Notícias

Segunda, 24 de Julho de 2023
5º Mosaico do Agronegócio termina com falas sobre a importância da comunicação no agro
5º Mosaico do Agronegócio termina com falas sobre a importância da comunicação no agro Fonte: Senar RS

Último dia de evento do Senar-RS levantou a necessidade de comunicar as atividades do setor com mais eficiência, levando conhecimento e dados ao público 

“Fechamos com chave de ouro.” Foi assim que o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, qualificou as últimas palestras do 5º Mosaico do Agronegócio, encerrado nesta sexta-feira (21), em Gramado, após três dias de atividades. Mais de 500 produtores rurais, técnicos e profissionais da área participaram do evento, que ocorreu no Centro de Convenções do Wish Serrano Resort. A programação incluiu sete palestras e três painéis que giraram em torno dos pilares de tecnologia e inovação, de mercado e sustentabilidade e de pessoas e gestão.

Realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), o Mosaico levantou a importância de pensar o presente e o futuro do agronegócio brasileiro. O simpósio, segundo o presidente da Farsul, também abordou o papel de uma comunicação mais dinâmica no setor, que alimenta o mundo ao mesmo passo que enfrenta questionamentos sobre a sustentabilidade da produção. “Precisamos mostrar a diferença que fazemos no mercado. Começamos a entender, lentamente, a necessidade de comunicar nossas ações. E o Senar-RS, a partir do conhecimento, conversa com o público. Nossa missão é disseminar uma imagem proativa e positiva, alinhada às boas práticas do agro”, afirmou Gedeão Pereira.

Por isso, a primeira pergunta do dia para o público lotado foi feita pelo Sócio-Diretor da SPR Comunicação, Gustavo Ermel: “Como eu posso me importar com aquilo que não conheço? Ele abordou como as marcas no agro podem se diferenciar e agregar valor a partir da comunicação. “A maioria das marcas segue um padrão e não se destaca. Quando as pessoas não nos conhecem, devemos entender o que elas precisam e comunicar de forma consistente”, disse.

Aqui, ele também ressaltou como a população, muitas vezes, não percebe a relevância e impacto do agro justamente pela falta de uma comunicação certeira: “No agro, temos algo muito nobre, mas comunicamos pouco. Precisamos reverter isso e mostrar ao mercado e às pessoas as tantas coisas que o setor tem feito para impulsionar a economia e a sociedade”.

Diretor vice-presidente da Farsul, Domingos Velho Lopes seguiu o papo sobre “os desafios do setor produtivo frente à Economia Verde e aos compromissos internacionais”. Ele afirmou que o Brasil é a maior pecuária, agrícola, e silvícola produtiva, sustentável e diversificada do mundo. “Nós somos a segurança alimentar mundial. E precisamos ser mais propositivos e menos reativos nas questões do agro.”

Lopes reforçou a projeção do aumento populacional em cerca de 2.1 bilhões de pessoas até 2050, além do acréscimo de 24% na produção de grãos em função do aumento do consumo. “Esse crescimento é uma oportunidade de negócios se tivermos estratégias e inteligência na condução das nossas pautas produtivas.” Entre os compromissos com o meio ambiente, ele citou a importância de expandir a energia limpa, conservar os ecossistemas naturais, melhorar os sistemas alimentares e investir em créditos de carbono, além de continuar o Plano ABC+ e marcar presença em todos os eventos internacionais do setor.

Finalizando a programação, o Engenheiro agrônomo e fundador da Markestrat e da plataforma Doutor Agro, Marcos Fava Neves, palestrou sobre como construir valor no agro. Segundo o palestrante, o planeta precisa de 40 toneladas a mais de grãos a cada ano. E essa janela produtiva tende a beneficiar o Brasil, que aumentou sua área de grãos em 15 milhões de hectares nos últimos quatro anos. Para realizar uma agricultura promissora, ele citou o “pentágono dos vitoriosos”, com o objetivo de criar margem nos negócios:

“Precisamos acelerar nossa produção. Assim, temos cinco pilares de atuação para ter eficiência produtiva mesmo em um momento de preço complexo: gestão financeira, excelência operacional, obsessão nos controles (todos os detalhes importam), liderança e associativismo/coletivismo (precisamos nos engajar nas associações)”, concluiu.

