Organização das Agroindústrias Familiares (Doaf), do Departamento de Agroindústria Familiar (DAF), que faz parte da SDR. Para aderir ao Peaf, os interessados devem dirigir-se aos escritórios municipais da Emater-RS.

Dúvidas e mais informações podem ser enviadas para o e-mail agroindustria@sdr.rs.gov.br.

Fonte: Ascom SDR

Sexta, 14 de Julho de 2023
Presidente da FPA destaca atuação da bancada na Câmara e desafios para o próximo semestre
Presidente da FPA destaca atuação da bancada na Câmara e desafios para o próximo semestre Fonte: Agência FPA

Consolidada como uma das mais fortes do Congresso, bancada conquistou vitórias importantes para o setor 

Um dos setores mais dinâmicos da economia do Brasil, o setor agropecuário impulsiona o crescimento econômico e populacional de alguns estados e movimenta a indústria, comércio e construção civil. Segundo dados da FGV Social, a produção em 2023 deve superar R$1,2 trilhão e, na política não é diferente, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se consolidou como uma das mais fortes do Congresso Nacional.

O presidente da bancada, deputado Pedro Lupion (PP-PR), destaca que neste primeiro semestre na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) teve uma agenda de defesa dos interesses do setor que incluiu temas como o posicionamento contrário às invasões de terras produtivas, através da instalação da CPI do MST, o retorno de funções estratégicas ao Ministério da Agricultura com aprovação da MP da Reestruturação dos Ministério (MP 1154/2023), a prorrogação da adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do RenovaBio, benefícios para o agro no texto da Reforma Tributária e o Marco Temporal de Terras Indígenas. Além da aprovação das alterações propostas (PL 2384/2023) no voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

“Este semestre mostramos o tamanho da nossa força dentro do Congresso Nacional, dentro da Câmara dos Deputados, e avançamos em pautas importantes para o setor agropecuário,” disse o deputado.

Lupion destaca que o Marco Temporal, por exemplo, passou por 16 anos de debate para aprovar o projeto na Câmara. “Este projeto não é contra os direitos indígenas. Não é para atacar nenhum lado, mas efetivamente para colocar em lei as 19 condicionantes apresentadas pelo próprio STF no julgamento da Raposa Serra do Sol, onde a tese determina que a demarcação de terras indígenas só deverá ocorrer em áreas que foram efetivamente ocupadas por essas populações em 1988, quando a Constituição Federal foi promulgada.”

Reforma Tributária

Atualmente a Reforma Tributária, segundo Pedro Lupion, vem sendo uma bandeira muito importante para o setor, “onde temos nos posicionado a favor de uma reforma tributária que não prejudique o setor agropecuário com a taxação dos alimentos.

O deputado explica que a bancada tem focado em medidas que possam reduzir a carga tributária sobre o setor agropecuário, como a redução do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para insumos agrícolas e a simplificação do sistema tributário.

À frente de todo o processo de articulação e negociação de uma reforma tributária que não gerasse prejuízos aos produtores rurais na Câmara dos Deputados, Pedro Lupion, considerou positivas as mudanças feitas no texto aprovado na Casa. Porém, deixou claro que ainda há um longo caminho para garantir que não haverá prejuízos ao agro brasileiro.

“É um resultado importante do nosso trabalho de articulação, nossa negociação enquanto maior bancada do Congresso Nacional. As negociações avançaram, pois entendemos que não prejudicaria o setor e atenderia às necessidades dos brasileiros”.

Lupion lembrou que desde o início das conversas, toda a bancada deixou claro ao relator que o agro brasileiro e a população não poderiam sair prejudicados. “O agro não é problema, ele é solução. Quem conhece as dificuldades do campo e trabalha pelo bem-estar do cidadão, sabe que a felicidade, assim como a competitividade do agro, são inegociáveis”.

MP da reestruturação dos Ministérios

Outro tema que movimentou a bancada na Câmara dos Deputados, neste primeiro semestre, foi a análise do relatório da Medida Provisória da reestruturação dos Ministérios (MP 1154/2023).

O texto final deu à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) gestão compartilhada entre o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que ficou com a parte de agricultura geral, e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que cuida da agricultura familiar.

As questões referentes ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) ficaram sobre a alçada do Ministério da Gestão e Inovação. Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública voltou a responder pelo reconhecimento e pela demarcação de terras indígenas.

