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Sexta, 28 de Julho de 2023
Governo suspende Fator de Ajuste de Fruição (FAF) do setor de proteína animal do RS
Governo suspende Fator de Ajuste de Fruição (FAF) do setor de proteína animal do RS Fonte: Divulgação Ascom Seapi

Por meio de publicação no Diário Oficial do Estado, o governador Eduardo Leite determinou a suspensão imediata do Fator de Ajuste de Fruição (FAF) de todo o setor de proteína animal do Estado. A medida tem efeito retroativo a partir de 1º de julho e vigência até 31 de dezembro de 2023. Essa era uma das reivindicações do segmento, composto pela avicultura, suinocultura, bovinocultura e laticínios, que alegava perda de competitividade com essa exigência fiscal.

O Fator de Ajuste de Fruição (FAF) é um percentual gradativo aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas compras de insumos que os setores da economia gaúcha realizarem em outras unidades da federação. A empresa só terá 100% desses créditos se não comprar nenhum insumo de fora. Os créditos presumidos são descontos em impostos, em índices variáveis, que os estados concedem às empresas no pagamento de suas contas. O intuito é estimular os setores econômicos a comprarem seus insumos dentro do próprio Estado, o que incentiva a economia interna.

A suspensão do FAF se deve às ações do Grupo de Trabalho (GT) de Proteína Animal, liderado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Desde sua instituição, em 14 de junho deste ano, o GT tem trabalhado constantemente junto a Casa Civil, secretarias da Fazenda, da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação e de Desenvolvimento Rural, Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha e deputados estaduais para atender às demandas do setor.

O governador Eduardo Leite, que também se reuniu com o setor e delegou a criação do GT à Sedec, destacou que o resultado se deve ao trabalho conjunto das secretarias envolvidas, bem como dos deputados da Assembleia Legislativa, que encaminharam esse pleito por meio da Frente Parlamentar da Agropecuária e da Comissão da Agricultura. “Este é um governo que trabalha em sinergia com os demais poderes públicos em prol de um objetivo comum, que, no caso desse GT, é promover a qualificação do ambiente de negócios para o setor de proteína animal, segmento essencial para o Estado”, afirmou. 

O vice-governador Gabriel Souza, que no início do ano se reuniu com representantes dos setores de leite, carne bovina, suínos e aves para tratar do tema, reforçou que a suspensão do FAF garantirá mais competitividade. “Esse é um resultado positivo e prático oriundo de meses de estudos e debates do GT. Sabemos a importância do segmento para o Rio Grande do Sul, não apenas do ponto de vista econômico, mas também social. São mais de 900 mil empregos gerados direta e indiretamente pelo setor de proteína animal”, disse Gabriel.

O titular da Sedec, Ernani Polo, coordenador e articulador do GT de Proteína Animal, afirmou que a medida demonstra que o governo escuta os empreendedores e analisa meios para atender, de forma segura e estável, às suas reivindicações. “Foi um trabalho em conjunto, que ponderou muito antes de tomar essa decisão, mas que entendeu ser adequada diante da necessidade de recuperação, devolvendo competitividade a todas as cadeias de proteína animal”, destacou. 

O secretário da Casa Civil, Artur Lemos, realçou que esse é o reflexo de um governo engajado e interessado em resolver as questões que interferem no avanço econômico. “Essa medida vai aliviar o cenário atual, permitindo a retomada dos negócios”, avaliou. 

De acordo com o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, a medida de caráter provisório e efeito imediato atende ao pleito do setor da proteína animal. “Desde o princípio, estivemos abertos ao diálogo e atentos às questões levantadas pela avicultura, suinocultura, bovinocultura e laticínios. Após uma série de reuniões e sensíveis à crise enfrentada pelo segmento, suspendemos o FAF do setor.”  

O titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, entende que essa é uma medida positiva. “A iniciativa atende ao pedido do setor na construção de ações que auxiliam no fortalecimento da cadeia produtiva gaúcha", reforçou. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, acredita que esse efeito suspensivo vai dar mais fôlego ao setor de proteína animal, permitindo que possam se reorganizar internamente. 