No final do evento, Gedeão Pereira também endossou a importância do associativismo. “Temos muitas oportunidades de continuar crescendo no país. Mas, para isso, precisamos levar a palavra das informações discutidas no Mosaico. E é graças ao nosso sistema sindical, que tem corpo no Senar-RS, que podemos comunicar o conhecimento”, encerrou o presidente.

Essa é a estreia do Senar-RS como realizador principal do Mosaico do Agronegócio. O Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA), que organizou o evento nos anos anteriores, também prestou apoio técnico na 5 ª edição do evento. A data da próxima edição ainda está em discussão.

Fonte: Senar/RS

Segunda, 24 de Julho de 2023
CNA participa de missão empresarial na Coreia do Sul e Japão
CNA participa de missão empresarial na Coreia do Sul e Japão Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participa nesta semana de uma missão empresarial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) à Coreia do Sul e ao Japão. O foco da agenda nos países asiáticos é tratar de questões relacionadas ao setor de proteína animal.

A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Sueme Mori, integra a comitiva de empresários e entidades do setor. A missão tem o apoio Associação Brasileia de Proteína Animal (ABPA) e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

A agenda prévia inclui seminários sobre oportunidades e parcerias para a indústria de proteína animal, reuniões setoriais e visitas técnicas em mercados em Seul e Tóquio.

Segundo informações do Mapa, uma das agendas prioritárias no Japão será reverter a decisão do governo em suspender a compra de aves vivas e de carne de aves produzidas em Santa Catarina, após o surgimento de um foco de gripe aviária no estado.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Segunda, 24 de Julho de 2023
Governo faz ajustes em programas de concessão de crédito rural
Governo faz ajustes em programas de concessão de crédito rural Fonte: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

O Ministério da Fazenda divulgou nesta segunda-feira (24) mudanças nas operações de crédito voltadas às atividades da agropecuária e agricultura familiar. As mudanças atingem o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e Proagro Mais.

A resolução do Conselho Monetário foi editada pelo Banco Central na última quinta-feira (20), mas foi publicada na edição do Diário Oficial da União de hoje.

Entre as mudanças divulgadas está a proibição de concessão de crédito do Pronamp para aquisição de máquinas e equipamentos que possam ser financiadas pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Nesse caso, produtores rurais e cooperativas agrícolas com renda bruta anual de até R$ 45 milhões permanecerão financiando tratores, pulverizadores, semeadeiras, colheitadeiras e equipamentos para beneficiamento agrícola pelo programa instituído pelo Banco Central desde 2002.

Outra mudança, realizada no Manual de Crédito Rural (MCR) foi o estabelecimento de índices mínimos de nacionalização e potência máxima, nesse caso, 80 cavalos-vapor, para tratores e motocultivadores que venham a ser financiados pelo Pronaf, além da dispensa do Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI) para financiamento de motores de embarcações, o que não ocorre para os demais equipamentos financiáveis.

Também atribui ao Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) os critérios para enquadramento de empreendimento no Proagro e Proagro Mais, que tenham sistema de produção de base agroecológica, ou em transição. Na regra anterior, essa atribuição era estabelecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esses critérios garantem aos empreendimentos que se enquadrem nesse perfil a aplicação da alíquota básica de apenas 2% na participação dos programas.

Fonte: Agência Brasil

Segunda, 24 de Julho de 2023
As exportações de milho em junho de 2023 atingiram 1,03 milhão de t, superando o mês de maio

As exportações de milho em junho de 2023 atingiram 1,03 milhão de t contra o observado em maio (um montante de 0,38 milhão de t) e acima do ocorrido no mesmo período do ano passado (0,99 milhão de t), fruto da ocorrência de negociações antecipadas. A informação é do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (21).