Para o presidente da FPA, as alterações devolveram o protagonismo do MAPA e possibilitou ao setor agropecuário seguir em pleno desenvolvimento. Da mesma forma, a ida do CAR e do PRA para um Ministério técnico, permitiu a continuidade do avanço no cadastro de produtores rurais e constante aprimoramento do agro brasileiro. “Fizemos críticas coerentes à MP, especialmente em relação à perda de força do Ministério da Agricultura”, explicou Lupion.

Para o vice-presidente da FPA na Câmara, deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), a batalha pela aprovação de pautas do setor no Congresso Nacional continua no próximo semestre.

“Podemos nos considerar vitoriosos nesse primeiro semestre diante das pautas aprovadas, o agro foi atendido nos principais pleitos. Agora precisamos cuidar para que o trabalho positivo continue no próximo semestre”.

As conquistas reforçam o propósito da FPA, de defender os interesses dos produtores rurais e da agropecuária brasileira, incluindo questões relacionadas à produção sustentável, infraestrutura, logística, comércio exterior, inovação tecnológica, crédito rural, entre outras que influenciam o setor agropecuário brasileiro e toda a sociedade brasileira.

Fonte: Agência FPA

Quinta, 13 de Julho de 2023
Farsul solicita adequação no calendário de plantio da safra de soja 2023/2024
Farsul solicita adequação no calendário de plantio da safra de soja 2023/2024 Fonte: Emerson Foguinho / Divulgação Sistema Farsul

A Farsul solicitou a alteração do calendário de plantio para a safra 2023/2024 de soja ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O documento, também enviado ao secretário da Agricultura do RS, Giovani Feltes, deputado federal, Alceu Moreira e senador, Luís Carlos Heinze,  foi encaminhado nesta quarta-feira (13/7), sugerindo que o período ideal para semeadura no Rio Grande do Sul se inicie em 01 de outubro de 2023 e encerrado em 18 de fevereiro de 2024, mantendo, o período de 140 dias estabelecidos no calendário de plantio de soja da safra 2022/2023.
O calendário emitido pelo Mapa na Portaria SDA/MAPA nº 840/2023 define a data de plantio no Estado em 110 dias, de 01 de outubro de 2023 até 08 de janeiro de 2024. Em comparação com o calendário 2022/2023, houve uma diminuição de 30 dias no período de semeadura da soja.
Conforme o ofício assinado por Elmar Konrad, 1º Vice-Presidente da Farsul, a decisão do Mapa não tem o embasamento técnico necessário e foi feita sem consulta aos setores que representam os produtores rurais. "Isso traz um grande prejuízo para o Estado do Rio Grande do Sul, que tem 40% do PIB advindo do agronegócio. O calendário atual não permite o plantio soja safrinha, que é importantíssimo para viabilizar os investimentos feitos pelos produtores gaúchos". A determinação do Mapa também prejudica a qualidade da semente estadual, já que impede o produtor de realizar rotação de culturas, destacou.
No ofício ao Senador, Konrad também destacou que a decisão conflita com a própria recomendação do ZARC, que aponta que o período para o plantio da soja deve ir de outubro de 2023 até fevereiro de 2024.

 

Confira o documento encaminhado ao Mapa

Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Quinta, 13 de Julho de 2023
Palestras levam informações e recomendações para viticultores nos próximos meses
Palestras levam informações e recomendações para viticultores nos próximos meses Fonte: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul

Muita chuva em um intervalo de tempo muito curto, como ocorreu nesta semana, faz com que os produtores devam se precaver. A fim de levar informações sobre as tendências climáticas para o segundo semestre e as práticas culturais recomendadas na viticultura diante da atuação do El Niño no Estado, produtores de Flores da Cunha e de Farroupilha participaram, nesta quinta-feira (13/07), de palestras. Os eventos, realizados nas agências Agro da Sicredi em ambos os municípios, foram promovidos pela Emater/RS-Ascar e Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), juntamente com a Prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Flores da Cunha e a Prefeitura e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Farroupilha.

Conforme o meteorologista da Seapi, Flávio Varone, que falou sobre as tendências do clima para o inverno e primavera, o período deverá ser marcado pelo aumento da umidade, trazendo chuvas mais intensas e tempestades, e um inverno com temperaturas mais amenas. Varone também apresentou o Simagro, Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos, mostrando as informações e produtos que são gerados com a rede de estações para dar suporte e favorecer o planejamento das atividades dos produtores do Rio Grande do Sul. Segundo ele, o monitoramento das condições climáticas é estratégico para o setor, e a ideia é realizar esse trabalho também em vinhedos e gerar índices específicos para o setor vitícola.