O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa), Rogério Kerber, reiterou que a reivindicação do setor decorre do momento atual de grandes desafios. “É uma situação singular do Estado, que enfrentou três anos consecutivos de estiagem, e dos altos custos que as cadeias experimentaram durante esse período de elevação de preços de combustíveis, embalagens e fretes”, ponderou. 

Kerber salientou, ainda, a queda do poder aquisitivo da população, o que deprimiu os preços finais. No entanto, reconheceu o mérito da ação. “O governo foi sensível e teve a percepção real da necessidade de auxiliar as atividades em um momento de dificuldade. A suspensão do FAF representa a redução da carga tributária para o setor nesse período. Com isso, devolve uma condição de competitividade perante os outros estados”, ressaltou.

Fonte: Seapi

Sexta, 28 de Julho de 2023
Plantio do trigo está quase concluído no RS
Plantio do trigo está quase concluído no RS Fonte: José Schäfer, em Santa Rosa

Com uma área cultivada de trigo na safra 2023 estimada em 1.505.704 hectares, a cultura encontra-se em fase de finalização da implantação. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (27/07), 97% da área já foi implantada, restando apenas a conclusão das atividades em áreas maiores, localizadas nas regiões mais elevadas do Planalto e Campos de Cima da Serra. Quanto ao desenvolvimento das lavouras, 97% estão na fase de desenvolvimento vegetativo e 3%, em floração.

De acordo com os técnicos da Emater/RS-Ascar, o estabelecimento inicial da cultura do trigo continua a apresentar resultados superiores aos observados nas duas safras anteriores, evidenciando um desenvolvimento inicial satisfatório. O cenário climático dos últimos períodos teve um impacto positivo na cultura, permitindo a retomada do processo de enraizamento e de desenvolvimento. Também foi observado um aumento no perfilhamento das plantas, o qual ocorreu durante a conjunção de baixas temperaturas e de ampla incidência de radiação solar.

Na região de Ijuí, a semeadura do trigo está praticamente encerrada, dentro do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), restando apenas algumas poucas lavouras a implantar com recursos próprios, para consumo nas propriedades. É possível notar visualmente os danos causados pelas chuvas torrenciais em 12 e 13/07. O carreamento de solos das áreas mais elevadas para as áreas mais baixas resultou em perdas significativas de fertilizantes e de sementes, além do assoreamento de sangas, açudes e áreas de menor altitude. Algumas lavouras que foram semeadas mais precocemente e estão em fase de alongamento sofreram acamamento devido aos ventos, porém devem se recuperar.

As lavouras de aveia branca iniciam o processo de maturação, estando 1% das áreas implantadas nesse estágio fenológico, que apresenta também as seguintes fases: 75% em desenvolvimento vegetativo, 17% em floração, 7% em enchimento de grãos e 1% no início do processo de maturação. Essa distribuição das fases indica o escalonamento no plantio, contribuindo para a otimização do manejo da cultura. Aproveitando a melhoria nas condições climáticas, os produtores intensificaram os tratamentos fitossanitários, especialmente o controle de doenças fúngicas, que surgiram nas últimas semanas, afetando folhas e colmos das plantas

Na região próxima ao Rio Uruguai, as áreas onde a aveia branca foi implantada mais precocemente apresentam acamamento pontual devido às chuvas e aos ventos do ciclone extratropical. Algumas dessas áreas estão sendo manejadas para a implantação da cultura do milho, a fim de minimizar possíveis danos e evitar atrasos na semeadura do cedo do cereal. Tal fato pode reduzir a área prevista para a colheita de grãos de aveia.

Na canola, as condições climáticas no período proporcionaram um ambiente propício para a realização dos tratos culturais e, ao mesmo tempo, estimularam o crescimento profícuo da cultura. O controle de ervas daninhas também demonstrou resultados satisfatórios nesse contexto. Atualmente, 66% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 26% em floração e 8% em enchimento de grãos.

A semeadura da cevada está finalizando. No período, a exposição solar e as temperaturas baixas, combinadas com a adequada umidade no solo, foram favoráveis ao crescimento e desenvolvimento da cultura e contribuíram para a menor incidência de doenças, possibilitando a realização de tratamentos fúngicos, quando necessário. A cultura da cevada está atualmente em fase de desenvolvimento vegetativo, e algumas lavouras localizadas no Planalto Médio estão entrando na fase de floração, embora essa porcentagem ainda não alcance 1%.