As informações divulgadas atribuem este movimento aos prêmios de exportação que estão subindo rapidamente no mercado brasileiro, com valores maiores previstos para o final do ano, em razão do atraso na colheita sul-americana e também por conta das chuvas das últimas semanas. Estima-se que a atual colheita da segunda safra do milho paraguaio será a mais atrasada em onze anos.

Em relação aos preços dos fretes, outro tópico abordado pelo boletim, em Mato Grosso, a projeção reportada pelas fontes em maio, para o mês de junho, foi confirmada. Assim, com o avanço da colheita do milho se consolidando, a demanda por frete se aqueceu e o preço teve ligeira alta em quase todas as praças e destinos.

Já no Mato Grosso do Sul, o mercado de frete dos grãos com destino à exportação e mercado interno ficou concentrado no escoamento da soja, uma vez que a colheita do milho segunda safra ainda não apresentou volumes significativos neste período.

Em Goiás, na região de Rio Verde, as principais demandas continuam sendo por fretes para os portos de Santos e Guarujá (Baixada Santista). No Distrito Federal, na comparação com o mês anterior, os preços dos fretes em junho oscilaram entre recuos e manutenções, na maioria das praças pesquisadas.

No Paraná, por sua vez, os preços dos fretes para milho apresentaram variação positiva, em função do início das colheitas deste grão. A Bahia registrou, em junho, tanto estabilidade quanto alta nas cotações dos fretes. No Sealba a demanda por fretes reduziu, provocando a estabilidade nas cotações. Para o Piauí, o mercado de fretes apresentou aumento nos preços com destino a São Luis/MA, variando em torno de 10% em relação a maio deste ano.

Fertilizantes - Em 14 de junho, foi realizada a inauguração do novo corredor de importação de fertilizantes do Arco Norte no Porto do Itaqui, em São Luís/MA. O projeto conta com investimentos de cerca de R$ 400 milhões, com capacidade para movimentar até 1,5 milhão por ano de t do insumo, suprindo a demanda crescente por fertilizantes na região do Arco Norte do país.

De acordo com o Boletim, a empresa Mosaic Fertilizantes prevê investir em uma unidade de mistura, armazenagem e distribuição a ser instalada no Terminal Integrador de Palmeirante - TIPA. Essa operação consiste no carregamento no Porto do Itaqui de composições ferroviárias da VLI Logística até a recém-estrutura construída para recepção, armazenagem e expedição de fertilizantes no terminal integrador de Tocantins (também de propriedade da VLI). A projeção é para a criação de um polo industrial no terminal, com área aproximada de 230 hectares.

Confira mais detalhes na edição completa do Boletim Logístico - Julho/2023, disponível no site da Companhia.

Fonte: Conab

Sexta, 21 de Julho de 2023
5° Mosaico do Agronegócio atrai mais de 600 produtores rurais para Gramado
5° Mosaico do Agronegócio atrai mais de 600 produtores rurais para Gramado Fonte: Senar RS

Com realização do Senar-RS, evento sobre tecnologia e inovação no agro vai até esta sexta-feira (21). Três painéis de debate e sete palestras compõem a programação.

Mais de 600 produtores rurais gaúchos prestigiam a 5ª edição do Mosaico do Agronegócio, que começou na quarta-feira (19), em Gramado, e segue com a programação até sexta-feira (21). A solenidade oficial de abertura teve a participação do presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, e do superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), Eduardo Condorelli, que fizeram as saudações aos participantes presentes no Centro de Convenções do Wish Serrano Resort.

“É uma satisfação para o Senar-RS estar realizando esta quinta etapa do Mosaico, evento que tem se tornado notório pela excelência e pelo padrão com que são elevados os debates”, iniciou Condorelli. O superintendente valorizou a diversidade de discussões do Mosaico, que, segundo ele, permeiam todas as realidades econômicas e sociais e permitem ao público realizar uma reflexão sobre o futuro do agro.

“Nesses três dias, vamos debater mais do que tecnologias. O Mosaico tem se proposto a promover uma grande reflexão sobre a construção dos pilares que balizarão o futuro da agropecuária do nosso estado. Portanto, a oportunidade é ímpar para que, em debates do mais alto nível, possamos pensar não somente no que faremos hoje, mas em como seremos daqui a dez, vinte ou trinta anos. Estamos descobrindo o novo limite do crescimento, estabelecendo os novos patamares que conduzirão a agricultura, pecuária e agronegócio”, completou.