Conforme o extensionista rural da Emater/RS-Ascar Enio Ângelo Todeschini, a previsão de chuvas e temperaturas acima da média exige mais atenção dos produtores e também um custo maior quanto aos tratamentos fitossanitários. Ele apresentou uma série de práticas recomendadas para amenizar os possíveis riscos de interferência na produtividade dos parreirais.

"Primeiro, recomendamos uma poda seca pobre, com redução de gemas ou carregadores por planta. Uma poda verde intensa, para facilitar a entrada dos raios solares e ventilação, reduzindo o tempo de molhamento dos órgãos vegetais das frutíferas", comentou. Outra prática importante, segundo ele, é o uso de plantas de cobertura do solo para evitar a erosão e perdas da fertilidade em momentos de chuvas torrenciais. E, depois, no verão, no caso de deficiência de chuva, a palhada contribui para a redução da perda da umidade frente aos principais supressores, o calor e o vento.

A adubação é extremamente importante, evitando os excessos. O produtor deve ser estritamente profissional, fazendo aquilo que observa as análises de solo e folha. "Cuidado especial para o nitrogênio, ele que dá mais vigor às plantas", reforçou. Os tratamentos de inverno, como relatado por Ênio, também são imprescindíveis para redução de fontes de inóculos, ou seja, a propagação de doenças e de populações de pragas. "Destacamos ainda a questão do uso de indutores de brotação para facilitar e aumentar o número de gemas que irão brotar", explicou.

Em seguida, de acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar, vêm os tratamentos fitossanitários de primavera e verão, na fase vegetativa. Para isso, o produtor deve manter o pulverizador sempre nas mais perfeitas condições e os fungicidas que serão usados devem ser escolhidos em função da fase da planta e condições climáticas predominantes. Já nos cultivos protegidos a recomendação é realizar pelo menos duas lavagens do filme plástico ao ano, para aumentar a disponibilidade da radiação solar sobre as folhas.

Fonte:
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul

Quinta, 13 de Julho de 2023
Fungicidas associados a estratégias de manejo são fundamentais para o controle da ferrugem da soja
Fungicidas associados a estratégias de manejo são fundamentais para o controle da ferrugem da soja Fonte: A. Neto

Usar fungicidas multissítios, atuantes em mais de um processo metabólico do fungo, e associar os defensivos a um pacote de estratégias reduz a severidade da ferrugem da soja. Essa foi uma das conclusões da rede de pesquisa, formada por 32 cientistas brasileiros, que avaliou a eficiência de fungicidas (registrados e em fase de registro) no controle da ferrugem-asiática da soja. Os estudos se deram durante a safra 2022/2023 e os resultados acabam de ser publicados na Circular Técnica 195: Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi.

“Os resultados obtidos e compartilhados anualmente pela rede vêm sendo utilizados para auxiliar técnicos e produtores na determinação de programas de controle mais eficientes para a ferrugem-asiática, a mais severa doença da soja”, destaca a pesquisadora da Embrapa Soja Cláudia Godoy, uma das autoras da publicação

Editada pela Embrapa, a publicação é resultado de ensaios cooperativos realizados, por 23 instituições (ver quadro abaixo) de sete estados brasileiros (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo) e do Distrito Federal.

 

Rede reúne 23 instituições no combate à ferrugem da soja

Conheça as 23 instituições públicas, universidades, fundações de apoio à pesquisa e consultorias que compõem a rede de pesquisa: Desafios Agro, Famiva Pesquisa e Soluções Agrícolas, Agro Carregal Pesquisa e Proteção de Plantas Eireli, Embrapa Soja, 3M Experimentação Agrícola, Coamo, Desafios Agro, Agrodinâmica, Fundação Chapadão, Proteplan, G12 Agro Pesquisa e Consultoria Agronômica, Ceres Consultoria Agronômica, Universidade de Rio Verde (UniRV / Campos Pesquisa Agrícola), Assist Consultoria e Experimentação Agronômica, Instituto Phytus/ Staphyt, Fundação Rio Verde, Tagro - Tecnologia Agropecuária, Estação Experimental Ide Consultoria, Fundação MS, Fundação MT, Centro de Pesquisa Agrícola Copacol e Agrotecno Research.

 

Godoy conta que os experimentos cooperativos vêm sendo realizados, todos os anos, desde a safra 2003/2004. “Os resultados permitem acompanhar as mudanças de eficiência dos fungicidas ao longo dos anos, em razão da adaptação do fungo. Com isso, levamos as informações para que o produtor utilize os fungicidas mais eficientes, sempre em rotação dos diferentes produtos e adequando os programas de controle à época de semeadura”, detalha.