OLERÍCOLAS E FRUTÍCOLAS
Cebola - Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, o transplante das mudas para os canteiros definitivos de produção avança lentamente em razão das condições climáticas e de umidade no solo. Devido à passagem do ciclone extratropical em 12 e 13/07, alguns produtores têm acionado o seguro agrícola como forma de amenizar os prejuízos. As áreas já transplantadas se desenvolvem bem. Não há problemas fitossanitários, mas o clima úmido e a baixa insolação podem favorecer o desenvolvimento de doenças, exigindo tratamentos preventivos nas lavouras. Os produtores estão realizando o plantio de bulbos para produção de sementes, que foi prejudicada pelo clima das últimas semanas. Há expectativa de plantio de 120 hectares em Herval, principal produtor.

Morango - Na região administrativa da Emater-RS/Ascar de Bagé, os produtores de morango de Alegrete relatam produção ainda pouco expressiva. Os frutos apresentam tamanho pequeno, menor intensidade de coloração e sabor, assim como deformações. Na região de Lajeado, em Feliz, maior produtor de morango da região e onde são cultivados 50 hectares, os produtores já possuem produção originada das mudas deste ano, e há boa carga de frutos. As condições climáticas estão sendo favoráveis para o desenvolvimento de doenças fúngicas, devido à alta umidade e aos dias nublados, exigindo dos produtores estratégias de manejo, preferencialmente com produtos biológicos. O quilo do morango está em R$ 20,00, e há relatos de que a procura está normal.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
As pastagens de aveia e azevém responderam bem às condições do tempo, mas algumas áreas foram prejudicadas por chuvas intensas. O campo nativo está sendo utilizado como suporte forrageiro, mas seu crescimento está desacelerando devido à queda das temperaturas.

BOVINOCULTURA DE CORTE - O estado corporal dos bovinos tem variado de acordo com a disponibilidade de pastagens de inverno. As fases predominantes são a recria e a gestação, e há alguns lotes de matrizes que já estão em parição. O mercado interno apresenta baixa demanda, e os produtores estão retendo animais em busca de melhores preços futuros. Enquanto isso, a comercialização de terneiros para recria aumentou devido ao período de desmame. Na região de Caxias do Sul, o estado corporal dos animais está em declínio, em função da restrição alimentar, típica do período. Os touros ainda estão sendo mantidos separados para garantir boa condição nutricional na estação de monta, enquanto as vacas gestantes são monitoradas. O preço do gado permanece estável, e há baixa comercialização.

OVINOCULTURA - As pastagens de aveia e azevém estão sendo utilizadas, proporcionando ganho de peso adequado para todas as categorias do rebanho. O período é de parição bem como de prevenção de doenças de casco e ataques de predadores. Muitos produtores estão adotando estratégias para evitar perdas de cordeiros por hipotermia. Na região de Passo Fundo, é período final de parição das ovelhas. Já estão sendo realizadas práticas de descola e castração dos cordeiros. Já na região de Porto Alegre, os animais apresentam boa condição corporal, inclusive as matrizes em parição. Seguem os cuidados com doenças de casco devido ao excesso de umidade no solo. Novamente, os produtores relatam ataques de cachorros predadores aos cordeiros.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Sexta, 28 de Julho de 2023
Fórum Norte Gaúcho da Soja será realizado em Ipiranga do Sul
Fórum Norte Gaúcho da Soja será realizado em Ipiranga do Sul Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Erechim

A 10ª edição do Fórum Norte Gaúcho da Soja, com o slogan ?A informação que fortalece o Agro?, será realizada no dia 18 de agosto, no município de Ipiranga do Sul. Na oportunidade, serão debatidos diversos assuntos voltados à rentabilidade, produtividade, mercados, armazenamento e comercialização de grãos, clima, doenças e pragas, dentre outros temas.

O evento, que visa aumentar a rentabilidade da soja, é promovido pelo Sindicato Rural de Getúlio Vargas, Prefeitura de Ipiranga do Sul, Associação Comercial, Cultural, Industrial, de Agropecuária e de Serviços de Getúlio Vargas (Accias), Emater/RS Ascar, Associação dos Engenheiros Agrônomos dos Municípios do Alto Uruguai e Centro Universitário Ideau.