Em sua fala, Gedeão Pereira também destacou a potência agrícola do Brasil. “Há quase três décadas, o agronegócio entrou, silenciosamente, para dentro das propriedades, e através da capacidade inerente dos produtores rurais, em conjunto com as entidades, colocou o Brasil em um crescimento no nível da China, consolidando nosso país como a quarta agricultura do mundo e a primeira exportadora do planeta. É verdade que temos problemas momentâneos de mercado, mas o que nos entusiasma é ver produtores resilientes e que acreditam na sua atividade. Essa casa cheia, com 600 pessoas, é a prova de que temos grandes esperanças para o futuro”, disse.

O primeiro dia do evento contou ainda com palestra de Arthur Bender, especialista em posicionamento de marcas, escritor, mentor e criador do conceito de Personal Branding. O tema foi inovação, crescimento e marca pessoal, a partir de uma visão sobre como criar e gerenciar uma imagem pessoal no setor do agro para além das empresas, ou seja, focando também na construção da identidade das lideranças, produtores e empresários.

“Existe uma narrativa, hoje, nas redes sociais, do “seja você mesmo”. Seja autêntico. Mas isso exige autoconhecimento: precisamos mergulhar em nós mesmos e entender nossas identidades, bem como olhar o mercado e compreender os impactos que causamos nele e os reflexos dele sobre nós”, explicou Arthur.

Ao final da palestra, o público fez perguntas ao palestrante, que debateu as questões ao lado do presidente do Sistema Farsul. Após, Ernesto Fagundes fez uma apresentação artística, encerrando o primeiro dia de evento.

Novidades e programação

Com o objetivo de fomentar os sistemas integrados de produção agropecuária, o Mosaico do Agronegócio visa promover um fórum de discussões de alto nível. Além de incentivar debates sobre inovação e boas práticas para a melhoria dos sistemas de produção, a missão do evento também é proporcionar uma rede especializada de networking na área. Produtores rurais, técnicos, lideranças do setor e pesquisadores são convidados a trocar experiências e informações para discutir a intensificação sustentável a partir da integração das ferramentas tecnológicas.

Neste ano, a programação envolve sete palestras e três painéis de debates: Tecnologia e Inovação; Mercado e Sustentabilidade; e Pessoas e Gestão.

Fonte: Senar/RS

Sexta, 21 de Julho de 2023
2° dia do Mosaico do Agronegócio discute tendências do setor e futuro dos negócios
2° dia do Mosaico do Agronegócio discute tendências do setor e futuro dos negócios Fonte: Senar RS

O segundo dia de atividades do 5º Mosaico do Agronegócio, que reúne 600 produtores rurais desde quarta-feira (19) em Gramado, foi marcado pela inauguração de três painéis temáticos: Tecnologia e Inovação, Mercado e Sustentabilidade, e Pessoas e Gestão. Na parte da manhã, os participantes ainda assistiram a três palestras. Todas as ações do evento têm, em comum, o debate sobre as tendências do setor e o futuro dos negócios no agro.

Na manhã desta quinta-feira, a consultora e palestrante em Sucessão e Governança Familiar Mariely Biff deu início às palestras com o tema “Preparando pessoas para gerenciar empresas e pessoas”. Para uma plateia lotada, ela destacou, em sua fala, a importância de deixar um legado que tenha condições de ser continuado, a partir da estruturação dos processos, tomadas de decisões mais ágeis e formação das lideranças.

“O que fazemos hoje reflete lá na frente. Por isso, precisamos fomentar o desenvolvimento de talentos dentro do negócio, e entender onde alocar as pessoas nos lugares certos”, afirmou a palestrante, que diz que nascer em uma família empresária não garante sucesso a ninguém: é necessário se capacitar para permanecer em qualquer cargo ou lugar. Dessa forma, “A sucessão está atrelada, muitas vezes, à passagem da propriedade; mas, na verdade, é uma transmissão de conhecimento”, enfatizou Mariely.