Os tipos de fungicida para a soja

A pesquisadora explica que a maioria dos fungicidas utilizados no controle da ferrugem pertence a três grupos distintos: os Inibidores de desmetilação (IDM, "triazóis"), os Inibidores da Quinona externa (IQe, "estrobilurinas") e os Inibidores da Succinato Desidrogenase (ISDH, "carboxamidas"). Esses grupos de fungicidas são chamados também de sítio-específico, porque têm atuação em pontos específicos do fungo. Atualmente, o fungo causador da doença, o P. pachyrhizi, apresenta mutações que lhe conferem menor sensibilidade a esses três grupos, ou seja, o microrganismo se tornou mais resistente a essas moléculas.

Uma das alternativas para atenuar o efeito da resistência é associar a fungicidas multissítios, que interferem em mais de um processo metabólico do fungo, registrados na cultura da soja a partir de 2013/2014. Eles têm sido recomendados para aumentar a eficiência dos fungicidas sítio-específicos (que atuam em somente um processo do fungo) e atrasar o aumento da resistência do patógeno.

Pacote de estratégias de manejo é fundamental no controle da ferrugem-asiática

De acordo com Godoy, o fungo causador da doença é capaz de se adaptar às estratégias de controle, seja pela perda da sensibilidade aos fungicidas ou pela “quebra” da resistência genética presente em algumas cultivares de soja. “Para atrasar o processo de seleção de resistência e aumentar a eficiência dos fungicidas, devem ser adotadas todas as estratégias de manejo, incluindo a adoção do vazio sanitário, a semeadura no início da época recomendada com cultivares precoces ou com gene de resistência, a utilização dos fungicidas preventivamente ou nos primeiros sintomas, sempre com a rotação de fungicidas e a inclusão de multissítios nos que não tiverem na sua formulação”, recomenda a especialista.

O vazio sanitário é o período de pelo menos 90 dias sem plantas vivas de soja no campo. A estratégia reduz o inóculo do fungo que necessita de plantas vivas para sobreviver e se multiplicar. Isso ainda reduz a presença do fungo no campo e, associado à semeadura no início da época, compõem uma estratégia de “escape” da doença. Mais informações sobre o vazio sanitário da soja, a calendarização da semeadura e estratégias de manejo da doença, estão disponíveis aqui. O Comitê de Ação a Resistência a Fungicidas (FRAC) também traz informações sobre a questão”.

Além do vazio, são preconizados no Brasil: a adoção de cultivares com genes de resistência e de ciclo precoce, a preferência pela semeadura no início da época e o respeito ao calendário de semeadura, estabelecido por normativas definidas em cada estado. A pesquisadora da Embrapa explica que a definição dessas janelas de semeadura colabora para reduzir o número de aplicações de fungicidas, ao longo da safra. “Isso ajuda a atrasar a seleção de populações do fungo resistentes ou menos sensíveis aos fungicidas”, esclarece.

Monitoramento da lavoura

Os pesquisadores da rede recomendam ao sojicultor monitorar a lavoura, desde o seu início de desenvolvimento, para definir o melhor momento do controle químico, evitando atrasos nas aplicações, uma vez que os fungicidas presentes no mercado apresentam baixa eficiência curativa. Algumas regiões que utilizam cultivares precoces e fazem uma segunda safra com milho ou algodão, por exemplo, têm conseguido “escapar” da doença ou apresentar incidência tardia, o que facilita o controle. “Em regiões que semeiam mais tarde, as cultivares com gene de resistência e o uso dos fungicidas têm proporcionado um bom controle, desde que não ocorram atrasos nas aplicações e se utilize fungicidas com maior eficiência, associados aos multissítios”, explica Godoy.

A pesquisadora informa ainda que nas últimas safras, as mudanças de sensibilidade do fungo da ferrugem aos fungicidas do grupo dos triazóis têm influenciado o controle da doença com os ingredientes ativos protioconazol e tebuconazol (sendo os dois ativos do mesmo grupo). “A presença de novas mutações e a variação de eficiência de ativos do mesmo grupo, como protioconazol e tebuconazol, reforça a necessidade de rotação de ingredientes ativos dentro de um mesmo grupo em programas de controle da ferrugem-asiática”, ressalta.

A pesquisa

A rede de ensaios realizou quatro protocolos para ferrugem nas principais regiões produtoras da leguminosa. O objetivo foi avaliar os novos fungicidas que estão em fase de registro, os fungicidas registrados sem e com fungicidas multissítios e ainda monitorar as mudanças de sensibilidade do fungo P. pachyrhizi aos fungicidas.