A Emater/RS-Ascar também terá um espaço no evento, onde são patrocinadores do X Fórum Norte Gaúcho da Soja (Diamante) Bayer e Olfar Alimento e Energia. Patrocinadores Prata: Sicredi e Senar Rio Grande do Sul. Patrocinadores Bronze: Banrisul, Cotrijal, Pioneer, Adubos Coxilha e Banco do Brasil.

Programação
7h30 ? Credenciamento e coffee break
8h15 ? Abertura Oficial
8h30 ? Emater/RS-Ascar ? Panorama das safras no RS 2022/2023
8h40 ? Painel Manejo Sustentável para Alto Rendimento
Painelistas:
Diego Alessio ? Agricultura Regenerativa
Telmo Jorge Carneiro Amado ? Construção de perfil favorável ao enraizamento
Mediador: Fabiano Paganella
10h ? Palestra Perspectivas do Clima para 2023/2024 e sua tendência para 15 anos
Palestrante: Luiz Carlos Molion
11h ? Palestra: Fundamentos e perspectivas do mercado de soja
Palestrante: Ruy Silveira Neto
12h ? Palestra: Controle de pragas daninhas na cultura da soja: desafios e oportunidades
Palestrante: Anderson Luis Nunes

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Erechim

Sexta, 28 de Julho de 2023
CNA orienta produtores sobre calendário de semeadura e vazio sanitário da soja
CNA orienta produtores sobre calendário de semeadura e vazio sanitário da soja Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) elaborou um Comunicado Técnico com orientações ao produtor rural sobre os prazos de semeadura e vazio sanitário da soja. O documento também informa as representações estaduais quanto aos procedimentos a serem adotados para a solicitação de alteração desses prazos.

Diante da publicação da Portaria SDA/MAPA 840/2023, que estabeleceu o calendário uniforme de plantio de soja para a safra 2023/2024 para 20 estados e o Distrito Federal, a Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA se reuniu, em 17 de julho, e levantou junto aos seus membros os eventuais impactos da alteração do calendário.

O estabelecimento de um prazo fixo e a redução da janela de plantio foi questionado por diversos estados em função da dificuldade de cumprimento do ciclo de outras culturas, da impossibilidade de produção de sementes em algumas regiões, com relevante impacto econômico. Após o encontro do colegiado, a CNA repassou, imediatamente, os pontos de atenção ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, o papel dos produtores é fundamental no controle da ferrugem. “O objetivo do calendário é fortalecer o sistema de produção da soja, unindo ações estratégicas de defesa sanitária vegetal com suporte da pesquisa agrícola e da assistência técnica na prevenção e controle da doença. Cabe ao Ministério, analisar e fundamentar as estratégias conforme as especificidades de cada região”.

No dia 21 de julho, foi publicada a Portaria SDA/MAPA 862/2023, como alternativa de atendimento das especificidades regionais, trazendo a possibilidade de autorização de alterações do calendário de semeadura publicado e do período de vazio sanitário para as Unidades da Federação, mediante demanda tecnicamente fundamentada, em articulação com os Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal.

Desta forma, a CNA elaborou um documento técnico com as orientações sobre as normativas publicadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa), com as orientações para os estados, para solicitação formal das alterações do período de semeadura e do vazo sanitário previamente estabelecidos.

O diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, reforça a importância do embasamento em princípios científicos, que garantam o manejo da cultura, a gestão adequada dos riscos associados à praga visando a redução dos impactos econômicos regionais possíveis.

“É necessário trazer razoabilidade e parâmetros científicos para que as agendas fitossanitária e econômica não conflitem. A intenção é auxiliar os estados na conciliação dessas agendas para que possam manter a rotação de cultivos, em uma janela de semeadura razoável, sem a convivência com o risco de infestação ampla da ferrugem”, disse.

Sobre o vazio sanitário, Maciel Silva reforça que é uma das alternativas de controle no âmbito do manejo integrado de pragas para a ferrugem asiática da soja, principal praga da cultura. A medida visa reduzir nacionalmente a pressão de infestação e evitar a ampliação do custo de controle, bem como garantir a perenidade dos poucos ingredientes ativos registrados para o controle da praga no país.

Clique aqui para ler o documento.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Sexta, 28 de Julho de 2023
CNA participa da Câmara Técnica de Agricultura Sustentável e Irrigação
CNA participa da Câmara Técnica de Agricultura Sustentável e Irrigação Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quarta (26), de reunião da Câmara Técnica de Agricultura Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Durante a reunião, o colegiado tratou da proposta do Plano Safra de reduzir os juros para produtores que adotam práticas agropecuárias sustentáveis ou que já tenham o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado.

Para a assessora técnica da CNA, Jordana Girardello, o ponto de divergência está justamente na questão relacionada ao CAR, cuja proposta foi feita sem consultar o setor produtivo.

“O que ocorre na prática é que o governo federal e os estados não conseguiram até hoje, desde a aprovação do CAR, prosseguir com a sua análise e dar as respostas necessárias e esperadas pelos produtores rurais brasileiros. O país conta com menos de 1% dos cadastros analisados pelos órgãos ambientais competentes”, ressaltou.

Os membros da Câmara também trataram sobre o novo zoneamento climático trabalhado pelo Mapa, que tem por finalidade sua aplicação nas políticas públicas do setor, mais especificamente no seguro rural e no crédito.

O coordenador do Zoneamento Climático do Mapa, Hugo Borges, ressaltou a importância de aplicar os níveis de manejo na classificação do risco. Ele afirmou que, com isso, as práticas conservacionistas e manejo vão enquadrar o produtor como de menor risco, melhorando a subvenção e o valor do seguro.

Na ocasião, Jordana destacou a importância da tecnologia de irrigação ser contemplada dentro da classificação de nível de manejo, para auxiliar na prevenção dos eventos climáticos e dar mais segurança ao produtor rural.

Outro assunto abordado na reunião foi a apresentação do Programa Nacional das Cadeias Produtivas Agropecuárias Descarbonizadas.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Sexta, 28 de Julho de 2023
Monitoramento agrícola mostra que chuvas auxiliaram cultivos de feijão, milho e trigo

De acordo com o Boletim de Monitoramento Agrícola, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira (27), a produção de feijão e milho terceira safra foram beneficiadas pelas chuvas na região do Sealba (Sergipe,  Alagoas e Bahia). Já no Sul, as precipitações favoreceram o milho segunda safra em estágio reprodutivo e também o desenvolvimento do trigo.

Nesta edição, além das condições das culturas de segunda e terceira safras, o Boletim registra análises dos cultivos de inverno nas principais regiões produtoras. O levantamento foi realizado pelos técnicos da Companhia, no período de 1º a 21 de julho. O resultado aponta que os maiores acumulados de chuva ocorreram no Extremo-Norte do país, em parte do Nordeste e na região Sul. No Centro-Oeste, Sudeste e no Matopiba, foram observadas chuvas de volume reduzido e predomínio de tempo seco, favorecendo a maturação e colheita do milho segunda safra e do algodão.

O monitoramento segue indicando que, na maior parte do país, verificaram-se valores médios de temperatura acima da média histórica, caracterizando um inverno mais ameno. Apesar do registro de geadas de fraca a forte intensidade, principalmente no Rio Grande do Sul, não foram observados danos significativos nas lavouras de trigo.

A evolução do Índice de Vegetação (IV) dos principais estados produtores indicam o bom desenvolvimento das lavouras de trigo e o progresso da colheita do milho segunda safra. Em praticamente todas regiões produtoras, verificou-se a resposta do IV acima da safra anterior e da média histórica, sugerindo boa expectativa de produtividade.

O trabalho é resultado da colaboração entre Conab, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo. O arquivo completo do Boletim de Monitoramento Agrícola está disponível na íntegra no site da Conab.

Fonte: Conab

Quinta, 27 de Julho de 2023
Resultados do ECR Soja 2022/2023 são divulgados pela Farsul e Fundação Pró-Sementes
Resultados do ECR Soja 2022/2023 são divulgados pela Farsul e Fundação Pró-Sementes Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Estudo reúne informações sobre desempenho de cultivares no território gaúcho

O Sistema Farsul e a Fundação Pró-Sementes divulgaram, nesta quarta-feira, (26/7), o resultado dos Ensaio de Cultivares em Rede - ECR da safra de soja 2022-2023. O ECR Soja é uma pesquisa aprofundada sobre o cultivo do grão no Estado, servindo como uma ferramenta para auxiliar a tomada de decisões do produtor e das assistências técnicas gaúchas.
O estudo da safra 2022/2023 foi realizado em três microrregiões produtoras de soja no estado, que se dividem em 11 municípios. Foram analisadas as safras de duas épocas diferentes de semeadura das cidades de Pelotas, Cachoeira do Sul, Cacequi, São Gabriel, Bagé, São Luiz Gonzaga, Júlio de Castilhos, Santo Augusto, Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Vacaria.
Quarenta cultivares foram analisadas no período, definidas através da maior representatividade de hectares aprovados para a produção de sementes, indicados no Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o Estado. Os cultivares foram separados em dois grupos. O primeiro deles com GM 5.0 à 6.1 (31 cultivares) e o segundo com GM 6.1 à 6.5 (9 cultivares). As tecnologias utilizadas foram IPRO, IX2, E e RR. A amplitude da produtividade regional no estudo variou de 17 scs/ha em Cachoeira do Sul até 77 scs/ha em Vacaria. A produtividade máxima alcançada foi em Vacaria, com 108 scs/ha.
Os dois ensaios conduzidos em Bagé, assim como os ensaios conduzidos na várzea de Pelotas e Cachoeira do Sul foram perdidos devido aos efeitos da estiagem. A Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, apontou que "as condições climáticas foram bem difíceis, tivemos uma estiagem bem severa. Nesta safra houve uma inversão da produtividade das áreas no Estado. Ano passado o destaque ficou para a produtividade da metade sul, já neste ano a situação ficou melhor para a região norte." Kehl utilizou as amostras de Cachoeira do Sul para exemplificar a situação da seca no Estado, "a demanda de água da soja, do plantio a colheita, varia entre 450mm e 800mm. Em Cachoeira do Sul, por exemplo, o total de chuvas não atingiu nem o mínimo necessário. É uma situação bem crítica."
Gedeão Pereira, presidente do Sistema Farsul, em mensagem lida por Elmar Konrad, 1º Vice-Presidente e coordenador da Comissão de Grãos da Farsul, também destacou o período de estiagem pela qual passa o Rio Grande do Sul. "Nas duas últimas safras de verão, nosso setor foi fortemente impactado pela estiagem, logo após termos alcançado o posto de segundo maior produtor de soja. A Farsul, juntamente com a Fundação Pró-Sementes, e com o apoio do Senar RS e da Bayer, oferece ao produtor essa ferramenta sobre as cultivares do Estado. É um trabalho contínuo de mais de uma década e seus resultados são importantíssimos."
Konrad ainda ressaltou que "a posição da Farsul, nesta gestão e em gestões anteriores, é a de dar valor a pesquisa e a continuidade dela, visando a constante evolução do agro gaúcho".
Hugo Boff, presidente da Fundação Pró-Sementes, destacou a importância da pesquisa: "A quantidade de informação que essa pesquisa proporciona para o produtor é primordial, e acreditamos que ela possa perdurar até para além do Estado.
Marcos Puhlmann, gerente de soja da Bayer, corroborou a relevância do ECR, "ele nos ajuda a fazer um condicionamento das principais variedades para diferentes regiões do Rio Grande do Sul e informar o produtor. É um orgulho para a Bayer estar junta e apoiar o agricultor gaúcho neste projeto."
O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, ressaltou o alto nível técnido do estudo. "Não estamos falando de um trabalho singelo. Esse é muito provavelmente o trabalho mais completo feito no território gaúcho, em poucos Estados é possível encontrar trabalhos semelhantes", e completa "é um assunto extremamente relevante, conduzido por entidades absolutamente sérias no que estão falando."


Microrregião 101
Na microrregião 101, a cultivar com maior produtividade foi a BS2606 IPRO, em Cacequi, com 76 scs/ha, no ciclo precoce da 1ª época de semeadura. Em Cachoeira do Sul, destacou-se a DM 56I59RSF IPRO, com 27 scs/ha e, em São Gabriel, a DM 56I59RSF IPRO, com 42 scs/ha. No ciclo precoce da 2ª semeadura, Cachoeira do Sul teve destaque com a C2530 RR, com 28 scs/ha.
Já no ciclo médio/tardio de 1ª época, a BMX GARRA IPRO se destacou em Cachoeira do Sul, com 35 scs/ha. Em São Gabriel, a DM 64I63 IPRO produziu 39 scs/ha. Já na 2ª época de plantio do ciclo médio/tardio, a DM 64I63 IPRO rendeu 34 scs/ha em Cachoeira do Sul.


Microrregião 102
O destaque da microrregião 102 foi em Passo Fundo, onde a BMX LÓTUS IPRO rendeu 85 scs/ha durante o ciclo precoce da 2ª época. No mesmo período, em Júlio de Castilhos, a BS2606 IPRO produziu 60 scs/ha. Em São Luiz Gonzaga, M 5947 IPRO com 45 scs/ha, e em Santo Augusto, a cultivar BMX LANÇA IPRO, com 57 scs/ha.
Na 1ª época do ciclo precoce, a BMX LÓTUS IPRO rendeu 81 scs/ha em Passo Fundo, a BS2606 IPRO com 53 scs/ha em Júlio de Castilhos, a NEO 580 IPRO com 35 scs/ha em São Luiz Gonzaga e a BMX LANÇA IPRO com 62 scs/ha em Santo Augusto.
Os resultados do ciclo médio/tardio da 1ª época foram a BMX NEXUS i2X em Passo Fundo, com 83 scs/ha, DM 64I63 IPRO com 60 scs/ha em Júlio de Castilhos e 52 scs/ha em Santo Augusto, M 6110 i2X com 36 scs/ha em São Luiz Gonzaga.
Na 2ª época do ciclo médio/tardio, destacaram-se a BMX GARRA IPRO com 83 scs/há em Passo Fundo e 71 scs/ha em Júlio de Castilhos. A DM 64I63 IPRO apresentou resultado de 44 scs/ha em São Luiz Gonzaga e 52 scs/ha em Santo Augusto.


Microrregião 103
O destaque foi em Vacaria, onde a BMX ZEUS IPRO produziu 108 scs/ha no ciclo precoce. Em Lagoa Vermelha, a cultivar rendeu 73 scs/ha. No ciclo médio/tardio, a BMX COMPACTA IPRO teve rendimento de 73 scs/há em Vacaria. Já em Lagoa Vermelha, a BMX FIBRA IPRO rendeu 74 scs/ha.
Kehl apontou a importância da escolha de semente utilizando a cidade de Passo Fundo como exemplo. A diferença de produtividade entre as cultivares de maior e menor rendimento foi de 27 scs/há, o que corresponde a uma variação de R$ 3.645 por hectare, considerando o preço médio de R$ 135,00 por saca de soja.


O Ensaio
O Ensaio de Cultivares em Rede - ECR reúne dados sobre o desempenho de diferentes cultivares nas principais regiões produtoras de soja do Rio Grande do Sul. Ele vem sendo realizado há mais de uma década pelo Sistema Farsul e Fundação Pró-Sementes.
Como os experimentos são implantados e conduzidos de maneira uniforme, em todos os locais, permite ao usuário da informação uma melhor visualização do conjunto de cultivares indicadas para a sua região, contribuindo assim para que alcancem maior lucratividade no negócio. Outro fundamento importante é o compromisso em disponibilizar os resultados o mais cedo possível, permitindo assim, em tempo hábil, auxiliar na tomada de decisão para a escolha da cultivar a ser plantada na safra seguinte.
Os resultados de todos os Ensaios de Cultivares em Rede estão disponíveis aqui. Além disso, o Sistema Farsul distribui aos Sindicatos Rurais a publicação impressa dos resultados a cada safra.

Apresentação do ECr Soja

Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Quinta, 27 de Julho de 2023
CNA e John Deere firmam parceria para seminário sobre conectividade no campo
CNA e John Deere firmam parceria para seminário sobre conectividade no campo Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, recebeu, na quarta (26), o diretor de Assuntos Corporativos da John Deere, Alfredo Miguel Neto, e discutiram uma parceria para um seminário de conectividade no campo.

A empresa solicitou à CNA apoio para a realização de um seminário com intuito de ouvir produtores e o governo em relação às dificuldades e soluções para a questão da conectividade no meio rural.

João Martins confirmou a parceria e destacou que a pauta vai ao encontro dos trabalhos desenvolvidos pela CNA.

A partir de agora, representantes da empresa e da Confederação vão discutir os detalhes do evento que deve ser realizado no final de setembro na sede da CNA, em Brasília.

Também participaram da reunião o vice-presidente da CNA, Gedeão Pereira, o diretor técnico, Bruno Lucchi, e o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Quinta, 27 de Julho de 2023
No campo, Brasil deixa sua marca no Panamá com exportações agropecuárias

Milho, sementes e rações para pets são alguns dos produtos brasileiros embarcados para o país

Na Copa do Mundo Feminina de Futebol, o Brasil estreou contra o Panamá e mostrou que no campo, seja no estádio ou na produção agropecuária, vem batendo um bolão. A Seleção Feminina venceu a partida contra as panamenhas na segunda-feira (24) por 4 a 0, no Hindmarsh Stadium, em Adelaide, na Austrália. 

No agronegócio, Brasil e Panamá são parceiros comerciais. Atualmente, os principais produtos brasileiros exportados para o país da América Central são milho, sementes e rações para pets. De acordo com o AgroStat, no ano passado, as divisas para aquele país chegaram a US$ 123,3 milhões, com 247,7 milhões de toneladas de produtos agropecuários exportados. 

Somente neste ano, já foram embarcadas 205,6 milhões de toneladas de milho, totalizando US$ 57,5 milhões. As sementes somaram 494 mil toneladas com US$ 4 milhões. Já as rações para pets registraram US$ 4,4 milhões e 1,8 milhões de toneladas.

Para além dos campos, Brasil e Panamá têm relações comerciais importantes. A cooperação econômica abrange diversos setores, incluindo agronegócio, indústria, serviços e infraestrutura. O comércio entre os dois países pode envolver exportações e importações de diferentes produtos e serviços.

O Brasil é uma potência agrícola, com uma produção diversificada, que inclui soja, milho, carne bovina, aves, café, entre outros produtos. O país é um importante exportador agropecuário e mantém acordos comerciais com várias nações ao redor do mundo.

O Panamá, por sua vez, possui posição estratégica no comércio internacional, devido ao Canal do Panamá, uma importante rota de navegação, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. Embora sua economia seja mais voltada para serviços e logística, o setor agrícola também desempenha um papel significativo na economia do país.

Fonte: Mapa

Quinta, 27 de Julho de 2023
Dados do mercado de trigo são apresentados durante Fórum Nacional em Guarapuava/PR

Membros do setor agrícola especializados nas culturas de inverno estiveram juntos, nesta quarta-feira (26), às 15h, na 71ª Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno, para avaliar o desenvolvimento do mercado e da produção de cultivos como aveia, centeio, triticale, entre outros. Na ocasião, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou dados atualizados sobre a conjuntura do trigo, com informações e análises de mercado do cereal.

A Câmara Setorial é um evento da cadeia produtiva feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que tem a participação da Conab e de outros entes públicos, além de produtores e indústrias do setor. Neste ano, a reunião foi incluída na programação da 16ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale do Fórum Nacional de Trigo 2023, que ocorre no período de 25 a 27 de julho, em Guarapuava, no Paraná.

A apresentação da Conab tratou-se de uma consultoria realizada pela estatal, que trouxe análises sobre o panorama nacional e internacional do mercado de trigo e os números do último levantamento de safra. “Além da conjuntura, também foram mostrados os novos preços mínimos do trigo, publicados na portaria do MDA, que passaram a vigorar a partir de 1/7/2023”, explica a analista de mercado, Flávia Starling, que representa a Companhia no evento. “Após a exposição, houve um espaço para debates, onde cada agente dos estados produtores apontou a situação regional e avaliou a relação com os dados apontados”.

A reunião da Câmara Setorial é realizada com representantes específicos do setor e aberta ao público. O evento abordou ainda temas como o levantamento e acompanhamento de safra das culturas de inverno e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural e a Gestão de Riscos nas Cooperativas, apresentados por membros da Câmara Setorial e da Secretaria de Política Agrícola (SPA/Mapa).

Fonte: Conab