A segunda palestra da manhã foi sobre “Produtor, indústria, varejo e consumidor: construindo a trilha da sustentabilidade”, ministrada pelo Economista e Diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig, Paulo Pianez. Ao longo da apresentação, ele frisou que não existe produção sustentável, em qualquer âmbito, se ela não for, também, produtiva e rentável. “Nosso ojetivo deve ser alcançar uma produtividade sustentável, sim, mas ela precisa ser lucrativa ao mesmo tempo. Temos que fazer as duas coisas caminharem em conjunto para dar certo.”

Depois, foi a vez do Engenheiro Agrícola e Ex-Presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, abordar a conjuntura, tendências, desafios e oportunidades para o agro brasileiro. Ele mostrou as projeções do expressivo crescimento populacional até o ano de 2050, afirmando que esse boom demográfico precisa acompanhar, também, a segurança alimentar do planeta. Essa segurança alimentar, de acordo com o palestrante, é baseada na produção agropecuária – e o Brasil tem potencial para intensificar ainda mais a exportação.

No turno da tarde, foram apresentados os painéis temáticos da programação. O primeiro painel, sobre Tecnologia e Inovação, trouxe cases sobre como incluir a ciência na produção. O bate-papo teve início com a fala de Sérgio Santos, Diretor Geral na América do Sul da TeeJet Technologies, que mencionou a importância das fazendas verticais nas grandes cidades. “A fazenda vertical é uma potencial saída para produzirmos mais alimentos em uma sociedade que somente cresce. E é um ambiente controlado: podemos controlar até mesmo para não ter insetos, excluindo o uso de inseticidas. Imaginem o quanto isso representa em diminuição no custo de produção”, comentou.

Depois, os produtores e empresários Murilo Teixeira Gonçalves, da Estância Cerro do Ouro, em São Gabriel, e Daniel Kurth Bahr, da Fazenda Cristal, em Cristal, mostraram como atingiram o sucesso nas suas propriedades a partir da sucessão rural e da busca pela atualização constante em relação a processos e ferramentas. Daniel também aconselhou ao público buscar consultoria técnica para ajudar a prevenir e corrigir erros. “Todo inovador precisa sair da zona de conforto e ir atrás do conhecimento”, complementou Murilo.

O segundo painel do dia focou no assunto Mercado e Sustentabilidade. Assessor Técnico Sênior da Coordenação de Sustentabilidade na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus de Brito trouxe um panorama sobre os desafios da agropecuária, em concomitância com a legislação ambiental. “Hoje, a narrativa é de que o agro é o vilão da sociedade. E precisamos reverter isso”, disse.

Em seguida, a Secretária de Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) Marjorie Kauffmann abordou a influência das mudanças climáticas na agricultura: “O clima tem afetado nossa economia. Mais do que combater, precisamos nos adaptar e mitigar as mudanças para perpetuar nossa espécie”. Ela afirmou que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado estará na Semana do Clima de Nova York, bem como na COP28 de Dubai com estande próprio.

Fechando o segundo painel, o produtor Miguel Francisco Lopes de Almeida Guedes, da Fazenda São Miguel, em Mostardas (RS), explicou o que está por trás do seu sistema intensivo a pasto integrado com lavoura de soja e arroz. “Nesse manejo diário, estabelecemos uma relação de confiança com os animais. Nos preocupamos com o ambiente de trabalho, sucessão familiar e parcerias sólidas, sempre cuidando da gestão produtiva e financeira”, concluiu.

Pessoas e Gestão foi o assunto do último painel do dia, conectando todos os temas debatidos até então. Afinal, para obter os melhores resultados, é preciso contar, também, com os melhores talentos. Juliana Krupp, da Impacto Consultoria de Negócios Ltda, reforçou que as empresas são feitas por pessoas, e que os colaboradores precisam ter orgulho daquilo que fazem. “Para isso, enquanto gestores no agro, devemos oferecer uma cultura organizacional forte e um ambiente de trabalho adequado, deixando claras a missão e os valores do negócio”, enfatizou.

Lauro Ribeiro, Diretor Financeiro e Comercial da Agropecuária Canoa Mirim, em Santa Vitória do Palmar (RS), contou que a rotatividade da empresa é mais alta entre jovens. “O desafio é reter essas pessoas. Para isso, investimos no social e na capacitação; temos que tentar buscar propósito para que elas sigam junto com a gente.” Por isso, Cleto Webler, produtor da cidade de Sapezal (MT), acredita que a gestão deve “sair da bolha para aprender sempre”.

Último dia

Nesta sexta-feira, o Mosaico encerra suas atividades às 13h, depois de uma manhã focada em três palestras técnicas. Às 9h, Gustavo Ermel, sócio-diretor da SPR Comunicação, trará um questionamento: “Como eu posso me importar com aquilo que não conheço?”. O vice-presidente da Farsul Domingos Velho Lopes também estará presente, às 10h, para elucidar os desafios do setor produtivo frente à Economia Verde e aos compromissos internacionais. Por fim, às 11h, o engenheiro agrônomo e fundador da Markestrat e da plataforma Doutor Agro, Marcos Fava Neves, fechará a rodada de palestras ao mostrar como construir valor no agro.

O Mosaico do Agronegócio é uma realização do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS). Nesta quinta edição, mais de 600 produtores rurais e membros da cadeia do agro participaram das atividades, que estão sendo realizadas no Centro de Convenções do Wish Serrano Resort, em Gramado.

Fonte: Senar/RS

Sexta, 21 de Julho de 2023
Biofármaco apresenta potencial para controle de salmonelas aviárias
Biofármaco apresenta potencial para controle de salmonelas aviárias Fonte: Divulgação Embrapa

A Embrapa Suínos e Aves (SC) vem avançando no desenvolvimento de um protótipo de biofármaco à base de bacteriófagos para controlar salmonelas avícolas, que causam contaminação da carne de frango e salmonelose em humanos. Bacteriófagos são vírus amplamente distribuídos na natureza e que atuam especificamente sobre bactérias. Essa ação bactericida representa uma alternativa ao uso de antibióticos. Pesquisadores isolaram e estudaram três desses vírus, que compõem a coleção de microrganismos da Unidade, e reúnem as características desejadas para controle de determinados sorotipos de salmonela.

A pesquisa atende a uma das prioridades da produção animal atualmente – a manutenção de rebanhos e plantéis livres de patógenos que causam doenças transmitidas por alimentos, e assim garantir a inocuidade dos produtos. A resistência a antimicrobianos é um dos temas mais relevantes nesse contexto, e tem direcionado políticas públicas pela interface com o conceito de saúde única, pela inter-relação com saúde humana, animal e meio ambiente. 

A disseminação de microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos disponíveis e a falta de desenvolvimento de novas classes de antimicrobianos têm motivado o alerta de especialistas para a dificuldade futura de enfrentamento de bactérias, mesmo em infecções simples.

Em alinhamento às ações nacionais e internacionais, os cientistas da Embrapa Suínos e Aves vêm atuando em pesquisas e estudos para o enfrentamento da resistência aos antimicrobianos e auxílio à execução de políticas públicas. Além de participar de grupos como o da Força-Tarefa do Codex Alimentarius para Resistência Antimicrobiana (FTAMR), que se encerrou em 2021, a Unidade contribui também com o Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no Âmbito da Agropecuária (PAN-BR Agro) com diversas pesquisas, tais como o desenvolvimento de insumos biológicos para o controle de bactérias relevantes na avicultura.

De acordo com a pesquisadora Clarissa Vaz, líder do projeto que resultou no desenvolvimento do protótipo de biofármaco à base de vírus bactericidas, a disponibilidade de um ativo biológico, que evita ou reduz o uso de antimicrobianos e seja aplicável ao controle de salmonela na avicultura, é desejável frente à importância social e econômica da produção avícola para o País e à necessidade de uso prudente dos antimicrobianos para preservar a eficácia dos que estão disponíveis. “Esse insumo não pretende substituir o uso terapêutico de antibióticos, mas é uma opção para reforçar o controle de salmoneloses, reduzindo o uso desnecessário de antimicrobianos”, explica. 

Ainda segundo Vaz, insumos biológicos à base de bacteriófagos não representam necessariamente uma inovação na indústria de saúde e alimentação animal, uma vez que sua ação bactericida é conhecida há muito tempo. “O diferencial é que, se desenvolvidos produtos escalonáveis, de custo acessível, e contendo bacteriófagos adequados, a fagoterapia (uso de bacteriófagos contra infecções bacterianas) é uma possibilidade de diversificar as estratégias de controle de salmonelas aviárias”, pontua.

Outra vantagem apresentada pela pesquisadora é a de que bacteriófagos nativos são interessantes para o desenvolvimento de produtos voltados ao mercado nacional por não introduzirem cepas exóticas na biodiversidade brasileira e apresentarem maior probabilidade de ação frente às estirpes de campo locais.

Fonte: Embrapa

Sexta, 21 de Julho de 2023
CNA discute processos de fiscalização do trabalho no agro
CNA discute processos de fiscalização do trabalho no agro Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A CNA promoveu a live “O judiciário e o agro”, na quinta (20), para discutir o processo de fiscalização, autuação e imposição de multas na atividade agropecuária.

Participaram o assessor jurídico da CNA, Welber Santos, o coordenador da Comissão Nacional de Relações do Trabalho e Previdência Social, Rodrigo Hugueney, e o auditor fiscal do trabalho, Rômulo Machado.

Machado apresentou a legislação que trata do tema, como o artigo 21 da Constituição Federal, que traz as competências da União sobre a inspeção do trabalho e o Decreto nº 4552/2002, que regulamenta a inspeção do trabalho.

O especialista mostrou ainda um modelo de fiscalização trabalhista e destacou estratégias que combinam intervenções, poder de influência de lideranças e as exigências das empresas líderes da cadeia produtiva. “Com tudo isso a gente consegue estimular a conformidade legal trabalhista".

Rodrigo Hugueney falou sobre as iniciativas do Sistema CNA/Senar/ICNA para levar as boas práticas de trabalho decente ao campo e reforçou a importância da parceria com entidades como a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Distrito Federal, órgão do qual Rômulo Machado faz parte.

“É importante para nós trabalharmos de forma conjunta para melhoria das ações e das informações que são levadas à ponta atendendo aos interesses do produtor rural”.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

 

Sexta, 21 de Julho de 2023
Mapa orienta estados a declararem estado de emergência zoossanitária

Líder nas exportações de carne de frango para o mundo, respondendo por 35% do mercado global, o Brasil é um dos únicos países que ainda se mantém com o status de livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (Gripe Aviária) em aves comerciais, conforme protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O controle da situação pandêmica tem sido possível graças a um sistema de defesa sanitária reconhecido internacionalmente.

Diante dos registros dos primeiros focos da doença em aves migratórias neste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 22 de maio.

No entanto, para que as medidas de enfrentamento à gripe aviária sejam efetivadas, é necessário que os estados também adotem medidas semelhantes, reforçando o alerta mesmo nas localidades onde não há qualquer registro de foco de gripe aviária. Isso porque a ocorrência de um caso em ave comercial afetaria todo o país.

Nesta quinta-feira (20), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com governadores e representantes dos estados e Distrito Federal orientando para que os governos declarem o estado de emergência zoosanitária e reforcem as ações de contenção e impeçam o avanço da doença.

O estado de emergência já declarado pelo Mapa possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais - nas três instâncias: federal, estadual e municipal - e não governamentais. Contudo, os estados e municípios precisam adotar medidas semelhantes para acessar e disponibilizar os recursos a serem aplicados nas ações necessárias, tais como assegurar a força de trabalho, logística, recursos materiais e tecnológicos para a contenção da gripe aviária.

Mesmo sem a ocorrência de casos em aves de granjas comerciais destinadas ao consumo, o Brasil já percebe os primeiros impactos comerciais. Segundo maior destino das exportações de carne de frango brasileira, o Japão suspendeu temporariamente as compras de produtos oriundos do Espírito Santo e Santa Catarina.

Do total de 2,629 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil entre janeiro e junho deste ano, o Japão foi o destino de 219,8 mil toneladas, número 8,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Segundo maior exportador de frango do país, o estado de Santa Catarina foi responsável pela comercialização de 545,5 mil toneladas para fora do Brasil neste primeiro semestre e, somente agora, após o embargo japonês, deverá declarar o estado de emergência zoossanitária.

Na próxima semana, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, estará em missão oficial com a comitiva do Mapa na Ásia, continente que registrou o maior crescimento nas exportações de frango neste ano, e se reunirá, especialmente, com representantes do governo japonês para reafirmar as medidas de segurança sanitária na produção brasileira.

“Estamos trabalhando, como sempre, com celeridade e transparência, adotando prontamente todas as medidas de controle e demonstrando isso para que os consumidores dos produtos do nosso frango, que estão em mais de 150 países no mundo, continuem tranquilos e confiantes”, explicou o ministro.

Para que as ações possam ser ainda mais intensificadas, ele reafirmou aos governadores e representantes dos estados a importância do estado de emergência para que os governos possam acessar os recursos já disponibilizados pelo governo federal e apliquem nas ações que evitem o avanço da gripe aviária.

A influenza aviária é uma doença de distribuição mundial, com ciclos pandêmicos ao longo dos anos, e com graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas. No dia 15 de maio de 2023, foi detectada pela primeira vez em território nacional, diagnosticada em aves silvestres – o que não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP para o comércio.

Para saber mais informações sobre a gripe aviária, clique aqui.

Fonte: Mapa

Sexta, 21 de Julho de 2023
Governo realiza pagamento às empresas sementeiras do Programa Troca-Troca
Governo realiza pagamento às empresas sementeiras do Programa Troca-Troca Fonte: Secom RS

Volume de R$ 22,5 milhões representa valor anistiado aos produtores na safra 2022/2023

Na terça-feira (18/7), o governo do Estado concluiu o pagamento às empresas sementeiras da última parcela do valor anistiado aos produtores no Programa Troca-Troca de Sementes de Milho e Sorgo, correspondente à safra 2022/2023. A ação ocorreu por meio do Departamento de Agricultura e Pecuária Familiar (Dapa), da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

O bônus de 100% do valor das sementes concedido aos produtores foi uma das medidas do governo para combater a situação de emergência provocada pela estiagem, que ocasionou prejuízos na produção de grãos (principalmente o milho), durante a última safra.

No modelo convencional do programa, os produtores realizam o pagamento para o Estado – que, por sua vez, repassa às empresas sementeiras. Com a medida de anistia implementada pelo Executivo, o próprio governo desembolsou os valores referentes aos contratos das entregas das sementes da última safra e realizou o pagamento diretamente às organizações.

O valor anistiado chegou a R$ 22,5 milhões e beneficiou aproximadamente 41 mil famílias no Estado. Todos os agricultores que aderiram ao programa em 2022 foram contemplados com a medida.

O objetivo do Programa Troca-Troca de Sementes, da SDR, é disponibilizar sementes de milho (híbridos convencionais e transgênicos) e sorgo destinadas à produção de grãos ou silagem para agricultores familiares.

O secretário em exercício da SDR, Lindomar do Carmo Moraes, destaca a relevância da modernização das sementes para a safra 2023/2024. “Sabemos da importância que o Programa Troca-Troca tem, principalmente a partir da tecnologia que está sendo empregada nas sementes. Neste ano foram incluídas múltiplas variedades de milho, utilizando alta tecnologia e beneficiando ainda mais o agricultor familiar, no sentido de aumentar o rendimento de sua produção”, afirma.

A partir da próxima semana, a SDR, por meio das empresas sementeiras habilitadas no programa, dará início a entrega das sementes que correspondem à safra 2023/2024.

Fonte: Secom RS