A pesquisadora da Embrapa explica que os experimentos foram instalados em soja semeada mais tarde, em novembro e dezembro, para garantir maior probabilidade do aparecimento da doença, em razão da multiplicação do fungo nas primeiras semeaduras. “Semear no início da época recomendada é uma das estratégias de manejo da ferrugem para escapar do período de maior quantidade de inóculo do fungo no ambiente”, destaca.

No caso dos fungicidas registrados, todos os tratamentos apresentaram severidade inferior à parcela testemunha, em que não foi aplicado fungicida. A porcentagem de controle dos fungicidas registrados variou entre 28% e 69%. “Quando os fungicidas registrados foram misturados a fungicidas multissítios, a eficiência de controle aumentou de 7% a 14%, evidenciando a importância da utilização de fungicidas multissítios em semeaduras tardias, com alta pressão de ferrugem”, explica.

Com relação aos fungicidas em fase de registro, todos os tratamentos também apresentaram severidade inferior comparados às lavouras sem o defensivo. As porcentagens de controle variaram entre 60% a 75%. “Esses fungicidas são novas combinações dos ativos que já estão disponíveis no mercado”, diz.

Nos ensaios para monitoramento da sensibilidade do fungo a fungicidas com ingrediente ativo único, entre os triazóis, as menores severidades foram observadas para protioconazol e tebuconazol. “A eficiência desses dois ativos variou entre regiões e dentro das regiões, evidenciando a presença de populações com sensibilidade diferenciada aos triazóis e a necessidade de rotação de fungicidas com esses dois ingredientes ativos para controle eficiente da ferrugem-asiática”, explica Godoy.

Ainda de acordo com a pesquisadora, as baixas produtividades médias observadas nos tratamentos desse protocolo ocorreram pela baixa eficiência de controle dos ingredientes ativos isolados. “Isso reforça que os fungicidas usados para o controle da ferrugem-asiática devem ser utilizados sempre em misturas comerciais ou misturas em tanque, para maior eficiência de controle e para atrasar o processo de resistência”, destaca. As tabelas detalhadas estão disponíveis na publicação.

Foto: Claudia Godoy

 

A ferrugem-asiática da soja

A doença foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001. De acordo com Godoy, os sintomas iniciais da ferrugem são pequenas lesões na folha, de coloração castanha a marrom-escura. As plantas severamente infectadas apresentam desfolha precoce, que compromete a formação, o enchimento de vagens e o peso final do grão.

Segundo levantamentos do Consórcio Antiferrugem, a doença pode levar a perdas de até 80%, se não for controlada, enquanto, os custos com o controle da ferrugem e de outras doenças para os agricultores no Brasil, excedem US$ 2 bilhões por safra.

Fonte: Embrapa Soja

Quinta, 13 de Julho de 2023
CNA debate agenda ambiental do agro
CNA debate agenda ambiental do agro   Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA se reuniu, na quarta (12), para discutir temas voltados para a agenda ambiental do setor agropecuário, como a aplicabilidade do Código Florestal na Mata Atlântica, os preparativos para a COP28 e a regulamentação da Lei do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

O presidente da Comissão, Muni Lourenço, afirmou que “a CNA tem se mantido protagonista na pauta ambiental, presente nas audiências públicas e reuniões que tratam dessa matéria colocando o posicionamento do setor”.

Sobre a questão da aplicabilidade do Código Florestal na Mata Atlântica, o STF rejeitou, durante julgamento em junho, a tramitação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6446, que trata do tema.

“A CNA é amicus curiae na ação, mas não houve julgamento sobre o mérito da questão, deixando-se o problema em aberto, o que demanda outras iniciativas para a sua solução”, afirmou o consultor da CNA, Rodrigo Justus.

A comissão discutiu também os preparativos para a Conferência do Clima (COP28), de 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes, e a participação da CNA no evento.

Rodrigo Lima, da Agroícone, participou da conferência climática em Bonn, na Alemanha, que foi um preparatório para a COP28, e explicou que a presidência da conferência pretende buscar uma decisão de alto nível, em Dubai, relacionada à agricultura e aos sistemas agroalimentares.

Outro item da pauta foi a regulamentação da Lei sobre Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). A assessora técnica da CNA, Cláudia Mendes, disse que a entidade está construindo uma proposta para regulamentação do tema.

Consultas públicas – O grupo também debateu a construção do posicionamento do setor em relação às consultas públicas sobre as metas da biodiversidade e o Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas (Programa Carbono + Verde). A comissão vai promover reuniões específicas para discutir o tema até o final de julho. As consultas terminam em 4 e 20 de agosto, respectivamente.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA